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Madrigal

 
       Composição polifônica, para quatro ou cinco vozes, sobre texto profano em língua vulgar. Surgida no norte da Itália no século XIV.

       Originado no norte da Itália durante o século XIV, o madrigal quase desapareceu no século seguinte, para ressurgir renovado no século XVI. No fim desse século e início do seguinte, ganhou prestígio internacional.

       Madrigal é uma composição vocal polifônica a quatro ou cinco vozes, sobre texto profano em língua vulgar. Inicialmente, os madrigais eram composições poéticas breves, de rima e métrica relativamente constantes -- duas ou três estrofes de três versos de 7 ou 11 sílabas, entoadas em polifonia a duas vozes. Surgiu em Florença o primeiro grande cultor do gênero, Francesco Landini. Suas composições aparecem no famoso códice Squarcialupi, com as de Giovanni da Cascia e Jacopo da Bologna, seus contemporâneos.

       No século XV, a música italiana foi dominada sobretudo por autores do norte da França e dos Países Baixos. Pode-se afirmar, porém, que as canções do carnaval de Florença e a frottola de Mântua foram os antecedentes italianos do madrigal do século XVI, caracterizado pela forma poética diferenciada e pela maior qualidade literária. Estruturava-se não apenas sobre madrigais, mas também sobre outras formas poéticas, como o soneto. Petrarca e Boccaccio foram alguns dos autores favoritos dos madrigalistas.

       Ao contrário do que ocorrera no século XIV, o estilo musical do novo madrigal passou a ser cada vez mais ditado pelo poema. No início do século, o gênero se parecia mais com o estilo simples e homofônico da frottola, mas acabou influenciado pelo estilo polifônico dos compositores flamengos e franceses que trabalhavam na Itália. Ambas as tendências estão representadas na obra da primeira geração de madrigalistas: Constanza Festa e Philippe Verdelot (cujos trabalhos aparecem no primeiro livro impresso de madrigais, em Roma, em 1530), além de Jacques Arcadelt e Adriaan Willaert.

       Willaert e seu aluno Cipriano de Rore trouxeram mais expressividade ao madrigal ao dar tratamento musical especial a palavras que denotavam emoções, como "alegria", "ódio", "riso" e "pranto". O maior madrigalista do século, porém, foi Luca Marenzio, que atingiu um equilíbrio perfeito entre as palavras e a música. Embora relativamente popular fora da Itália, somente na Inglaterra o madrigal adquiriu tradição local. Thomas Morley e John Wilbye são alguns autores ingleses destacados, e Nicholas Yonge publicou Musica transalpina, extensa coletânea de traduções de madrigais italianos para o inglês.

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