| O compositor e organista francês Olivier Messiaen ficou conhecido pela originalidade de suas idéias e concepções musicais. No Conservatório de Paris, foi professor de importantes músicos do século XX, como Karlheinz Stockhausen e Pierre Boulez.
Olivier-Eugène-Prosper-Charles Messiaen nasceu em 10 de dezembro de 1908 em Avignon. Passou a infância em Grenoble e Nantes. Com sete anos de idade começou a tocar piano e a compor. Aos 11 entrou para o Conservatório de Paris, onde foi aluno do organista Marcel Dupré e do compositor Paul Dukas. Durante seus últimos anos de conservatório, começou a estudar ritmos ocidentais e orientais, cantos dos pássaros, sons eletrônicos e música microtonal (de intervalos menores que um semitom). Em 1931, tornou-se organista da igreja da Santíssima Trindade, em Paris, e ficou conhecido como compositor com Offrandes oubliées (As oferendas esquecidas).
Em 1936 fundou, com outros compositores, o grupo La Jeune France, que pretendia promover a nova música francesa. Lecionou na Schola Cantorum e na Escola Normal de Música de 1936 até a eclosão da segunda guerra mundial, em 1939. Serviu como soldado, foi preso e levado para Görlitz, onde compôs Quatuor pour la fin du temps (Quarteto para o fim dos tempos), apresentado na prisão em 1941. Repatriado em 1942, reassumiu a função de organista e voltou a dar aulas no Conservatório de Paris.
Grande parte da música de Messiaen é inspirada na teologia católica romana e interpretada de forma quase mística, como em La Transfiguration de Notre Seigneur Jésus-Christ (1969). Suas obras mais notáveis para orquestra são Turangalîla-Symphonie (1948) e Chronochromie (1960). Catalogue d'oiseaux (1959) e outras composições incluem meticulosas notações de cantos de pássaros. Messiaen expôs seu método de composição em Technique de mon language musical (1944). Morreu em 28 de abril de 1992, em Paris.
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