| Forma musical para teclado, na qual elementos de estilo característicos do instrumento são explorados em improvisos.
A justaposição de passagens de fuga e improvisação tornou-se característica marcante das tocatas de Buxtehude e, mais tarde, de Bach.
Tocata é uma forma musical para teclado, na qual elementos de estilo característicos do instrumento são explorados em improvisos. No final do século XVI, em Veneza, Giovanni Gabrieli e Claudio Merulo escreveram as primeiras tocatas para órgão, algumas sob o título de fantasia ou intonazione. Virtuosísticas, as peças continham floreios e escalas, ornamentos, ritmos e harmonias cambiantes, mudanças de caráter interpretativo e andamento livre. Merulo iniciou a prática de alternar fugas (forma composicional em que uma ou mais melodias secundárias imitam o tema principal) com breves trechos de tocata. Em Roma, Frescobaldi compôs, na primeira metade do século XVII, tocatas cujas partes podiam também ser executadas em separado.
As tocatas de Buxtehude, ao contrário das anteriores, possuem estrutura formal, na qual duas ou três seções de fuga alternam-se com trechos de tocata. No barroco tardio, a um improviso (chamado prelúdio, tocata, fantasia etc.) segue-se uma fuga, como na famosa Tocata e fuga em ré menor, de Bach. Algumas tocatas foram compostas após o barroco, como a terceira seção da suíte Pour le piano (1896- 901; Para o piano), de Debussy.
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