Compositor italiano cuja morte precoce o cercou de lendas românticas, Pergolesi foi modernamente reconhecido como notável representante do barroco italiano e precursor do classicismo vienense.
Giovanni Battista Pergolesi nasceu em Jesi, perto de Ancona, em 4 de janeiro de 1710. Estudou no Conservatório dei Poveri, em Nápoles, orientado sobretudo por Francesco Durante, mestre da transição da música sacra para a ópera.
Ganhou fama como violinista e compositor de oratórios. Em 1732 foi maestro di capella e, dois anos mais tarde, era o principal professor de música de Nápoles.
Chamado por alguns de "Mozart italiano" e combatido pelos que apontavam em sua música uma absurda confusão de estilos, obteve raros êxitos em vida. Depois de várias peças que não foram bem recebidas, experimentou grande sucesso com a ópera bufa Lo frate 'nnammorato (1732; O frade apaixonado) e a missa em ré, executada em Roma em 1734.
A ópera séria Il prigionier superbo (1733; O prisioneiro orgulhoso) foi ouvida friamente, mas despertou entusiasmo seu intermezzo cômico, La serva padrona (A criada patroa), que passou a ser tratado como obra autônoma. La serva padrona é uma pequena obra-prima sobre uma criada astuta que conquista o patrão. Foi efusivamente aplaudida em Paris, muito depois da morte do autor, e tornou-se modelo da ópera cômica italiana, francesa e espanhola.
Pergolesi compôs ainda Stabat Mater (1736) e Salve Regina (1736), talvez sua última obra, de caráter quase fúnebre, além de trios-sonatas, com curiosas antecipações do estilo de Haydn. Tuberculoso, Pergolesi se retirou ao convento dos capuchinhos, em Pozzuoli, onde morreu em 16 de março de 1736.
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