Inicialmente interessado em antigos gêneros de música espanhola como a tonadilla, Granados tornou-se representante do nacionalismo musical do início do século XX, a que deu uma contribuição essencialmente pianística e de notável substância lírica.
Enrique Granados nasceu em 27 de julho de 1867 em Lérida, Espanha. Com a morte prematura do pai, que era cubano, teve de mudar-se para Barcelona, onde estudou composição com Felipe Pedrell, pioneiro do nacionalismo espanhol na música. Aos 16 anos Granados estreou como pianista e em 1887 foi estudar em Paris. De volta a Barcelona num momento em que a Catalunha ressurgia culturalmente, em 1892 compôs suas 12 Danzas españolas para piano a quatro mãos, que o consagraram. Seis anos depois apresentou em Madri sua primeira ópera, María del Carmen.
Após criar uma associação de concertos que não prosperou, em 1900 o compositor fundou uma escola de piano que levou seu nome e formou intérpretes famosos. Atraído pela música espanhola do século XVIII, Granados compôs uma série de canções "em estilo antigo", as tonadillas, e em seguida numerosas peças para piano de cunho marcadamente lírico e nacionalista, em que sobressaem os Valses poéticos, a Rapsodia aragonesa, os Estudios expressivos e especialmente a suíte das Goyescas, inspirada tanto em quadros e tapeçarias de Goya como em cenas madrilenhas da época do pintor.
Granados transformou essa suíte em ópera e, por causa da guerra, levou-a para Nova York, onde estreou. De regresso, e já no canal da Mancha, morreu no naufrágio do navio Sussex, torpedeado pelos alemães em 24 de março de 1916.
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