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História do surf
Conta-se que o rei Tahito, conhecido por
Moiheka foi o primeiro polinésio surfista que chegou ao Hawaii. Porém,
em 1778 quando o navegador James Cook descobriu o arquipélago, ele
afirmou que já existiam surfistas nas ilhas.
Cook, considerou o surf uma atividade relaxante,
mas diversos missionários protestantes que habitavam o local não tiveram
a mesma opinião e durante todo o século 18 desestimularam a prática do
esporte.
Até o início do século 20 o esporte permaneceu por
baixo até conhecer o nome do "pai do Surf " Duke Paoa Kahanamoku, que
manteve o surf verdadeiramente vivo graças a sua simples e pura
persistência pelo esporte dos reis.
Até
então, o mundo não tinha idéia do que era o Hawaii, muito menos o surf,
entretanto nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, Duke Kahanamoku ganhou
uma medalha de ouro na natação quebrando o recorde mundial nos 100 m
estilo livre e uma de prata no revezamento 4 x 200.
Duke
fez o mundo saber que ele era um surfista da praia de Waikiki, situada
no arquipélago havaiano e que o surf era o ato de cavalgar as ondas do
mar. Esta foi provavelmente a primeira vez que o mundo ouviu falar do
Havaii e do surf.
Oito anos mais tarde, nas Olimpíadas de
Antuérpia, Duke já aos 30 anos, conquistou medalhas de ouro e graças a
esse feito, provou ser o nadador mais rápido do mundo. Somente nas
Olimpíadas de Paris é que Duke perdeu sua colocação para um nadador bem
mais jovem do que ele, chamado Johnny Weismuller. Este, anos mais tarde,
tornou-se um conhecido ator de Hollywood, interpretando em vários filmes
o papel de Tarzan. Duke filosoficamente comentou: "Pelo menos, foi
necessário o Rei das Selvas para me vencer". Durante o período ativo a
fama de Duke crescia às custas de suas vitórias olimpícas. Ele
sabiamente tirava proveito de tal fama objetivando beneficiar as coisas
que amava: o solo havaiano, seu povo e o surf.
É dito que Duke amava o surf mais do que a natação
e que era o melhor surfista da época. Após sua vitória em Estocolmo ele
introduziu o surf na América em 1913 e na Austrália em 1915, sendo que,
graças à sua posição de campeão olímpico, seus esforços não foram em
vão. Tais esforços vingaram e floresceram, formando o embasamento do que
seria o surf na Era Moderna. Ele morreu em 1986, aos 94 anos, mas até
hoje todos os surfistas lembram daquele que foi e sempre será lembrado
como o
PAI DO SURF MODERNO!
Voltando Um Pouco Na História - Como Surgiu o Hang
Loose!
Dizem que um antigo rei do Havaii tinha o
costume de se arriscar nas altas ondas locais. Para saudar as pessoas
que o assistiam na praia, ele acenava para os nativos. O que fazia a
diferença é que ele tinha apenas os dedos polegar e o mínimo em uma das
mãos e era com essa mão que ele acenava para a galera. A partir daí os
surfistas do mundo adotaram o gesto da realeza
Historia
do surf no Brasil
No Brasil, as primeiras pranchas, então
chamadas de "tábuas havainas", foram trazidas por turistas. A história
começa em 1938 com a, provavelmente, primeira prancha brasileira, feita
pelos paulistas Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz, a partir da
matéria de uma revista americana, que dava medidas e o tipo de madeira a
ser usada. Pesava 80 kg e media 3,6 m. Em 1950, os cariocas Jorge
Grande, Bizão e Paulo Preguiça, construíram uma prancha de madeira,
inspirados nas pranchas de balsa que um piloto comercial americano da
rota Hawaii-Rio, trazia em suas viagens. Não tinham flutuação nem
envergadura. Em 1962, enquanto no Rio o Sr. Moacir criou uma técnica
para dar envergadura aos pranchões, em SP, Homero Naldinho, com 14 anos,
fazia suas madeirites que mediam apenas 2,2m (o tamanho das Minimodels,
que surgiram somente em 1967), pois as placas de madeirite tinham esse
tamanho.
Em 1963, George Bally e Arduíno Colassanti,
começaram a shapear as primeiras pranchas de isopor. Com uma lixa grossa
presa a uma madeira, levavam dois dias para fazer uma prancha. A
referência era uma foto de revista.
Em 1964, Mário Bração e Irencir, conheceram o
australiano Peter Troy, que trouxe outlines (templates) e noções de
shapear de seu país. Ainda usava o madeirão como lixa, o ralador de côco
e a grosa. Mais tarde apareceu o "Suform" importado, mas o bloco ainda
era de isopor. Enquanto isso, em SP, Homero fazia as primeiras pranchas
de madeira oca. Inspirado em pranchões gringos.
Em 1965, o Cel Parreiras fundou a primeira fábrica
de pranchas no Brasil: a São Conrado Surfboard, no RJ. Parreiras adaptou
para o shape uma técnica usada no aeromodelismo: após colar a longarina
com a curva desejada, usava fio quente para cortar o fundo e o deck
acompanhando a curva da longarina. A seguir cortava o outline e dava o
finish. Seus shapers Mário Bração e Ciro Beltrão. Mais tarde, Carlos
Mudinho também passou a shapear na São Conrado.
Enquanto isso, em SP, além de Homero, Eduardo
Faggiano, o Cocó, Nelsinho e Lagartixa, faziam pranchões de madeira
envergados com calor. Mas logo aderiram ao isopor e a técnica do fio
quente, a exemplo de pioneiro Parreiras.
Em 1967, Penho volta do Hawaii, trazendo a
primeira plaina Skill e a técnica de shapear. Porém, as minimodels
haviam acabado de surgir e ninguém sabia exatamente o que shapear.
Faziam-se miniguns e minipranchões, mas nada com embasamento teórico.
Nessa época surgiram os shapers Miçari, Rico, Wanderbilt, Tito Rosemberg,
Marcelo "Caneca", Otávio Pacheco, Maraca, Zeca Guaratiba, Isso Amsler,
Paulo Aragão e Dentinho.
Em 1969, o Cel. Parreiras, lança o poliuretano
branco com química importada Clark Foam. Paralelamente, Homero cria a
primeira fábrica de pranchas de SP e passa a comprar blocos Clark Foam
do Cel. Parreiras. Inovador, Homero alcançou popularidade em todo o
Brasil. Além de ter criado, provavelmente, a primeira máquina de shape
do mundo, dava garantia de 1 ano para suas pranchas modelo Homero Luxo e
de 6 meses para o modelo "Superlight".
Nessa mesma época, Tito Rosemberg voltava da
Europa e EUA, com um Know-How bastante avançado para a época, passando a
dividir o mercado brasileiro com Homero.
Em 1970,
o surf explodiu, e a moda era shapear a própria prancha. Surgiram então
muitos nomes: No Rio, Bocão e Betão, Pepê Lopes e Jorge Pritman, Lype
Dylong, Daniel Friedman, Ricardo Bravo, e mais tarde Heinrich Reinhard,
Heitor Fernandes, Italo Marcelo, Gustavo Kronig e Victor Vasconcelos.
Entre outros. Em SP, Guto Navarro (Maui) Eduardo Argento (Twin), Brito (Moby),
Flávio La Barre. Longarina, Paulo Rabello, Pascoal, Jorge Português,
Jorge Limoeiro, e mais tarde Almir Salazar, entre outros.
Thomas Rittscher Júnior, o pioneiro do surfe brasileiro
Dados de Peterson Rosa
Peterson Rosa
(BRA)
Idade: 24 anos (19/9/74)
Residência: Florianópoles (SC)
Top: 7
Vitórias no Circuito Mundial: 1
Total de prêmios na carreira: US$ 267 762
O grande herói brasileiro em 98. A vitória no Rio Marathon Surf
International foi antológica. Em um ano em que estávamos decepcionados
com as desistências de Neco Padaratz e Fábio Silva, o "Animal" provou ao
mundo que o celeiro brazuca de talentos é inesgotável e que sempre
haverá alguém para agitar a bandeira verde e amarela no alto do pódio.
Está com uma técnica soberba de entubar de backside, uma qualidade que
será fundamental para este ano de muitas esquerdas no calendário.
Considerado nos últimos 2 anos o melhor brasileiro no mundial.
Peterson Rosa
Thomas
Rittscher Júnior surfou entre 1934-1936 na praia de Gonzaga, em Santos
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