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Georg Friedrich Haendel (1685-1759)

Nasceu em Halle, Saxônia, em 23 de fevereiro de 1685.
Morreu em Londres, em 20 de abril de 1759.

Músico inglês nascido na Alemanha. Um dos mais importantes compositores da Inglaterra, captou o gosto do público e obteve o reconhecimento da aristocracia do país.

 
       Alemão naturalizado inglês, Haendel é considerado um dos mais importantes compositores da Inglaterra pela facilidade com que captou o gosto do público e obteve o reconhecimento da aristocracia do país.

       Georg Friedrich Haendel nasceu em Halle, Saxônia, em 23 de fevereiro de 1685. Recebeu os primeiros ensinamentos musicais do compositor F. W. Zachow, organista de sua cidade. Em 1702, ingressou na Universidade de Halle como estudante de direito. Para aumentar sua experiência musical, tornou-se organista da catedral de Halle. Um ano depois foi para Hamburgo, onde conseguiu fama como violinista na orquestra da ópera.

       Obteve grande sucesso com sua primeira ópera, Almira (1705), o que determinou sua transferência para a Itália, centro musical da Europa de então. Residiu em Florença, Roma, Nápoles e Veneza, onde apresentou, em 1709, a ópera Agrippina, recebida com entusiasmo pelo público italiano. A fama conquistada na Itália permitiu que, no início de 1710, fosse convidado para exercer a direção musical da capela da corte de Hannover. Antes de assumir o cargo, no entanto, decidiu viajar para Londres e acabou dividido entre as duas cidades até 1713. Definitivamente instalado na capital inglesa, compôs Rinaldo (1711) e Il pastor fido (1712; O pastor fiel), que aumentaram sua celebridade. Em 1713, Haendel recebeu a proteção real graças às composições Ode for the Queen's Birthday (Ode para o aniversário da rainha) e o Utrecht Te Deum e Jubilate, para celebrar a paz de Utrecht, obras que revelam a influência musical do compositor britânico Henry Purcell.

       Com a morte da rainha Ana, em 1714, o trono britânico foi ocupado por Jorge I, príncipe-eleitor de Hannover. O monarca reconciliou-se então com Haendel, depois da inimizade provocada pela partida do compositor para Londres. Em 1717, Haendel compôs Water Music (Música aquática) para uma festa real, no rio Tâmisa. Em 1718, como mestre de capela do duque de Chandos, em Cannons, compôs 12 Chandos Anthems, peças religiosas semelhantes ao moteto, em que se privilegia a voz e o coro. São da mesma época Acis and Galatea (1718-1720) e a primeira versão do oratório Esther (1720).

       Na década de 1720, dedicou-se quase inteiramente à ópera, como diretor da Real Academia de Música de Londres. Em 1726, já considerado compositor oficial da corte, naturalizou-se inglês. Com a diminuição do interesse do público pela ópera, a obra de Haendel sofreu uma importante mudança, a partir de 1732, quando o compositor passou a dedicar-se a oratórios inspirados em passagens da Bíblia. Entre eles destacam-se obras-primas como Israel in Egypt (1739; Israel no Egito), Saul (1738-1739) e Messiah (1742; O Messias). Este último inclui o popularíssimo coro "Aleluia" e é a obra mais conhecida de Haendel. Em 1749, Haendel compôs outra de suas mais célebres criações, Music for the Royal Fireworks (Música para os reais fogos de artifícios), em comemoração ao fim da segunda guerra da Silésia, na qual a Grã-Bretanha enfrentou a Prússia e a França. Nessa obra instrumental destacam-se as partes denominadas "La Paix" ("A paz") e "La Réjouissance" ("A alegria").

       A música (e às vezes a personalidade) de Haendel costuma ser comparada e confundida com a de seu contemporâneo Bach: ambos se parecem em seu gigantismo, restauraram a ordem no caos resultante do experimentalismo do século XVI, tiveram na fé luterana a motivação para sua música religiosa e reconstruíram em maiores dimensões a polifonia vocal, com base na polifonia da música para órgão. Mas Haendel e Bach foram personalidades muito diferentes. Se o segundo se restringiu a um ambiente provinciano, Haendel foi um homem da grande sociedade londrina. Haendel tinha preferência pela grandiloqüência da ópera, que nunca atraiu Bach. A música dos grandes oratórios de Haendel é muito menos interiorizada do que a das cantatas de Bach. A música de Haendel, grandiosa e triunfante, foi a maior realização do ideal barroco, o de empolgar os sentidos. Nos últimos anos de vida, Haendel sofreu uma progressiva perda de visão, o que determinou seu afastamento da corte. Morreu em Londres, em 20 de abril de 1759.

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