| Síntese das correntes musicais modernas, a obra de Pierre Boulez criou uma nova escola no panorama musical francês do século XX.
Boulez nasceu em Montbrison, na França, em 26 de maio de 1925. Discípulo de Olivier Messiaen e René Leibowitz, familiarizou-se com o dodecafonismo de Schoenberg e o serialismo de Webern, embora tenha se afastado dessas técnicas de composição desde suas primeiras obras, entre as quais sobressai a sonatina para flauta e piano (1946).
Em 1954 Boulez criou os Concertos de Marigny, mais tarde denominados Domaine Musicale. Tratava-se de uma associação cultural dedicada à difusão da música contemporânea em todos os âmbitos e que foi dirigida por Boulez até 1967. Seu prestígio como regente, comparável ao que teve como compositor, conduziu-o à direção da Orquestra Filarmônica de Nova York, substituindo Leonard Bernstein em 1971. A partir de 1976 ocupou o cargo de diretor do Instituto de Pesquisa Musical Beaubourg, em Paris.
Se suas primeiras obras se ligam às inovações das escolas musicais contemporâneas, as posteriores introduzem elementos da chamada música aleatória, com a intervenção de fatores dependentes do acaso ou da improvisação.
Figuram entre estas Le marteau sans maître (1954; O martelo sem dono), a terceira sonata para piano e Poésie pour pouvoir (1958; Poesia para o poder). Nessas composições experimentais, Boulez pretendeu explorar todas as possibilidades rítmicas do dodecafonismo e conseguiu criar um novo universo musical.
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