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Cláudio Santoro (1919-1989)

Nasceu em Manaus AM, em 23 de novembro de 1919.
Morreu em Brasília DF, em 27 de março de 1989.

Músico brasileiro. Sua obra procurou combinar experiências de vanguarda e a tradição folcórica do país.

 
       A obra de Cláudio Santoro oscilou entre a herança folclórica do Brasil e a experiência sonora de vanguarda, como a de seus "quadros aleatórios".

       Cláudio Santoro nasceu em Manaus AM, em 23 de novembro de 1919. Aos 15 anos recebeu bolsa de estudos do governo de seu estado e foi para o Rio de Janeiro, onde estudou violino com Edgardo Guerra, além de matérias teóricas no Conservatório do Rio de Janeiro. A princípio orientou-se para a música acadêmica, mas o estilo de suas primeiras sonatas e sinfonias se assemelhava ao da técnica dodecafônica, inventada por Schoenberg, que ele não conhecia ainda. Orientado pelo professor Hans Joachin Koellreutter, criou grande número de composições na década de 1940. Nessa fase, fez parte do conjunto Música Viva, no qual logo se destacou. Recebeu diversos prêmios, como o da Orquestra Sinfônica Brasileira, em 1943, pela peça Impressões de uma fundição de aço; menção honrosa no concurso internacional Chamber Music Guild, de Washington, em 1944, para o quarteto nº 1 para cordas; e Prêmio Guggenheim, em 1946, pelo conjunto da obra.

       A seguir, Santoro aperfeiçoou seus conhecimentos em regência e composição com Nadia Boulanger e Eugène Bigot, em Paris, beneficiado por uma bolsa de estudos que o governo francês lhe ofereceu. Voltou ao Brasil interessado em pesquisar e compor dentro de padrões estéticos nacionalistas e, para isso, buscou direta comunicação com o povo em sua música. Como resultado dessa pesquisa, inseriu formas populares nas estruturas clássicas.

       Santoro representou o Brasil no Congresso de Compositores de Praga; sua sinfonia nº 3 foi premiada nos Estados Unidos em 1949 e a quarta sinfonia coral foi executada com sucesso no Brasil e na União Soviética. Uma dança brasileira assumiu, nessa sinfonia, a função de scherzo, alternativa comum ao minueto. Num concerto para piano incluiu sons e ritmos semelhantes ao frevo e fez uma série de Paulistanas, onde se observa a influência de várias danças. Em 1952, sua Canção de amor e paz recebeu o Prêmio Internacional da Paz, em Viena.

       A partir de 1960, após uma década em que compôs oito sinfonias, seis concertos e várias peças de câmara, voltou a adotar a técnica dodecafônica, presente em obras como Introdução e allegro. Entre 1962 e 1965 organizou e dirigiu o departamento de música da Universidade de Brasília. Convidado para o cargo de conselheiro do Instituto para Estudos de Música Comparada de Berlim, em 1967, dedicou-se a uma nova experiência: compor música visual, ou pintura auditiva, representada em Anti meta improviso (1967), um de seus "quadros aleatórios". Estas obras constam de uma parte auditiva, gravada em fita magnética, e de uma parte visual, representada por um quadro também de autoria do compositor, cuja finalidade é conseguir a harmonia espiritual entre os dois elementos. Na década de 1970, a convite do governo alemão, tornou-se professor no conservatório alemão de Heidelberg-Mannheim e se entregou a experiências musicais de vanguarda. Santoro morreu em Brasília DF, em 27 de março de 1989.

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