Personalidade marcante da vida musical na segunda metade do século XX, Karajan fez da Filarmônica de Berlim uma das maiores orquestras do mundo e jamais desdenhou nenhum avanço tecnológico, do disco ao cinema, que favorecesse a evolução da interpretação musical.
Herbert von Karajan nasceu em 5 de abril de 1908 em Salzburgo, Viena. Menino-prodígio, ali iniciou seus estudos de piano, no Mozarteum, estreando como regente em 1929, em Ulm, Alemanha. Até 1941 dirigiu orquestras em Ulm e Aachen e no período 1938-1945 dirigiu a orquestra da Ópera de Berlim. Embora declarado inocente de crimes de guerra por um tribunal aliado (Karajan pertencera ao partido nazista de 1933 a 1942), ainda assim ficou dois anos sem reger e quando de sua estréia nos Estados Unidos, em 1955, enfrentou manifestações hostis. Logo se tornou diretor da Ópera de Viena (1956-1964), enquanto dirigia outras orquestras, como a do La Scala, de Milão, além da Orquestra Filarmônica de Nova York e a Orquestra de Paris (1969-1970).
Em 1967 Karajan inaugurou o Festival de Páscoa de Salzburgo, mas foi como regente titular da Filarmônica de Berlim (1955-1989) que se celebrizou, mantendo a severa tradição de eficiência que se firmara com o mestre Wilhelm Furtwängler, na década de 1920. Karajan gravou mais de 800 discos e deixou três versões completas das sinfonias de Beethoven. Morreu em Anif, na Áustria, em 16 de julho de 1989.
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