| Um dos principais compositores alemães da primeira metade do século XX, Hindemith procurou revitalizar o tonalismo, defendeu o sentido utilitário da música e deu importante contribuição ao desenvolvimento da teoria musical.
Paul Hindemith nasceu em Hanau, perto de Frankfurt am Main, em 16 de novembro de 1895. Violinista de cafés, aos vinte anos já se tornara regente da Ópera de Frankfurt e, a seguir, integrou o Quarteto Amar. Inicialmente visto como iconoclasta, Hindemith evoluiu para um neoclassicismo de características originais. Em sua concepção, o compositor deve voltar-se para as necessidades sociais, com atitude objetiva e anti-romântica. Pretendeu criar "música utilitária" (Gebrauchsmusik), para atender a situações rotineiras, e deixou obra vasta, em todos os gêneros: sobressaem o ciclo Das Marienleben (1924 e 1948; Vida de Maria), com versos de Rilke; a ópera Cardillac (1926), baseada num conto de Hoffmann; o concerto Schwanendreher (1935), com temas de canções alemãs antigas; e a ópera Mathis der Maler (1928), sua obra-prima, em torno da vida do pintor Mathias Grünewald.
Em 1939, acusado de "bolchevismo cultural" pelos nazistas, emigrou para a Turquia e depois para os Estados Unidos, onde ensinou na Universidade de Yale. De volta à Europa em 1953, lecionou em Zurique e Frankfurt. Hindemith opôs-se ao atonalismo de Schoenberg e formulou sua teoria em Unterweisung im Tonsatz (1937-1939; Ensino da composição) e outros livros, em que propôs uma nova concepção da harmonia. Morreu em Frankfurt em 28 de dezembro de 1963.
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