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Libreto

 
       Nome dado ao texto poético escrito especialmente para ser musicado em obras como ópera, oratório ou cantata.

       Quando surgiram as primeiras óperas na Itália, para diversão da corte, o texto era impresso num pequeno livro comemorativo, ou libreto. Mais tarde, a ópera se tornou um espetáculo público, e a audiência usava o libreto para acompanhar o desenrolar da ação.

       Libreto é o nome dado a um texto poético escrito para ser posto em música, como ópera, oratório ou cantata. Os libretos das primeiras óperas italianas -- Dafne (1594), de Jacopo Peri, e Euridice (1600), de Giulio Caccini -- foram escritos por Ottavio Rinuccini e, como todos do século XVII, são puramente líricos. O espírito dramático só foi considerado necessário para a ópera por Apostolo Zeno.

       O maior poeta do gênero melodrama foi Pietro Metastasio, que reduziu ao mínimo a ação dramática, com enorme sucesso. Seus libretos foram musicados por todos os compositores do século XVIII. No mesmo século se registrou um acordo perfeito entre um gênio musical e a habilidade de um autor de textos na colaboração de Mozart e Lorenzo da Ponte, autor do libreto de Don Giovanni (1787), entre outros.

       Depois disso, os libretistas tornaram-se menos famosos que os compositores. Mereceram realce, porém, os românticos Eugène Scribe, produtor de textos para óperas de Auber e Giacomo Meyerbeer; Henri Meilhac, autor do libreto de Carmen (1875), de Bizet; e Francesco Maria Piave, que escreveu para Verdi os textos de Rigoletto (1851) e La Traviata (1853).

       Wagner escreveu seus próprios textos, cuja força dramática se revela sobretudo em Tristan und Isolde (1865; Tristão e Isolda). Outros compositores preferiram pôr em música o texto integral de obras dramáticas já existentes, como Pelléas et Mélisande (1902), de Debussy (texto de Maeterlinck), e Salomé (1905), de Richard Strauss (texto de Oscar Wilde).

       Na ópera moderna, grandes escritores têm fornecido os melhores poemas dramáticos a músicos: Hugo von Hofmannsthal escreveu Der Rosenkavalier (1911; O cavaleiro da rosa) para Richard Strauss; Colette, L'Enfant et les sortilèges (1925; A criança e os sortilégios) para Ravel; Cocteau renovou Oedipus Rex (1927) para Stravinski. Alguns compositores adaptam sua música ao estilo literário da obra escolhida, como fez Alban Berg em Lulu (1939), de Frank Wedekind.

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