| Excepcional produtor artístico, Serguei Diaghilev renovou o mundo da dança clássica conjugando num mesmo espetáculo coreografias, composições musicais, figurinos e cenografia de vanguarda.
Serguei Pavlovitch Diaghilev nasceu em Novgorod, Rússia, em 31 de março de 1872 (19 de março no calendário juliano). Estudou direito em São Petersburgo e cedo orientou seu interesse para a arte. Em 1899 participou da fundação da revista Mir Iskusstva (O mundo da arte); um ano mais tarde, organizou a primeira exposição de pintura impressionista francesa na Rússia. Depois de promover diversos espetáculos musicais em São Petersburgo, em 1906 apresentou em Paris a exposição "Dois séculos de arte russa" e, em 1908, a ópera Boris Godunov, de Mussorgski.
Ao êxito dessas iniciativas acrescentou-se, em 1909, o da fundação da companhia Ballets Russes, cuja estréia, novamente na capital francesa, contou com grandes figuras como Ana Pavlova, Nijinski e Fokine numa temporada que incluiu, entre outras obras, Les Sylphides (As sílfides), com música de Chopin, e O príncipe Igor, de Borodin. A partir daí, a companhia percorreu as principais cidades européias, nas quais apresentou um grande repertório de balés, que abrangia L'Oiseau de feu (1910; O pássaro de fogo), Petrushka (1911) e Le Sacre du printemps (1913; A sagração da primavera), todos de Stravinski.
Para a montagem de suas obras, Diaghilev soube reunir a colaboração dos mais notáveis artistas de seu tempo, como Picasso, Cocteau, Braque e Derain. Morreu em 19 de agosto de 1929 em Veneza, Itália.
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