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CBT  Javali

           A CBT (Companhia Brasileira de Tratores), como seu nome sugere, era uma fabricante de tratores, que resolveu criar um jipe, um verdadeiro utilitário, que fosse forte, ágil e brasileiro. Esse jipe era o Javali, e assim como o Gurgel BR-800, era 100% projetado e manufaturado no Brasil. O protótipo foi apresentado em 1988, e o jipe começou a ser vendido em 1990.

Um verdadeiro "brucutu"

           O carro era um tosco utilitário de um despojamento franciscano. Feio e barulhento, era tão bruto que fazia o velho Willys parecer um Cadilac. Seu motor, derivado dos tratores da marca, era um turbodiesel de três cilindros em linha e 3000cm3.  Sua potência era de 84 cv a 3000 rpm e rendia brutais 25,5 kgmf de torque a apenas 1600 rpm. Como se tratava de um motor rudimentar, era "àspero" e apresentava vibrações exageradas no funcionamento. Segundo o catalogo da empresa, ainda havia um outro modelo com 4 cilindros sem turbo, mas este é muito raro. Por ser ciclo Diesel, o motor trazia as vantagens de ter muito torque em baixas rotações e de não ter distribuidor (para molhar ao cruzar rios) nem carburador (para a cuba desnivelar em aclives); características muito convenientes para a proposta do carro.

Até o turbo era produzido pela CBT

    O câmbio era de quatro velocidades, com alavanca no assoalho, sendo que a tração nas quatro rodas era de série, assim como o sistema de roda livre manual nos cubos dianteiros. Sua suspensão empregava feixes de molas e eixos rígidos na dianteira e na traseira. Um conjunto feito para a terra, resistente, com curso grande o bastante para sobrepor qualquer obstáculo. Uma das grandes vantagens do Javali estava na enorme altura do assoalho em relação ao solo. A carroceria era de chapa de aço, extermamente quadrada e utilitária. Graças ao conjunto formado por motor, transmissão e carroceria, o Javali era valente e dificilmente podia ser detido.

CBT Javali: valente como um trator

           Sem dúvida era um carro com inegável vocação para o trabalho, evocando a força dos seus ancestrais (os tratores da CBT) sem o apelo esportivo e de lazer dos sport-utilities tão comuns hoje. Suas virtudes eram o baixo preço em relação aos concorrentes da época (Engesa e Toyota) e sua robustez.

           O Javali foi vendido ao exército e produzido em série para civis (em uma única cor, um tom entre o cinza e o bege). Saiu de linha na primeira metade da década de 90, quando já era fabricado só sob encomenda. Em seguida a CBT encerrou suas atividades. Estima-se que a produção tenha ficado em torno de 3.000 jipes.


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