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Regência

 
       Profissão e arte de dirigir uma orquestra, coro, companhia de ópera ou outros grupos musicais.

       Verdadeiro intérprete da peça executada pelo grupo sob sua direção, o regente é obrigado a lidar com todos os aspectos relacionados à realização da obra musical, que vão desde as modernas técnicas de televisão, cinema, teatro experimental etc., até os interesses dos mantenedores econômicos do grupo e de seu público.

       Regência é a arte de dirigir uma orquestra, coro, companhia de ópera, balé ou outros grupos musicais. A tarefa mais elementar do regente consiste em assinalar o ritmo, com movimentos dos braços e das mãos, de modo que ele possa ser seguido por todos os executantes.

       É da tradição o uso de uma batuta na mão direita, como adjutório para dar ênfase ao andamento musical, enquanto a mão esquerda indica nuances e entradas dos diversos instrumentos. Contudo, muitos regentes contemporâneos deixam livres as duas mãos para instruções interpretativas mais elaboradas. Assim, e com a memorização da partitura, podem ser usados não só as mãos e os braços, mas também o torso e os músculos faciais, a fim de transmitir ao grupo o fraseado, a dinâmica e as entradas individuais. Conforme o gosto pessoal, até mesmo saltos e instruções verbais podem ser empregados, conquanto muitos regentes prefiram extrema reserva de comportamento e gesticulação.

       No tempo de Bach e Haendel, os compositores regiam ao mesmo tempo em que participavam do conjunto, como executantes. No século XIX, surgiu uma nova espécie de musicista, o compositor-regente, representada por Hector Berlioz, Carl von Weber, Felix Mendelssohn e Richard Wagner. Esses músicos assumiam pleno controle sobre a execução de suas obras e imprimiam a seu trabalho uma marca pessoal que caracterizou a vida musical da época. Sua influência permitiu que defendessem com êxito causas impopulares, como a recuperação, por Mendelssohn, da obra de Johann Sebastian Bach, considerada antiquada e acadêmica. Data dessa fase o prestígio ainda atribuído ao cargo de regente.

       No período entre as duas guerras mundiais, alguns regentes ganharam fama internacional, pelo controle que exerciam sobre os músicos, em busca de uma interpretação perfeita. Nessa época o regente era a estrela principal dos concertos. A aura de poder mítico deu lugar, no século XX, a uma imagem mais objetiva, relacionada a habilidades que muitas vezes extrapolam o conhecimento musical.

       Entre os mais famosos regentes figuram Gustav Mahler, renomado compositor austríaco; Arturo Toscanini, italiano, tão grande na ópera quanto no concerto; Wilhelm Furtwängler, alemão, o mais famoso regente de seu tempo, ao lado de Toscanini; e o músico austríaco Herbert von Karajan. No Brasil, destacam-se os nomes de Francisco Mignone, José Siqueira, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, César Guerra-Peixe, Alceu Bocchino, Cláudio Santoro, Diogo Pacheco, Henrique Morelembaum, Isaac Karabtchevski e John Neschling.

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