| Quando o mundo ocidental mergulhava na desunião, são Gregório Magno reafirmou o papel da igreja como aglutinadora da sociedade cristã.
Gregório Magno nasceu no ano 540, em Roma. Chegou a ser prefeito da cidade mas, atraído pela vida religiosa, tornou-se monge. Transformou o palácio da família, no monte Célio, no mosteiro de Santo André e fundou seis novos mosteiros em suas terras na Sicília, todos segundo a regra de são Bento. Em 579 o papa Pelágio II enviou-o como embaixador a Constantinopla, onde permaneceu seis anos. De volta a Roma e com a morte de Pelágio, foi eleito papa, em 590, com o nome de Gregório I.
O pontificado de são Gregório caracterizou-se pelo esforço de reorganização e restauração da igreja. Combateu a simonia, as heresias e o paganismo. Preocupou-se com as condições de vida do povo e se empenhou na ajuda a populações afetadas pela fome, por pestes e inundações do Tibre. Levado pelo desejo de tornar mais acessíveis as questões religiosas, divulgou milagres e reformulou a liturgia. Promoveu a codificação do cantochão, que a partir de então passou a ser conhecido como canto gregoriano. Uma de suas iniciativas mais importantes como papa foi estender a ação missionária. Enviou Agostinho (santo Agostinho de Cantuária) à Inglaterra com quarenta monges, que evangelizaram também as ilhas britânicas, e difundiu a ordem beneditina por toda a Europa ocidental. Conseguiu negociar a paz com os bárbaros lombardos, que ameaçavam Roma, e unificar o território da igreja, constituindo o patrimônio de são Pedro (terras controladas pela igreja), base do futuro estado pontifício.
São Gregório deixou cartas e tratados, entre os quais o Liber regulae pastoris (Livro de normas para pastores), que serviu de base para a formação do clero na Idade Média e é ainda hoje um clássico da vida espiritual. São Gregório Magno morreu em Roma em 12 de março de 604.
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