A obra do compositor, arranjador e instrumentista Radamés Gnattali contribuiu para derrubar as barreiras entre a música erudita e a composição popular. Seu nome consolidou-se como um dos mais importantes da música brasileira do século XX.
Radamés Gnattali nasceu em Porto Alegre RS, em 27 de janeiro de 1906. Filho de músicos, começou a estudar piano com a mãe, aos seis anos, e posteriormente dedicou-se ao violino, cavaquinho e violão. Formado com medalha de ouro na classe de piano do Instituto de Belas-Artes de Porto Alegre, estudou harmonia na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro. Durante muitos anos foi pianista de cinemas e teatros. Na década de 1930 dividiu-se entre a composição de peças eruditas e as orquestrações de música popular, violando seguidamente a fronteira entre as duas tendências.
Trabalhou durante trinta anos na Rádio Nacional. Entre seus muitos arranjos há que destacar o de Copacabana, gravado por Dick Farney, que muitos consideram precursor da bossa nova. Compôs choros, sambas, sambas-canções e valsas. Foi violinista da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos e do Quarteto de Cordas Henrique Oswald. Como compositor erudito, sua obra mais conhecida é Rapsódia brasileira, mas destacam-se também Poema, Brasilianas e Três miniaturas. Radamés Gnattali morreu no Rio de Janeiro, em 3 de fevereiro de 1988.
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