A obra do tcheco Janácek, um dos expoentes do nacionalismo musical no século XX, aliou a inspiração popular aos modernos recursos de composição.
Leoš Janácek nasceu em Hukvaldy, Morávia, em 3 de julho de 1854. Estudou nos conservatórios de Praga, Leipzig e Viena. Fundador em 1881 e diretor, até 1920, do colégio de organistas de Brno, dirigiu a Orquestra Filarmônica Tcheca, como também se dedicou à crítica musical e à pesquisa folclórica. Janácek ficou conhecido fora da Morávia após a estréia em Praga, em 1916, da ópera Jenufa (título original: Její pastorkyna, 1904; A filha adotiva), que em 1918 igualmente obteve sucesso em Viena.
O engajamento pan-eslavista do compositor levou-o a visitar três vezes a Rússia, cuja revolução homenageou na rapsódia sinfônica Taras Bulba, de 1918, de forte influência russa, como a ópera Kát'a Kabanová (1921), com libreto extraído de Groza (A tempestade), de Ostrovski. Nestas e outras obras -como as óperas Výlet pana Broucka do Mesíce (1917; A viagem do sr. Broucek à Lua) e Príhody lisky Bystrovsky (1924; A pequena raposa astuta) - mostra-se um impressionista vigorosamente impregnado de nacionalismo tcheco. Sua obra-prima, porém, é a Glagolská mse (1926; Missa glagolítica), com um texto litúrgico em paleoeslavo. Leoš Janácek morreu em Ostrava em 12 de agosto de 1928.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |