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Modo Musical

 
       Maneira de ordenar as notas de uma escala. Sugere as notas a serem usadas na melodia e as que terão especial importância harmônica.

       Embora os termos maior e menor, aplicados à tonalidade de uma obra musical ou a determinado acorde, sejam muito familiares ao ouvinte leigo, a presença de outros modos se evidencia na música nordestina, no jazz, nas cantigas de roda e em vários outros gêneros musicais bastante conhecidos.

       Modo é a maneira de ordenar as notas de uma escala. Como um dos fatores que define o universo sonoro utilizado em determinada obra, sugere as notas a serem usadas na melodia e as que terão especial importância harmônica. Uma mesma escala pode gerar modos diferentes, de acordo com a nota que esteja assumindo a função de centro.

       No sistema tonal, predominante no Ocidente, os modos mais usados são os chamados maior e menor da escala diatônica -- a qual corresponde às teclas brancas do piano. O modo maior corresponde às teclas brancas tocadas em seqüência a partir da nota dó. O modo menor é obtido tocando-se as mesmas teclas, porém a partir da nota lá e possui, além dessa forma, dita original ou primitiva, duas outras variantes, a harmônica e a melódica, usadas respectivamente na formação de acordes e melodias.

       História. Ao longo da Idade Média utilizaram-se oito modos da escala diatônica, derivados dos gregos. Conhecidos como modos eclesiásticos, foram utilizados também na maior parte da música medieval da Europa ocidental. No século XVI, outros quatro foram introduzidos. Somente a partir do século XVII o sistema tonal, ou tonalismo -- aliado a novo padrão para afinação de instrumentos, chamado de temperamento igual -- fez prevalecerem os modos maior e menor, remanescentes dos anteriores. O que pode atualmente parecer uma restrição à liberdade criativa, representou na época um recurso eficaz de organização do material musical. A música tonal e os modos maior e menor predominaram inquestionavelmente no Ocidente durante quatro séculos. Outros modos e escalas, no entanto, permaneceram em uso na música folclórica e na não-ocidental. No século XX, inúmeras experiências composicionais puseram em questão a hegemonia do tonalismo e compositores como Béla Bartók e Igor Stravinski resgataram a antiga prática modal também na música culta.

       Música não-ocidental. O termo modo é empregado com freqüência como tradução de maqam e raga, respectivamente estruturas da música árabe e indiana. Na prática, não há correspondência exata entre o modo ocidental, o maqam e o raga. Estes últimos são entidades musicais complexas, que incluem a formulação de padrões rítmicos e melódicos típicos. O raga, além disso, se relaciona à criação de uma atmosfera subjetiva predeterminada e sua compreensão transcende o aspecto puramente musical.

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