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Marcha

 
       Peça musical de compasso binário ou quaternário, com tempos fortes e andamentos variados, destinada a marcar ou evocar o ritmo cadenciado dos passos de uma pessoa ou grupo.

       Criada no século XV para cadenciar o deslocamento dos soldados, a marcha, cujo ritmo se associa à exaltação cívica e heróica, despertou mais tarde o interesse de grandes compositores clássicos e românticos.

       Marcha é a peça musical de compasso binário ou quaternário, com tempos fortes e andamentos variados, que se destina a marcar ou evocar o ritmo cadenciado do passo de uma pessoa ou de um grupo. No Brasil designa, especialmente no diminutivo, um gênero de música popular urbana nascida nos ranchos e cordões carnavalescos, em compasso binário, cuja coreografia consiste num andar ritmado em voltas. Como o samba, é música de carnaval por excelência. Sofreu a influência de danças como o ragtime, o cakewalk e a polca, populares no Brasil até por volta de 1925.

       Tipos de marchas. Os exércitos de todos os países possuem suas próprias marchas militares, às vezes de qualidades estéticas. Algumas ficaram famosas por motivos históricos e patrióticos, como Alter Dessauer (c.1705) e Hohenfriedberger (1745), do Exército prussiano. O ritmo fascinante da marcha húngara Rakóczy levou Berlioz a incluí-la em A danação de Fausto. Schubert compôs três marchas militares estilizadas para piano a quatro mãos.

       Muitas vezes encomendadas a grandes compositores para realçar comemorações e festas de vitória, as marchas festivas fazem parte de algumas das óperas mais conhecidas, como A flauta mágica, de Mozart; Carmen, de Bizet; O profeta, de Meyerbeer; e Aída, de Verdi. As marchas nupciais são pouco numerosas, mas duas delas se tornaram imensamente populares: a de Mendelssohn, composta para Sonhos de uma noite de verão, e a de Richard Wagner incluída em Lohengrin.

       Haendel foi o primeiro compositor a utilizar o ritmo sincopado e característico das marchas fúnebres numa obra musical, ao incluir uma delas no oratório Saul. Beethoven retomou a idéia na sonata para piano opus 26 e na sinfonia nº 3, chamada Heróica. Ainda mais popular é a marcha fúnebre de Chopin, segundo movimento da sonata para piano em si bemol menor opus 35. O ritmo é usado mais livremente por Schumann no quinteto opus 44 e por Wagner em O crepúsculo dos deuses.

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