FRANCISCO



Francisco era um tipo de pessoa adorável.
Ele sempre estava de alto astral e sempre tinha algo positivo para dizer.

Quando alguém perguntava a ele:
- Como vai você?

Ele respondia:
- Melhor que isso, só dois disso!
Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, porque todos os garçons seguiam seu exemplo.

A razão dos garçons seguirem Francisco era por causa de suas atitudes.
Ele era naturalmente motivador.
Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Francisco prontamente estava lá, contando ao empregado como olhar pelo lado positivo da situação.

Observando seu estilo, realmente fiquei curioso, então um dia eu perguntei para Francisco:
- Eu não acredito! Você não pode ser umaa pessoa positiva o tempo todo...
Como você consegue?

E ele respondeu:
- Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmmo:
"Francisco, você tem duas escolhas hoje: escolher estar de alto astral ou escolher estar de baixo astral..." Então eu escolho estar de alto astral.

A todo momento acontece alguma coisa desagradável; eu posso escolher ser vítima da situação ou posso escolher aprender algo com isso.
Eu escolho aprender algo com isso!

Todo momento alguém vem reclamar da vida comigo, eu posso escolher aceitar a reclamação, ou posso escolher apontar o lado positivo da vida para a pessoa.

Eu escolho apontar o lado positivo da vida.

Então eu argumentei:
- Tá certo !! Mas não é tão fácil assim!!!!

E Francisco respondeu:
- É fácil sim... A vida consiste em escoolhas.
Quando você tira todos os detalhes e enxuga a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas.
Você escolhe como reagir as situações. Você escolhe como as pessoas irão afetar no seu astral.
Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso...
Em suma: é escolha sua como você vive sua vida!
Eu pensei no que Francisco disse.

Algum tempo depois eu deixei o restaurante para abrir meu próprio negócio.
Perdemos contato, mas freqüentemente eu pensava nele quando tomava a decisão de viver ao invés de ficar reagindo as coisas.

Alguns anos mais tarde, eu ouvi dizer que Francisco havia feito algo que nunca se deve fazer quando se trata de restaurantes:
ele deixou a porta dos fundos aberta e, conseqüentemente, foi rendido por 3 assaltantes armados.

Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo de nervoso, errou a combinação do cofre.
Os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram.

Por sorte, Francisco foi encontrado relativamente rápido e foi levado às pressas ao pronto-socorro local.

Depois de 18 horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Francisco foi liberado do hospital com alguns fragmentos de balas ainda em seu corpo.

Eu encontrei com Francisco 6 meses depois do acidente.
Quando eu perguntei:

- Como vai você?

Ele respondeu:
- Melhor que isso, só dois disso! Quer vver minhas cicatrizes?

Enquanto eu olhava as cicatrizes, eu perguntei o que passou pela mente dele quando os ladrões invadiram o restaurante.

- A primeira coisa que veio a minha cabeeça foi que eu deveria Ter trancado a porta dos fundos...
- ele respondeu - Então, depois quando eeu estava baleado no chão, eu lembrei que eu tinha duas escolhas: eu podia escolher viver ou podia escolher morrer Eu escolhi viver.

Eu perguntei:
- Você não ficou com medo? Você não perddeu os sentidos?

Francisco continuou:
- Os paramédicos eram ótimos. Eles ficarram o tempo todo me dizendo que tudo ia dar certo, que tudo ia ficar bem.

Mas, quando eles me levaram de maca a sala de emergência e eu vi as expressões no rosto deles e das enfermeiras, eu fiquei com medo.
Nos seus olhos eu lia: "Ele é um homem morto".
Eu sabia que tinha. Que fazer alguma coisa.

- O que você fez? - eu perguntei.
- Bem, havia uma enfermeira grande e forrte me fazendo perguntas...
Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa...
"Sim", eu respondi.

Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente esperando por minha resposta...

Eu respirei fundo e respondi: "A Balas!".

Enquanto eles riam eu disse:
- Eu estou escolhendo viver. Me operem ccomo se estivesse vivo, não morto!

Francisco sobreviveu graças a experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude.

Eu aprendi com ele que todos os dias temos que escolher viver a vida em sua plenitude, viver por completo.






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