:::   PRINCIPAL   :::   BIOGRAFIAS   :::   CONTATOS   :::   LINKS  :::

 

Béla Bartók (1881-1945)

Nasceu em Nagyszentmiklós, Hungria (hoje Sannicolaul Mare, Romênia), em 25 de março de 1881.
Morreu em Nova York em 26 de setembro de 1945.

Músico húngaro. Compositor e pianista, fundiu elementos populares e inovações técnicas, numa das obras mais inventivas da primeira metade do século XX.

 
       Um dos nomes mais representativos da evolução musical na primeira metade do século XX, Béla Bartók realizou em sua música uma perfeita fusão das tradições populares húngaras com as inovações técnicas de sua época e a racionalidade mais pura. Seu trabalho de vanguarda recorreu aos sons arrítmicos, à atonalidade, ao uso de instrumentos de jazz.

       Béla Bartók nasceu em Nagyszentmiklós, Hungria (hoje Sannicolaul Mare, Romênia), em 25 de março de 1881. Aprendeu música e piano com a mãe, a partir dos cinco anos. Aos oito, perdeu o pai. Desde 1894 estabeleceu-se em Pozsony, atual Bratislava, centro cultural importante, onde fez estudos musicais regulares. Em companhia de seu amigo Zoltán Kodály, a partir de 1905, Bartók empreendeu uma pesquisa sistemática da música popular húngara, revelando-a completamente diversa da que se divulgava como tal. Esse levantamento, sempre criterioso e objetivo, daria a matéria-prima fundamental de sua obra, sobretudo de 1926 em diante, quando esta amadureceu e adquiriu feição mais original.

       Anteriores a esse período são os quartetos para cordas nº 1 (1908) e nº 2 (1915-1917), bem como inúmeras peças para piano, entre as quais o célebre Allegro barbaro (1911), e a ópera em um ato O castelo do duque Barba Azul (1911).
Seguiram-se o balé O mandarim milagroso (1919) e duas sonatas para violino e piano. Nessas criações, em que a tonalidade se apresenta mais livre, afirma-se uma forte tendência expressionista, que se abrandaria na Tanz-Suite (1923; Suíte de danças), composta para as festas do qüinquagésimo aniversário da união das cidades de Buda e Pest. A pouca receptividade do público para com suas composições mais avançadas reduziu-se após a primeira guerra mundial, quando Bartók adquiriu renome internacional como pianista e teve muitas das obras publicadas.

       Alguns anos depois iniciou-se a fase de maior fecundidade em sua carreira. Surgiram o concerto para piano nº 1 (1926), os quartetos para cordas nº 3 (1927) e nº 4 (1928), a Cantata profana (1930), de caráter marcadamente social, tendo por tema a indignação de um cidadão comum, e o concerto para piano nº 2 (1930-1931).

       Em plena posse de seus recursos mais notáveis, Bartók deu a sua música, nessa fase, uma vitalidade impregnada de ressonâncias telúricas, cujo tom instintivo e bárbaro foi tratado porém com extremo rigor artesanal. Contribuiu para aumentar sua comunicação com o público a contagiante presença de melodias e ritmos de fundo folclórico, reelaborados em linguagem inconfundivelmente pessoal.

       A vocação pedagógica. Outro aspecto fundamental da personalidade criadora de Bartók, sua vocação pedagógica, revelou-se também em 1926. O Mikrokosmos, coleção de exercícios pianísticos de dificuldades crescentes, iniciada nesse ano e concluída em 1937, demonstra que o mestre havia feito uma síntese do que existia de melhor em seu tempo na técnica e na estilística musicais.

       Sua obra-prima de modernidade mais fascinante, o quarteto para cordas nº 5, data de 1934 e levou ao clímax a técnica de contraponto que o compositor vinha desenvolvendo nas criações mais recentes. Nos anos seguintes, compôs Música para cordas, percussão e celesta (1936), os Contrastes para clarineta, piano e violino (1938) e a sonata para dois pianos e percussão (1937), na qual, com grande pioneirismo, perseguiu uma pureza concreta do instrumento e do som. Da mesma fase é o concerto para violino (1937-1938), em que a delicadeza e a pujança contrastam para completar-se, a cada instante, com admirável originalidade. Pouco posteriores são o divertimento para cordas (1939) e o quarteto para cordas nº 6 (1939), que precederam a última etapa da produção do compositor, vivida na América do Norte.

       Em 1940, ante a ameaça de invasão da Hungria pelas tropas nazistas, Bartók, democrata autêntico, recusou-se a permanecer em seu país e emigrou para os Estados Unidos, sendo contratado como pesquisador musical pela Universidade de Colúmbia, em Nova York. Em solo americano compôs suas últimas obras, notadamente o concerto para orquestra (1943), a sonata para violino solo (1944) e o concerto para piano nº 3 (1945).

       Trabalhando até os últimos dias, Béla Bartók morreu em Nova York em 26 de setembro de 1945. Ainda se passaria algum tempo antes que o mundo visse em sua obra uma das mais completas e inventivas da música do século XX.

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

 

 WebDesigner Vitor Murata

 

Hosted by www.Geocities.ws

1