Reformador da tradição operística na França, Vincent d'Indy influenciou a composição erudita de inspiração folclórica em vários países, entre eles o Brasil.
Paul-Marie-Théodore-Vincent d'Indy nasceu em Paris em 27 de março de 1851. Estudou técnica de composição com César Franck, a quem dedicou verdadeiro culto, e entrou para o curso de órgão do Conservatório de Paris em 1874. O contato com Wagner foi decisivo para sua carreira. D'Indy sucedeu a César Franck em 1890 na Société Nationale de Musique e, em 1894, fundou a Schola Cantorum, onde difundiu suas idéias e restaurou o interesse pelo canto gregoriano e pela música dos séculos XVI e XVII.
A obra de D'Indy se divide em três períodos: um primeiro, germanizante, é o de La Fôret enchantée (1878; A floresta encantada) e do tríptico Wallenstein (1873-1881); o segundo constituiu uma volta às origens nacionais e regionais, com a Symphonie sur un chant montagnard français (1886; Sinfonia sobre um canto montanhês da França), as óperas Fervaal (1895), L'Étranger (1901; O estrangeiro) e La Légende de saint Christophe (1915; A lenda de são Cristóvão); e o terceiro foi clássico e despojado, com a Sinfonia brevis (1918). As lições de César Franck e seu "princípio cíclico" estão patentes em Istar, variations symphoniques (1896; Istar, variações sinfônicas). D'Indy formou alguns compositores modernos, como Arthur Honegger, Erik Satie, Paul Dukas e Déodat de Sévérac. Morreu em 1º de dezembro de 1931, em Paris.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |