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Opereta

 
       Espetáculo musical e dramático semelhante à ópera, com trama sentimental, romântica ou satírica acompanhada de música ligeira. Derivado de gêneros populares como a commedia dell'arte e o vaudeville.

       Offenbach utilizou lendas da mitologia grega para tecer comentários satíricos acerca dos costumes parisienses de seu tempo, em peças que são consideradas as mais brilhantes do gênero opereta.

       Opereta é um espetáculo musical e dramático de estrutura semelhante à da ópera, cuja trama sentimental e romântica -- e por vezes cômica -- se desenvolve com música ligeira, sobretudo de dança. Outro traço característico do gênero é o diálogo falado, como na Opéra comique francesa e no Singspiel alemão, seus precursores. Originou-se também de gêneros populares, como a commedia dell'arte italiana dos séculos XVI a XVIII e o vaudeville francês. Como precursora da opereta satírica, pode ser citada a Beggars' Opera (1728; Ópera dos mendigos), em que o poeta John Gay e o compositor John Christopher Pepusch parodiaram as grandiloqüentes óperas de Haendel e ironizaram a alta sociedade inglesa de seu tempo.

       Offenbach e a opereta francesa. A intenção satírica inspirou também Jacques Offenbach, o maior dos compositores de opereta. Orphée aux enfers (1858; Orfeu no inferno) e La Belle Hélène (1864; A bela Helena) são paródias bem feitas das graves óperas mitológicas de Gluck. Offenbach é também magnífico em suas obras originais, hoje raramente representadas, que parecem frívolas mas são muito sutis ao inverter a ordem natural dos acontecimentos, como La Vie parisienne (1866; Vida parisiense), La Grande-duchesse de Gérolstein (1867; A grã-duquesa de Gerolstein) e La Princesse de Trébizonde (1870; A princesa de Trebizonda).

       A opereta francesa à maneira de Offenbach não sobreviveu à catástrofe do segundo império. Houve ainda grandes sucessos, mas poucos merecidos e permanentes. Subsistem, contudo, algumas obras, como La Fille de madame Angot (1872; A filha de madame Angot), de Alexandre-Charles Lecocq.

       Opereta clássica vienense. Melhores compositores de operetas surgiram em Viena, mas a opereta vienense é totalmente diferente da francesa, sua contemporânea. O elemento satírico e parodístico está ausente, sendo substituído por humorismo inofensivo e, às vezes, sentimental. Em vez do cancã dominam danças mais recatadas como a polca e, sobretudo, a valsa. Embora nenhum dos compositores vienenses se compare a Offenbach, Johann Strauss o Moço, admirado pelo próprio Brahms, merece destaque. Suas obras românticas e melódicas, como Die Fledermaus (1874; O morcego) e Der Zigeunerbaron (1885; O barão cigano), diluem as diferenças entre a ópera e a opereta e são hoje representadas mesmo em tradicionais casas de espetáculos. Ao lado de Johann Strauss, obtiveram sucesso Franz von Suppé, autor de Die schöne Galathee (1865; A bela Galatea); Karl Millöcker, ao qual se deve Der Bettelstudent (1882; O estudante mendigo) e Karl Zeller, com Der Vogelhändler (1891; O vendedor de pássaros).

       Opereta inglesa. A opereta francesa foi imitada sem sucesso em vários países. Só no Reino Unido Arthur Seymour Sullivan e seu libretista William Schwenck Gilbert conseguiram fazer reviver algo do espírito satírico de Offenbach, em operetas como H. M. S. Pinafore (1878) e The Mikado (1885). Seu grande sucesso não chegou a fundar uma tradição e os britânicos e americanos desenvolveram, em vez disso, um gênero autóctone -- o musical -- forma de teatro com música e dança já bastante distanciada da estrutura operística.

       Século XX. Os sucessos de Offenbach, Johann Strauss e Sullivan foram largamente superados pelos compositores vienenses do começo do século XX, quando a opereta constituiu na Áustria uma verdadeira indústria de exportação. O nome mais famoso dessa geração é Franz Lehár, cuja peça Die Lustige Witwe (1905; A viúva alegre) bateu recordes de bilheteria no mundo inteiro. Oscar Straus compôs Walzertraum (1907; Um sonho de valsa), e Leo Fall, Die Dollarprinzessin (1907; A princesa de dólares). Depois da primeira guerra mundial, a opereta foi definitivamente substituída pelo musical, sobretudo nos Estados Unidos.

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