| Intimismo e serenidade marcaram a atividade criadora de Gabriel Fauré, cuja música densa e de profunda delicadeza exerceu influência importante sobre modernos compositores franceses.
Gabriel-Urbain Fauré nasceu em 12 de maio de 1845 em Pamiers, França. Estudou piano com Camille Saint-Saëns, na escola de Louis Niedermeyer. Sua carreira de organista, iniciada em 1866 em Rennes, prosseguiu na igreja da Madeleine, em Paris, de que também foi mestre de coro. De 1905 a 1920, abalado pela surdez e outros problemas de saúde, dirigiu o Conservatório de Paris, onde ensinara composição desde 1896. Foram seus alunos Maurice Ravel, George Enesco, Jean Roger-Ducasse, Florent Schmitt e Nadia Boulanger.
Identificado com a melhor tradição da música francesa, inclusive com a requintada arte de César Franck, Fauré deu preferência à música de câmara e aos Lieder, gênero em que compôs vários ciclos, entre os quais Le Jardin clos (1915-1918; O jardim fechado), com versos de Charles van Lerberghe. Na música de câmara sobressaem a Berceuse para violino e piano (1880), a Élégie para violoncelo e piano e o quinteto para piano e cordas em dó menor. Outra de suas peças mais executadas é a Ballade para piano e orquestra (1881), mas a obra-prima é certamente a Messe de réquiem (1887) para solistas, coro, orquestra e órgão. Fauré morreu em Paris, em 4 de novembro de 1924.
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