POSIÇÃO ECONÓMICO GEOGRÁFICA

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. GEOGRAFIA
Cerca de 65% do território está situado a uma altitude que media os 1.000 e os 1.600m, tendo como pontos mais elevados a região central do país onde se encontram os montes do Moco e de Meco com 2.620m e 2.583m respectivamente.
Podemos dividir o território em cerca de 6 (seis) zonas geomorfológicas a saber:
- faixa litoral,
- zona de transição do interior,
- cadeia marginal montanhosa,
- planalto antigo,
- bacia do Zaire e
- bacias do Zambeze e do Cubango.
As bacias ocupam cerca de 60% do território, e caracterizam-se pelos extensos planaltos do interior e pelo relevo do Talude atlântico que desce para o oceano Atlântico. Os rios mais importantes têm a sua origem na região planáltica do centro do território, correndo em três sentidos: Atlântico (Leste/Oeste), Sul Sudeste e Norte, sendo cinco as grandes bacias hidrográficas, que correspondem aos rios Zaire, Kwanza, Cunene, Cubango e Queve.

. CLIMA
A localização de Angola , na zona intertropical e subtropical do hemisfério sul, a proximidade do mar, a corrente fria de Benguela e as características do relevo, são os factores que determinam e caracterizam duas regiões climatéricas distintas:
Região Litoral - com humidade relatiiva de média anual superior a 30%, precipitação anual inferior a 60mm, descendo de Norte para Sul, apresentando 800mm no litoral de Cabinda e no Sul (Namibe), precipitações médias de 50mm. A temperatura média anual na região costeira Norte é superior a 23ºC, enquanto no do Sul varia nos 21ºC.
Região Interior - subdivide-se em trrês zonas: zona Norte, com elevada queda pluviométrica e temperaturas elevadas; zona de altitude que abrange as regiões planálticas do centro caracterizadas por temperaturas médias anuais próximas aos 19ºC, com uma estação seca de temperaturas mínimas acentuadas, e zona sudoeste, semi-árida, atendendo à proximidade do deserto do Kalaári. Esta região é sujeita à influência de grandes massas de ar tropical continental.
Angola possui duas estações: a das chuvas que normalmente dura de Setembro a Abril, sendo a mais quente. A do cacimbo que é seca, menos quente, e estende-se de Maio a Setembro. O regime de chuvas e a variação anual das temperaturas são as duas características climáticas, comuns a todas as regiões antes citadas.
O mês mais frio de Angola é o de Julho ou Agosto, enquanto o tempo mais quente a litoral dá-se em Março/Abril, e no interior regista-se em Outubro/Novembro.

. RECURSOS NATURAIS
De acordo ao citado na parte introdutória, Angola possui uma grande diversidade de recursos naturais, em todos os seus grupos:
Riquezas minerais, havendo a ressaltar entre as mesmas, o petróleo em primeiro lugar, diamantes, ferro, manganês, cobre, fosfatos, granito, mármores e minerais raros. As principais bacias petrolíferas situam-se junto à costa, nas províncias de Cabinda e Zaire (Soyo), no Norte. A área diamantífera da Lunda é considerada das mais importantes do mundo e os diamantes de Angola são altamente apreciados pela sua qualidade.
As riquezas marinhas nomeadamente o peixe, moluscos e crustáceos, situando-se a maior actividade na província do Namibe, onde predominam as espécies de águas frias. As espécies tropicais aparecem mais a norte, e na província de Benguela onde a pesca assume uma grande relevância da produção no país, denotando-se também o Kwanza Sul. Existe uma indústria agregada de transformação de pescado, como são os casos das indústrias de conserva, farinha de peixe e ainda a salga e seca de peixe. Angola, sendo um país banhado pelo sol, tem privilegiada a extracção do sal, com a existência de vastas salinas principalmente nas Províncias de Benguela e Namibe.
Os recursos florestais: A vegetação está intimamente ligada ao clima como é sabido. Estes, são outra grande riqueza, e estão concentrados sobretudo a Norte, Cabinda, onde se situa a floresta do Maiombe, com as madeiras de grande valor económico como o pau-preto, ébano, sândalo africano, pau-raro e pau-ferro, para além de outras espécies que é possível encontrar-se também em outras florestas menos densas como no centro, Leste e Sul do país.
Os recursos hídricos, que beneficiando da sua localização, e as bacias já antes mencionadas, o potencial energético de Angola, é enorme, havendo no entanto a salientar a sua oscilação devido à inconstância dos períodos de chuvas. Apesar do grande acidentamento da nossa plataforma continental, são bastante escassos os objectivos energéticos aproveitados.
A produção de energia eléctrica no período colonial, nomeadamente em 1973, havia atingido a cifra de 70 barragens hidroeléctricas as quais produziam cerca de 428MW de potência. A construção de barragens tendia para os locais ou regiões principais de consumo de energia.
São três, os grandes sistemas energéticos no país: Central Hidroeléctrica de Cambambe no rio Kwanza e Mabubas no rio Dande (a Norte), Central da Matala no rio Cunene no sistema sul, e as Centrais do Biópio e Lomaum no rio Catumbela para o sistema centro.
O aproveitamento hídrico do país vai também à irrigação, cabendo a este a maior responsabilidade de rega às culturas de sequeiro.
Porém, estes também apresentam grandes vantagens no fornecimento de peixe que abunda em muitos dos cursos de água bem como de lagos e lagoas.
Recursos Agro-pecuários: Segundo as suas próprias características, o território angolano é rico em recursos agro-pecuários, podendo-se demarcar as suas potencialidades como uma grande variedade de possibilidades: Desde o café no Norte de Angola e o Centro Litoral, com vastas áreas propícias a esta cultura, o algodão, o sisal, a cana de açúcar, a bananeira e palmeira de dendem, até aos hortícolas e frutícolas propícios a zonas tropicais. Quanto à pecuária, que mais predomina a Sul do país, salienta-se o gado bovino o caprino e o suíno, como destaque. Importa realçar que a agricultura praticada no centro do país, zona mais populosa, é de subsistência, baseada no milho, sorgo, inhame e arroz.

. TRANSPORTES
Transporte aéreo: Luanda possui hoje um dos mais intensos tráfegos da África, bem como uma das maiores infra-estruturas aeronáuticas. A maior parte da circulação de passageiros e de mercadorias é feita por via aérea, devido à instransitabilidade da maior parte das suas vias rodoviárias e ferroviárias.
Transporte Marítimo: Estão situados na costa três dos principais portos da África, nomeadamente: Luanda, Lobito e Namibe, onde podem atracar navios de grande porte, bem como um porto mineiro no Namibe. Estes, possuem infra-estrutura completa e desempenham, em situação normal, um papel muito importante neste sub-região africana. Para além destes, existem outros que servem para a cabotagem, apenas.
Transporte Rodoviário: Apesar de ser extensa a rede rodoviária, o país vê-se na impossibilidade de fazer uso da mesma, devido à degradação a que está sujeita, por falta de manutenção e por outro lado, a situação de guerra que tem destruído muitas infra-estruturas.
Transporte Ferroviário: A situação é idêntica à rodoviária. Porém realçamos a grande importância do Caminho de Ferro de Benguela com uma extensão de 1.348 km, importante eixo ferroviário que liga o Atlântico ao Interior do nosso Continente, a partir do porto do Lobito. Esta via férrea serve de descarga e carga de mercadorias para a Zâmbia, Congo Democrático principalmente, sendo uma grande fonte de divisas para o nosso país.
O Caminho de Ferro de Luanda que se estende de Luanda a Malange numa extensão de 638 km, evacuando mercadorias e passageiros neste importante corredor económico de Angola. Desprende-se desta um ramal de 31 km, ao Golungo Alto.
O Caminho de Ferro de Moçâmedes com 788 km ligando a cidade portuária do Namibe às longínquas terras de Menongue, escoando mercadorias e passageiros, e ainda o Minério que abunda no Município da Jamba. Existia um ramal de 124 km ligando o Lubango ao Município dos Gambos.
Uma terceira linha férrea, a de Porto Amboim tem a extensão 123km para o escoamento das produções cafeícolas para o Porto.
Olhando para a superfície do território angolano, é de se deduzir que a densidade das vias férreas é bastante baixa.
Transporte Fluvial: Não é muito famoso, e poucos elementos existem sobre este aspecto, para que nos permita fazer uma apreciação mais profunda. Porém, convêm-nos frisar que os vários acidentes geográficos fazem com que os rios do nosso país corram por entre muitos desníveis e montanhas muitas delas rochosas, provocando também correntes rápidas, o que não permite uma navegação fluvial muito famosa. No entanto, realçamos que alguns dos maiores rios permitem uma navegação de pequenas canoas e chatas.

. DEMOGRAFIA
Com cerca de 11.000.000 de habitantes, a população de Angola é diversificada, composta por várias culturas e respectivos grupos étno-linguísticos, a saber: Os Bacongo, Quimbundo, Ovimbundo, Lunda Tchokué, Nganguela, Nhaneca-Humbe, Herero, Ambo, Khoisan e também Europeus.
As suas actividades são também diversificadas, variando desde a pecuária, pastorícia, artesanto, pesca e a agricultura, e uma pequena faixa da população que se dedica a serviços e ao comércio.
A densidade populacional em 1995 era de 8,2 hab/km2 com uma taxa de crescimento de 2,6%. A extensão do país, relativamente à densidade populacional, leva-nos a afirmar que é um território sub-povoado, o que de certa forma influencia negativamente no desenvolvimento sócio económico do país. Porém, o fraco desenvolvimento e a situação que se vive há mais de 20 anos, tem levado o país a virar as suas atenções para o factor guerra. Desta, surgem a falta de uma assistência médico-medicamentosa, o que está na base das elevadas taxas de mortalidade, apesar da também elevada taxa de natalidade. A qualidade de ensino no país ainda não é o mais desejável, as condições sociais da população aliada à distorcida situação económica idem.

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