Paixão e Morte

São Mateus São Marcos São Lucas São João

 

 

Prisão, julgamento e Crucifixão

 

Prisão de Jesus

(Mateus 26, 47-56)
 

47 Jesus ainda falava, quando chegou Judas, um dos Doze, com uma grande multidão armada de espadas e paus. Iam da parte dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo. 48 O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: "Jesus é aquele que eu beijar; prendam." 49 Judas logo se aproximou de Jesus, e disse: "Salve, Mestre." E o beijou. 50 Jesus lhe disse: "Amigo, faça logo o que tem a fazer." Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus, e o prenderam.

51 Nesse momento, um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou da espada, e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. 52 Jesus, porém, lhe disse: "Guarde a espada na bainha. Pois todos os que usam a espada, pela espada morrerão. 53 Ou você pensa que eu não poderia pedir socorro ao meu Pai? Ele me mandaria logo mais de doze legiões de anjos. 54 E, então, como se cumpririam as Escrituras, que dizem que isso deve acontecer?"

55 E nessa hora, Jesus disse às multidões: "Vocês saíram com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um bandido. Todos os dias, no Templo, eu me sentava para ensinar, e vocês não me prenderam." 56 Porém, tudo isso aconteceu para se cumprir o que os profetas escreveram. Então todos os discípulos, abandonando a Jesus, fugiram.

 

Jesus diante de Caifás

(Mateus 26, 57-68)

57 Aqueles que prenderam Jesus o levaram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os doutores da Lei e os anciãos estavam reunidos. 58 Pedro seguiu Jesus de longe, até o pátio da casa do sumo sacerdote. Entrou, e sentou-se com os guardas, para ver como terminaria tudo isso.

59 Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. 60 E nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, se apresentaram duas testemunhas, 61 e afirmaram: "Esse homem declarou: 'Posso destruir o Templo de Deus, e construí-lo de novo em três dias.' " 62 Então o sumo sacerdote levantou-se, e perguntou a Jesus: "Nada tens a responder ao que esses testemunham contra ti?" 63 Mas Jesus continuou calado. E o sumo sacerdote disse: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Messias, o Filho de Deus." 64 Jesus respondeu: "É como você acabou de dizer. Além disso, eu lhes digo: de agora em diante, vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu." 65 Então o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes, e disse: "Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Pois agora mesmo vocês ouviram a blasfêmia. 66 O que vocês acham?" Responderam: "É réu de morte!" 67 Então cuspiram no rosto de Jesus, e o esbofetearam. Outros lhe deram bordoadas,
68 dizendo: "Faze-nos uma profecia, Messias: quem foi que te bateu?"
 

Jesus diante de Pilatos

(Mateus 27,11-26)

11 Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: "Tu és o rei dos judeus?" Jesus declarou: "É você que está dizendo isso." 12 E nada respondeu quando foi acusado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos.

13 Então Pilatos perguntou: "Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?" 14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou vivamente impressionado.

15 Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16 Nessa ocasião tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17 Então Pilatos perguntou à multidão reunida: "Quem vocês querem que eu solte: Barrabás, ou Jesus, que chamam de Messias?" 18 De fato, Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja.

19 Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: "Não se envolva com esse justo, porque esta noite, em sonhos, sofri muito por causa dele." 20 Porém os chefes dos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás, e que fizessem Jesus morrer. 21 O governador tornou a perguntar: "Qual dos dois vocês querem que eu solte?" Eles gritaram: "Barrabás." 22 Pilatos perguntou: "E o que vou fazer com Jesus, que chamam de Messias?" Todos gritaram: "Seja crucificado!" 23 Pilatos falou: "Mas que mal fez ele?" Eles, porém, gritaram com mais força: "Seja crucificado!" 24 Pilatos viu que nada conseguia, e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: "Eu não sou responsável pelo sangue desse homem. É um problema de vocês." 25 O povo todo respondeu: "Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos." 26 Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e o entregou para ser crucificado.

 

Cena de ultrajes

(Mateus 27, 27-31)

27 Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta de Jesus. 28 Tiraram a roupa dele, e o vestiram com um manto vermelho; 29 depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram dele, dizendo: "Salve, rei dos judeus!" 30 Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram na sua cabeça.
31 Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, e o vestiram de novo com as próprias roupas dele; daí o levaram para crucificar.

 

Caminho da Cruz

(Mateus 27, 32-56)

32 Quando saíram, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.

33 E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer "lugar da Caveira." 34 Aí deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber.

35 Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas dele.

36 E ficaram aí sentados, montando guarda. 37 Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: "Este é Jesus, o Rei dos Judeus." 38 Com Jesus, crucificaram também dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.

39 As pessoas que passavam por aí, o insultavam, balançando a cabeça, 40 e dizendo: "Tu que ias destruir o Templo, e construí-lo em três dias, salve-te a ti mesmo! Se é o Filho de Deus, desce da cruz!" 41 Do mesmo modo, os chefes dos sacerdotes, junto com os doutores da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus: 42 "A outros ele salvou... A si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz, e acreditaremos nele. 43 Confiou em Deus; que Deus o livre agora, se é que o ama! Pois ele disse: Eu sou Filho de Deus." 44 Do mesmo modo, também os dois bandidos que foram crucificados com Jesus o insultavam.

45 Desde o meio-dia até às três horas da tarde houve escuridão sobre toda a terra. 46 Pelas três horas da tarde Jesus deu um forte grito: "Eli, Eli, lamá sabactâni?", isto é: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" 47 Alguns dos que aí estavam, ouvindo isso, disseram: "Ele está chamando Elias!" 48 E logo um deles foi correndo pegar uma esponja, a ensopou em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber.
49 Outros, porém, disseram: "Deixe, vamos ver se Elias vem salvá-lo!" 50 Então Jesus deu outra vez um forte grito, e entregou o espírito.

51 Imediatamente a cortina do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu, e as pedras se partiram. 52 Os túmulos se abriram e muitos santos falecidos ressuscitaram. 53 Saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa, e foram vistos por muitas pessoas.

54 O oficial e o soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram com muito medo, e disseram: "De fato, ele era mesmo Filho de Deus!" 55 Grande número de mulheres estavam aí, olhando de longe. Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, prestando-lhe serviços. 56 Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

 

Sepultura

(Mateus 27, 57-66)

57 Ao entardecer, chegou um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus.
58 Ele foi procurar Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos deu ordem para que o cadáver fosse entregue a José. 59 José, tomando o corpo, o envolveu num lençol limpo, 60 e o colocou num túmulo novo, que ele mesmo havia mandado escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo, e retirou-se. 61 Maria Madalena e a outra Maria estavam aí sentadas, em frente ao sepulcro.

62 No dia seguinte, um dia depois da Preparação, os chefes dos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos,
63 e disseram: "Senhor, nós lembramos que aquele impostor, quando ainda estava vivo, falou: 'Depois de três dias eu ressuscitarei'. 64 Portanto, mande guardar o sepulcro até o terceiro dia, para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo, e digam ao povo: 'Ele ressuscitou dos mortos!' Então essa última mentira seria pior do que a primeira." 65 Pilatos respondeu: "Vocês têm uma guarda: vão e guardem o sepulcro o melhor que puderem." 66 Então eles foram manter o sepulcro em segurança: lacraram a pedra, e montaram guarda.
 



 

 

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