| Num país de riquíssima tradição musical popular e pouco voltado para a cultura clássica, Isaac Karabtchevski conseguiu o prodígio de tornar-se uma figura conhecida e admirada pelo grande público. O projeto Aquarius, por ele organizado, chegou a reunir 300.000 pessoas num único e memorável concerto que ele regeu na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 1973.
Isaac Karabtchevski nasceu em São Paulo SP em 27 de dezembro de 1934. Filho de cantores, começou a carreira musical tocando oboé. Em 1954, depois de vencer um concurso para jovens solistas, tornou-se músico da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Estudou harmonia, composição, regência coral e regência sinfônica com Hans Joachim Koellreutter e logo passou a reger grupos corais. Em 1956 fundou, em Belo Horizonte MG, o Madrigal Renascentista.
Estreou como regente sinfônico em 1961, à frente da Filarmônica de Buenos Aires no Teatro Colón. Em 1967 tornou-se regente assistente da OSB e dois anos depois passou a titular. A partir de 1973, foi regente convidado da Tonkünstlerorchester, uma das quatro orquestras mais importantes da Áustria, sediada em Viena. Como regente da OSB, Karabtchevski apresentou várias primeiras audições, no Brasil, como Das Lied von der Erde (1908; A canção da terra), de Gustav Mahler; L'Enfant et les sortilèges (1925; A criança e os sortilégios), de Maurice Ravel; a sinfonia nº 2 - Brasília (1960), de Guerra Peixe; Ludus instrumentalis (1969), de Marlos Nobre; e Ludus symphonicus (1966), de Edino Krieger.
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