| Síntese peculiar do acervo musical ibero-americano e das técnicas de criação do século XX, a obra do argentino Alberto Ginastera evoluiu lentamente dos parâmetros mais tradicionais para a música aleatória, com elementos oriundos do acaso e da improvisação.
Alberto Evaristo Ginastera nasceu em 11 de abril de 1916 em Buenos Aires, onde iniciou os estudos musicais. Em 1945, com bolsa de estudos da Fundação Guggenheim, foi para os Estados Unidos, onde estudou com Aaron Copland. Aos poucos, os elementos tradicionais e nacionalistas que predominaram em suas primeiras obras, Três danças argentinas (1937), Sinfonia portenha (1942) e os balés Panambi (1937) e Estância (1941), modificaram-se sob influência dos grandes compositores do século XX e pela incorporação da música serial e atonal.
As técnicas experimentais são evidentes no quarteto de cordas nº 2 (1958) e no concerto para piano (1961), mas foram sobretudo as óperas que lhe deram renome internacional. A primeira delas, Don Rodrigo (1964), estreada sem êxito em sua cidade natal, foi acolhida triunfalmente em Nova York, assim como Bomarzo (1967), baseada no romance homônimo de Manuel Mujica Laínez, e Beatrix Cenci (1971). Ginastera foi docente do Centro Avançado de Estudos Musicais de Buenos Aires e morreu em Genebra, Suíça, em 25 de junho de 1983.
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