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Oratório

 
       Obra musical coral, originalmente sobre tema bíblico, com características dramáticas análogas às da ópera. Originária da Itália no século XVI.

       No século XVI, são Filipe Néri mandou compor peças musicais e as fez executar na igreja do Oratório, em Roma. Essas peças, assim como o gênero musical delas derivado, ficaram conhecidas como oratórios.

       Oratório é uma obra de música coral, originalmente sobre tema bíblico, com características dramáticas análogas às da ópera. A narração é interrompida por árias, duetos e coros que exprimem musicalmente os estados de alma dos personagens. Executado à maneira concertante, não se representa e prescinde de decoração cenográfica.

       O primeiro compositor de oratórios foi o italiano Giacomo Carissimi que, no século XVII, criou obras de grande simplicidade musical e intenso lirismo religioso. Nos séculos XVII e XVIII, quando a tradição católica não permitia a representação de óperas profanas durante a Quaresma, foram usados oratórios. A maior parte dessas peças está agora esquecida, mas recentemente foram redescobertas algumas obras de valor como San Giovanni Battista (1675), de Alessandro Stradella, e La morte d'Abele (1712), de Leonardo Leo.

       Ao fracasso financeiro dos empreendimentos operísticos de Haendel deve-se o interesse desse mestre pelo oratório, de execução menos dispendiosa, e a criação das maiores obras-primas do gênero: Saul (1737), Samson e The Messiah (1742), Israel in Egypt (1739), Judas Maccabaeus (1747) e outros. Sob a influência imediata de Haendel, Haydn escreveu Die Schöpfung (1798; A criação) e um oratório de inspiração profana, Die Jahreszeiten (1801; As estações); e Mendelssohn compôs Paulus (1835) e Elias (1846).

       No século XIX ficaram conhecidos os oratórios profanos, como Das Paradies und die Peri (1843; O paraíso e a Peri), de Schumann, embora sejam notáveis os oratórios sacros de Liszt e Les Béatitudes (1880; As bem-aventuranças), de César Franck. A recuperação do tema religioso no século XX foi efetuada por Arthur Honegger, que criou obras como Jeanne au bûcher (1935; Joana na fogueira), que embora escrita para a ópera conquistou as salas de concerto. Carl Orff compôs a obra-prima Carmina burana (1937), oratório profano inspirado em poemas medievais.

       Versões musicadas de um dos quatro evangelhos canônicos sobre a Paixão de Cristo, as paixões são oratórios de natureza especial. Nascido na Alemanha luterana do século XVII, o gênero teve seus maiores representantes em Bach e Telemann.

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