| Respighi introduziu na música italiana a cor da orquestração russa e alguma coisa da violência das técnicas harmônicas de Richard Strauss.
Ottorino Respighi nasceu em Bolonha a 9 de julho de 1879. Fez os primeiros estudos no Liceu de Bolonha e, transferindo-se para a Rússia, teve aulas com Rimski-Korsakov, em São Petersburgo, onde se manteve como spalla da orquestra da Ópera e se aperfeiçoou em orquestração. Depois de fixar-se em Roma, conquistou amplo público com música sinfônica programática, de caráter pictórico. O clima sensual e decadente da Roma descrita pelo poeta Gabrielle D'Annunzio foi o material utilizado por Respighi, que procurou transportar para suas suítes -- em especial I pini di Roma (Pinheiros de Roma) e Le fontane di Roma (Fontes de Roma) -- a sutileza e o calor da imaginação poética.
Atraído pela música italiana do passado, Respighi orquestrou em duas séries de Danças e árias antigas peças originalmente compostas para alaúde. Ainda que pouco conhecido fora do país como operista, foi com as óperas Semirama e Re Enzo (cômica) que obteve reconhecimento nacional e a indicação, em 1913, para professor de composição na Academia Santa Cecília, em Roma.
Tornou-se popular o arranjo que fez com base em peças de Rossini, La Boutique fantasque (1919), produzido pela companhia de Ballets Russes de Diaghilev, em Londres. Também transcreveu Monteverdi e Bach. Entre seus trabalhos mais conhecidos para o teatro, destacam-se Belfagor (1923), ópera cômica produzida em Milão, e Maria Egiziaca (1932), "mistério" em um ato. Deixou ainda balés, obras para coral, música de câmara, música para piano, canções etc. Ottorino Respighi morreu em Roma, em 18 de abril de 1936.
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