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Contraponto

 
       Técnica composicional baseada na superposição de duas ou mais melodias ou vozes, segundo determinados critérios teóricos e estéticos. Específica da música ocidental.

       Com o desenvolvimento das técnicas de criação musical no fim da Idade Média, surgiram vários tipos de contraponto, característica importante das obras mais tarde conhecidas como ars nova, em que no século XIV se distinguiu o francês Guillaume de Machaut. A escrita contrapontística evoluiu, mais tarde, até alcançar grande complexidade.

       Contraponto é a sobreposição de duas ou mais melodias conforme determinados critérios técnicos e estéticos. A palavra, que começou a ser empregada no século XIV, provém do latim punctus contra punctum (ponto contra ponto) e designava, originalmente, um processo polifônico rudimentar em que um segundo plano vocal ou instrumental acrescentava-se a uma parte de cantochão, desenvolvendo-se simultaneamente e, em geral, em consonâncias paralelas. O recurso contrapontístico, assim como a harmonia, é peculiar à música ocidental: não ocorre na música dos países orientais, nem em nenhuma cultura ágrafa.

       Uma vez que se define o contraponto como arte de combinar melodias ou vozes independentes, e a harmonia como arte de formar e encadear acordes integrados por notas executadas em um mesmo instante, estabelece-se um contraste entre os dois sistemas musicais, que nem por isso deixam de apresentar aspectos comuns. Em ambos os casos se verifica a justaposição de sons e de notas no pentagrama.

       As coletâneas de canções dos séculos XII e XIII continham as primeiras tentativas de contraponto. A evolução dessa técnica, nos séculos seguintes, levou-a a um primeiro apogeu no fim do século XVI - especialmente na polifonia vocal de Palestrina - e a sua mais alta manifestação na música barroca do início do século XVIII, em obras de Bach e Haendel. Na segunda metade do século XVIII, Haydn e Mozart conferiram-lhe maior liberdade no desenvolvimento da sonata-forma.

       Com as modernas teorias de composição e perspectivas como o emprego da dissonância constante e da atonalidade, o contraponto adquiriu novos matizes e tornou-se ainda mais complexo. Seu significado, que já alcançara novos rumos nas últimas obras de Beethoven, cresceu no século XX, sobretudo nas obras energicamente rítmicas de Bartók, Stravinski, Schönberg e, mais tarde, nas avançadas experiências de Giörgy Ligeti e Witold Lutoslavski.

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