Valsa

       A família Strauss -- sobretudo Johann o Moço, autor do famoso Danúbio azul -- celebrizou a valsa vienense como gênero. Chopin e Tchaikovski foram também famosos compositores de valsas.

       Valsa é uma dança de salão derivada do Ländler, dança popular da Áustria, Baviera e Boêmia. Caracteriza-se pelo compasso ternário da música, pelos passos em que os pés deslizam pelo chão e pelos giros dos pares. Surgiu entre 1770 e 1780 e, inicialmente, chocou a sociedade tradicional, pelo fato de os casais manterem maior contato físico do que nas danças de salão da época. Logo, porém, cativou indistintamente todas as classes sociais e chegou ao auge da moda na Europa do século XIX, quando ofuscou todas as outras danças. Os franceses reivindicaram também a criação da valsa, que teria derivado da volta, dança popular na Paris de Luís XIV. O alemão waltzen significa "revolver", mas mesmo assim respeitáveis pesquisadores franceses chegaram a considerá-lo uma corruptela de volta.

       A valsa chegou ao Brasil no final da década de 1830 e imitou inicialmente o modelo europeu. A partir de 1870, com o surgimento do choro, os músicos brasileiros imprimiram novas características às composições e a valsa tornou-se um gênero da música popular. Entre os primeiros compositores de valsas estão Alfredo da Rocha Viana, pai de Pixinguinha, e Ernesto Nazaré. Sob a influência da modinha, a valsa tornou-se também uma forma de canção sentimental. No final da década de 1920, o cinema trouxe a moda das valsas americanas.

       A partir de 1934, iniciou-se a fase de maior brilho da valsa brasileira, com a dupla de compositores Francisco Alves e Orestes Barbosa. Até meados da década de 1940, todos os compositores famosos tinham valsas entre suas obras: Pixinguinha, Ari Barroso, Joubert de Carvalho, Lamartine Babo, Custódio Mesquita e muitos outros. O gênero entrou em declínio no Brasil a partir da década de 1950.

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