As sinfonias de Dmitri Shostakovitch constituem uma das mais importantes contribuições contemporâneas a essa forma musical.
Dmitri Dmitrievitch Shostakovitch nasceu em São Petersburgo, Rússia, em 25 de setembro (12 de setembro no calendário juliano) de 1906. Estudou piano e composição na cidade natal, mas logo desistiu da interpretação para dedicar-se somente ao trabalho de criação. Baseou-se tanto na tradição clássica quanto nas experiências vanguardistas para compor sua primeira sinfonia (1924-1925), num estilo que ganhou plena expressão nas óperas O nariz (1930) e Lady Macbeth de Mzensk. Esta última, mais tarde chamada Katerina Izmailova, estreou em 1935.
A política cultural soviética, que postulava uma música baseada nos cânones do realismo socialista, induziu Shostakovitch a adotar formas mais clássicas e tradicionais, sem renunciar no entanto a sua personalidade criativa. Exemplo disso foi a quinta sinfonia (1937), de tom elegíaco e monumental, que mostrou pela primeira vez a tendência do autor a desenvolver suas estruturas de composição a partir de uma reduzida base melódica. Nomeado em 1937 professor do Conservatório de Leningrado (atual São Petersburgo), inspirou-se no cerco da cidade pelos alemães durante a segunda guerra mundial para compor sua sétima sinfonia, Leningrado, (1941), de tons épicos, um de seus mais famosos trabalhos.
Com o fim da guerra, Shostakovitch continuou a desenvolver atividade prolífica, traduzida em sucessivas sinfonias e concertos -- dois para piano e dois para violino --, obras de câmara e peças programáticas e cênicas, que consolidaram seu prestígio internacional. Shostakovitch morreu em Moscou em 9 de agosto de 1975.
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