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Suíte

 
       Termo que designa uma sucessão de peças musicais, em geral executadas na mesma tonalidade. De grande importância nos séculos XVIII e XIX.

       As partitas, como eram originalmente conhecidas na Alemanha, e as ordres francesas são tipos de suíte, gênero musical cujas regras de organização interna são muito variáveis de acordo com a época e o país.

       Suíte é uma sucessão de peças musicais, em geral executadas na mesma tonalidade. Durante os séculos XVIII e XIX, período em que teve maior importância, a suíte compunha-se principalmente de trechos de danças. Nos séculos XIX e XX, o termo se referia mais genericamente a uma série de excertos de música instrumental e incluía seleções, para apresentações em concerto, de trilhas sonoras compostas originalmente para o teatro, como L'Arlésienne (1872), de Bizet; e Peer Gynt (1876), de Grieg -- ou o balé -- como Quebra-Nozes (1892), de Tchaikovski.

       A origem da suíte remonta às danças cortesãs, como a pavana e a galharda, que eram apresentadas duas a duas no século XVI. Em geral, ambas evoluíam em torno de um mesmo tema musical. Na Alemanha, nos séculos XVI e XVII, costumava-se arranjar três ou quatro danças numa única entidade musical. Na França, publicavam-se suítes para alaúde ou teclado que consistiam em simples coleções de 17 ou 18 peças, quase todas danças, na mesma tonalidade. Os compositores franceses gradualmente transformaram as danças em composições elegantes e refinadas.

       A partir do final do século XVII, na Alemanha, a suíte passou a compreender quatro danças: allemande, courante, sarabanda e giga, apresentadas nessa ordem. Em algumas suítes havia grande estilização das danças e uma abertura francesa (à maneira de Lully). É o caso das quatro aberturas para orquestra de Bach.

       Os franceses introduziram outros tipos de dança, além das quatro tradicionais. Em meados do século XVIII, generalizou-se o uso de movimentos adicionais -- como gavotas, minuetos e mesmo árias -- e introdutórios, como prelúdios, fantasias e aberturas. São desse gênero as partitas e suítes de Bach. No resto da Europa, a ordem e escolha das danças não obedeceu a padrões tão estritos. Na Itália, as suítes para conjuntos e orquestras de câmara eram comumente conhecidas como sonate da camera.

       O gênero caiu em desuso na segunda metade do século XVIII, mas voltou a ser ocasionalmente praticado mais de um século depois por compositores como Debussy e Ravel e, no século XX, por Stravinski, Schoenberg e Alban Berg.

       No Brasil, a suíte foi importante veículo do nacionalismo musical de compositores como Alexandre Levy, Alberto Nepomuceno e, já em meados do século XX, Francisco Mignone e Camargo Guarnieri. O autor mais fecundo foi Villa-Lobos, que escreveu suítes de grande projeção, como o ciclo das nove Bachianas brasileiras (1930-1954).

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