Composição musical de caráter melancólico, evocativa da noite ou inspirada por ela. Criada e cultivada no século XIX pelo compositor irlandês John Field.
Praticado por poucos compositores, o noturno teve seus momentos de grandeza na primeira metade do século XIX, com as 19 peças de Chopin, e atraiu depois alguns mestres do século XX.
Noturno é uma composição musical de caráter melancólico, evocativa da noite ou inspirada por ela. Durante o século XIX, foi cultivado como peça pianística. O gênero foi criado pelo compositor irlandês John Field, cujo primeiro ciclo de noturnos, publicado em 1814, estava entre os modelos utilizados por Chopin.
Denominado Nachtstück pelos alemães, o noturno aparece na vasta obra pianística de Schumann e, mais tarde, entre as composições do russo Scriabin e de outro alemão, Hindemith. São notáveis os três noturnos para orquestra de Debussy, que apresentam brilhantes contrastes. No século XX, o maior artista do gênero foi Béla Bartók, que compôs obras com peculiar acento trágico.
O notturno italiano do fim do século XVIII, peça ligeira para conjunto camerístico, parece não apresentar relação com o noturno do século XIX. Semelhante à serenata e ao divertissement, foi originalmente concebido para apresentações noturnas e, em geral, ao ar livre.
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