| Os modernos estudos sobre Boccherini destacam sua importância no desenvolvimento do quarteto e do quinteto de cordas no século XVIII.
Luigi Rodolfo Boccherini nasceu em Lucca, Itália, em 19 de fevereiro de 1743. Virtuose do violoncelo desde muito jovem, mudou-se em 1756 para Roma, onde estudou com Giovanni Battista Costanzi, diretor musical da basílica de São Pedro, e familiarizou-se com a música polifônica de Palestrina e Corelli.
A partir de 1757, quando foi convidado a tocar na orquestra do Teatro Imperial de Viena, e até 1769, data de sua chegada à corte de Madri, Boccherini desenvolveu atividade intensa em diversos países, ao mesmo tempo em que absorvia as novas técnicas musicais. Os seis trios para dois violinos e violoncelo, que estreou em Viena em 1760, as seis sonatas para cravo e violino, apresentada em Paris em 1766, e o concerto para violoncelo, de 1768, popularizaram sua música em toda a Europa.
Radicado em Madri desde 1769, Boccherini ocupou o cargo de músico da corte e dedicou-se de corpo e alma a sua produção musical, alheio às intrigas que o rodeavam. Desta prolífica etapa datam os seis quartetos de corda (1772), o Stabat Mater (1781), para vozes e orquestra, a zarzuela La Clementina (1786) e numerosos trios, quartetos, quintetos, sinfonias e concertos para violoncelo e orquestra, nos quais desenvolveu os recursos instrumentais do quarteto e do quinteto como formas musicais.
Depois de perder as simpatias da corte e a popularidade, Boccherini viveu seus últimos anos atormentado pela miséria e pela doença. Morreu em Madri em 28 de maio de 1805. Seus restos foram trasladados para sua cidade natal em 1927.
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