O MBT Challenger 2 é na actualidade um dos mais modernos e mortíferos carros de combate no mundo, tendo já dado provas da sua capacidade de combate.
O começo do projecto deu-se no início dos anos 80, com a anulação do contrato para o projecto MBT-80. Em vez desse modelo, o Governo britânico optou por 237 exemplares do tanque Challenger, um modelo derivado do Shir 2 modificado para operar na Europa. A primeira entrega foi feita em 1983 e no total cerca de 800 exemplares foram fabricados
Um dos momento mais críticos para o projecto deu-se aquando do desmembramento da URSS, desaparecendo assim o principal opositor do MBT Challenger. Contudo o projecto acabou por ser salvo com a Guerra do Golfo em 1991. O Reino Unido contribuiu com vários meios militares, dos quais se destacaram 3 regimentos equipados com o Challenger Mk1. A missão foi um autêntico sucesso, sem sofrer nenhuma perda e destruindo cerca de 300 tanques iraquianos (principalmente T-55 e T-72).
Os tanques foram destacados para a Arábia Saudita e usados na "caça" de tanques iraquianos. Graças aos seus sensores, mesmo nas duras condições do deserto obtiveram excelentes prestações. Para esta missão, os veículos receberam 2 bidons de 200 litros de combustível o que lhes permitiu ganhar maior autonomia face às unidades de logística.
Um dos importantes factores da sua capacidade de sobrevivência é a famosa blindagem Chobham, que também é usada pelo M-1 Abrams, e que aumenta surpreendentemente a resistência do veículo a fogo inimigo. Esta blindagem de material altamente denso consegue resistir ao impacto de qualquer arma anti-tanque existente na actualidade.
O armamento principal do Challenger 1 é o canhão L 11 A5 de 120mm e uma metralhadora de 7,62mm adjacente ao suporte para este, a que se pode juntar-se outra metralhadora na torre. A arma principal pode disparar munições APDS-T e APFSDS-T (compatível com o modelo L30), o carro de combate pode levar até um total de 42 projécteis.
O seu motor a diesel da Rolls Royce consegue levar este veículo de 62 toneladas até aos 56 km por hora.
Na década de 80 o Reino Unido verificou a necessidade de substituir os Chieftains em serviço por um modelo mais avançado. Assim a versão 2 do carro de combate britânico concorreu contra o M-1 Abrams, Leclerc e o Leopard 2 tendo mais uma vez arrecadado uma vitória. O chassis é em todo semelhante ao da versão 1, enquanto a torre foi totalmente redesenhada, foram instalados novos sensores e o tanque também recebeu uma versão melhorada da blindagem Chobham. Depois da Royal Ordenance Factory ter deixado a produção do modelo 1, coube à Vickers Defence Systems desenvolver uma nova versão do Chalenger utilizando os avanços no campo dos sensores surgidos após a Guerra do Golfo.
No campo da arma de 120mm a L11 A5 foi substituída pelo modelo L30 CHARM1, e para controlo e localização de alvos o Challenger recebeu o sistema BICS (Battlefield Information Control System). O sistema de controlo de última geração, consiste num computador digital da Computing Devices Company, na prática uma versão semelhante ao sistema usado nos tanques M-1 Abrams. No campo do armamento, deu-se ainda a instalação de um McDonnell Douglas Helicopter Systems de 7,62 mm, usado para defesa aérea a curta distância.
Espera-se a substituição total no exército britânico de todos os modelos 1 pelo Chalenger 2 até 2008-2010. Actualmente os carros de combate Challenger 1 estão também ao serviço do exército jordano, após terem sofrido uma modernização. O Challenger 2 é igualmente operado pelo Oman.
Nome |
Carro de Combate Challenger 2 |
Fabricante |
Vickers Defence Systems |
Armamento |
1 peça de 120mm 2 metralhadora de 7,62mm 2 lançadores de fumígeneos |
Autonomia |
450 km |
Velocidade Máx. |
56 km/h |
Peso Máx. |
62 ton. |
Tripulação |
4 |
Comprimento |
11,55m |
Altura |
3,52m |
Largura |
2,49m |
Operadores |
Reino Unido e Oman |
Texto de:
Pedro Monteiro