HISTÓRICO DA CME       

    Desde muito cedo o Espiritismo encontrou eco na comunidade militar. Dentre os pioneiros do Espiritismo no Brasil apontam-se inúmeros homens de farda, de que são bem exemplo o Marechal Ewerton Quadros, o Almirante Paim Pamplona, o Major Vianna de Carvalho ou o General Frutuoso Mendes.

    Foram tempos difíceis para os primeiros adeptos e propagandistas da Doutrina. Mesmo na República, que já assegurava a liberdade de culto, a situação dos espíritas era sempre esquiva. Durante o Estado Novo os dirigentes de Centros tinham que ser fichados na Divisão de Polícia e Política e Social.

    Desejosos de arregimentar-se em torno de sua fé, e conscientes do grande número de membros das Forças Armadas e das Forças Auxiliares que professavam a Doutrina e a estudavam, um grupo de militares decidiu reunir-se para debater o assunto.

    Após os primeiros entendimentos reunem-se no dia 10 de dezembro de 1944, os confrades General Manoel Araripe de Faria, senhor Guilherme da Motta (funcionário civil do Ministério da Guerra), Coronel Antônio Barbosa da Paixão, senhor Davi Lopes (funcionário civil do Ministério da Guerra), Coronel Médico Paulino Barcellos, Coronel Manoel Viera da Cruz e Coronel Reformado Francisco José Dutra, que lançariam os alicerces da obra cujo jubileu comemoramos anualmente com tanta emoção.

    Uma segunda reunião foi feita, em 27 de janeiro de 1945, com a presença dos irmãos supra-citados e de mais os seguintes companheiros de ideal: General Frutuoso Mendes, Tenente Coronel José Narciso de Carvalho, Tenente Coronel Médico Orlando Parente da Costa, Capitão Luiz Sepúlveda Machado, Major Professor Tito Portocarrero e, por carta de adesão, o Coronel Felicíssimo Cardoso. Novas propostas e idéias surgiram para levar a cabo o que se esboçara na reunião inicial, tudo transcorrendo, certamente, sob o amparo do plano espiritual.

    Nova reunião foi realizada a 24 de fevereiro de 1945, comparecendo todos os irmãos mencionados anteriormente, com exceção do Coronel da Reserva Francisco José Dutra, cuja ausência foi justificada. Esta reunião foi enriquecida com novos nomes, a saber: Eurico Brito Figueiredo, Victor de Sá Earp, Coronel Everaldino Alceste da Fonseca, João da Gama Bentes, General Joaquim Antônio Pereira, Major Médico Olimpio Hilarião da Rocha, Tenente Coronel João Antônio Galvet, Coronel Alfredo de Simas Enéas Júnior, Major Veterinário Waldemiro Pimentel, Coronel Jesuíno Corrêa de Sá, Tenente Coronel Caleb de Souza Bonfim, Tenente Waldyr da Silveira Miranda, Vice Almirante Carlos Olympio Borges de Faria, Major Médico Aviador Telêmaco Gonçalves Maia, Capitão Euclydes da Fonseca, senhor Haroldo Cardoso de Carvalho Rocha, General Gontran Jorge Pinheiro Cruz e Major Médico Matheus Leme.

    Essa reunião transcorreu sob os melhores auspícios e a mais intensa vibração espiritual, sendo todas as proposições acolhidas pela Assembléia com o mais vivo carinho. Eis que, alvissareiramente, surge a proposta de fundação da nova organização, e a boa nova é acompanhada pela vidência de um livro tento por título três letras luminosas: CME, indicando a espiritualidade tratar-se da sigla da instituição a ser criada, que deveria chamar-se CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS.

    As assembléias foram presididas pelo Cruzado nº 01, General Manoel Araripe de Faria.

    Ficou acertado que a data de fundação seria a da primeira reunião, 10 de dezembro de 1944. Na ocasião foi eleita e empossada a primeira Diretoria, com mandato de dois anos, a contar da data de fundação.

    Em sucessivas reuniões foram recebidas pela mediunidade do Major Waldemiro Pimentel. Em 7 de março de 1945 recebeu ele o Preâmbulo de nosso Estatuto, a 11 de abril foi indicado pelo plano espiritual como Patrono e Guia da Cruzada, o Legionário Maurício, mártir cristão em 286.

    Ainda por indicação espiritual, através do Major Pimentel, foi instituído, a 15 de agosto, o Culto Cristão Dominical, que se mantém até hoje na Sede da CME no Rio de Janeiro. O informativo "O Cruzado" surgiu em junho de 1948, por sugestão do Coronel Paulino.

    A partir de 1952 começou-se a comemorar o Dia de Maurício, a 22 de setembro, data do sacrifício da Coorte Auxiliar Tebana. Nesta data, às 21:00 horas, era lida, na Sede e nos Núcleos, a Mensagem Maurícia, escrita por um Cruzado especialmente convidado. A partir de 1954, por sugestão do Marechal Mário Travassos, passou-se a realizar as Semanas Maurícias, de 15 a 22 de setembro de cada ano.

    A Cruzada dos Militares Espíritas tem sua sede na vizinhança da Praça da Bandeira, na cidade do Rio de Janeiro, à Rua São Valentim, 142, 20260-110.

 IRMÃOS DE FARDA PIONEIROS DO ESPIRITISMO NO BRASIL

 

Major Vianna de Carvalho

General Frutuoso Mendes

Vice Alm Carlos Olympio Borges de Faria

PATRONO ESPIRITUAL DA CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS

Patrono e Guia da Cruzada, o Legionário Maurício, mártir cristão em 286 (São Maurício)

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