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G�tico


Diz-se de um g�nero de arte que floresceu na Europa desde o s�c. XII at� o Renascimento.

A arte g�tica.

- Durante o Renascimento, os italianos achavam que a arte cl�ssica, que admiravam e procuravam reviver, fora corrompida na Idade M�dia pelos godos, tribos germ�nicas que invadiram a It�lia no s�c. V. Assim, chamaram a arte medieval de g�tica.

A Arquitetura G�tica surgiu primeiro na Fran�a, em meados do s�c. XII. As primeiras constru��es g�ticas faziam parte da abadia de Saint Denis e da catedral de Sens. No decorrer do s�c. XIII, a arquitetura g�tica espalhou-se pela Inglaterra, Alemanha, It�lia e outras partes da Europa.

A arquitetura g�tica dava �nfase � altura. Os construtores usavam arcos pontudos e colunas delgadas que se erguiam do solo at� as molduras de pedra de ab�badas frisadas. Arcobotantes ou suportes de pedra constru�dos contra as paredes exteriores, ajudavam a sustentar as ab�badas. Os construtores g�ticos tamb�m reduziram as superf�cies das paredes, substituindo-as por belos vitrais que narravam hist�rias religiosas. A arquitetura g�tica tinha, originalmente, linhas simples. Aos poucos, entretanto, foi se tornando ornamentada. Sua �ltima fase � denominada flamboyant, de flambe, palavra do franc�s antigo que quer dizer chama. O voc�bulo refere-se �s curvas em forma de chamas das partes decorativas da alvenaria, sobretudo os ornatos rendilhados.

Entre as mais famosas igrejas g�ticas est�o as catedrais francesas de Amiens, Chartres, Reims e Notre Dame, em Paris; a abadia de Westminster e a catedral de Cantu�ria, na Inglaterra; e a catedral de Col�nia, na Alemanha.

Outras Formas de Arte G�tica originaram-se freq�entemente como partes de decora��es das catedrais g�ticas, tornando-se, por�m, independentes. Os artes�os esculpiam na pedra, sobretudo nos exteriores das igrejas. Criaram figuras religiosas e g�rgulas. Pintores do per�odo ilustraram livros e manuscritos g�ticos. Os construtores fizeram simples e s�lidas pe�as de mob�lia, decorando-as muitas vezes com baixos-relevos. Tamb�m usavam o ferro para muitas finalidades decorativas, tal como nos biombos dos coros. Especialistas em metal produziram belos c�lices e outros objetos, usando filigranas, esmaltes e pedras preciosas. Artes�os do per�odo g�tico esculpiram em marfim relic�rios de igreja e outros objetos. Penduravam-se tape�arias nas paredes das catedrais e em algumas casas particulares.

G�tico Primitivo

  • Durante o s�culo XII, surgiu inicialmente na �le - de - Franc�, em torno de Paris, denominado inicialmente "� maneira francesa", j� no s�culo XVI, foi qualificado desdenhosamente como G�tico.

    Estilo com seus arcos ogivais, suas ab�badas e a decora��o elaborada com sua b�rbara apar�ncia e t�o pouco atraente que devia ter sido inventado pelos godos, o povo que destruiu grande parte da civiliza��o da antiga Roma.

  • A Abadia de Saint - Denis, o Abade Surger e a "Verdadeira Luz".



    O deambulat�rio da igreja de Saint-Deni, 1140-1144.


  • Apareceu pela primeira vez por volta de 1140 em Saint - Denis, ao norte de Paris, cria��o do monge Surger (1081 - 1151) para substituir uma outra igreja, reconstruiu - se pela cria��o de um novo nartex ou vest�bulo, e de uma fachada monumental, com tr�s portais, correspondentes � nave principal e as naves laterais. Contrafortes maci�os dividem a fachada em tr�s se��es claramente definidas. As se��es laterais, acima dos portais laterais s�o continuadas no alto por torres g�meas. Diretamente acima do portal central h� uma grande janela que, deixa entrar luz para o nartex. Sobre essa janela aparece uma outra redonda, de um novo tipo, chamada ros�cea. Portais originais da fachada oeste, esculturas organizadas por Surger em torno do Ju�zo Final, varias foram danificadas. No interior se v� parte da cabeceira de Saint - Denis, constru�da por volta de 1140. Um deambulat�rio com sete capelas irradiantes. O coro e a nave atuais foram reconstru�dos no s�culo XIII e n�o faziam parte do projeto original.

    A caracter�stica � a ab�bada de nervuras, diferente da ab�bada de aresta, por apresentar arcos vis�veis, constru�dos separadamente do casco. As nervuras eram constru�das em primeiro lugar, usava - se uma arma��o m�vel de madeira chamada cimbre, depois inseriam - se as pedras mais finas para formar o casco, a ab�bada de nervura era fisicamente mais leve do que a ab�bada de aresta equivalente, exercendo menos empuxo sobre a parte inferior da constru��o. Podendo ser usada em projetos mais complexos. No deambulat�rio e nas capelas de Saint - Denis, usaram - se trapez�ide e pent�gonos. A natureza visual tamb�m era uma vantagem. E sutilmente servia como um diagrama de pedra das for�as estruturais da constru��o.

    O arco ogival tamb�m foi usado em Saint - Denis. A vantagem estrutural era a relativa facilidade com que os pedreiros podiam construir arcos sobre planos regulares.

    Anteriormente requeriam a constru��o de arcos de dois raios diferentes, para duas diferentes alturas. As ogivas constru�das sobre dois centros permitiam solu��es simples e graciosas.

    Realidade e ilus�o de maior altura que o arco pleno.

    "Suporte de ponto", que significa a coloca��o de pilares ou de outro suporte da estrutura de intervalos bem espa�ados, deixando o edif�cio de recorrer a s�lidas paredes para suporte. O suporte de ponto foi tamb�m usado na estrutura externa, espig�es curtos e irradiantes, com grandes janelas entre eles.

    Paredes m�nimas e �reas m�ximas de vidros brilhantes.

    "Movimento anag�gico", significa que a contempla��o do brilho terreno era um importante meio de conduzir o fiel crist�o ao caminho da ilumina��o divina.

    "A mente ap�tica ascende � verdade atrav�s daquilo que � material E ao ver essa luz, renasce de sua anterior submiss�o".


  • Planta



    Esquema de uma ab�bada de nervuras.



    A estrutura geral da ab�bada em ogiva torna mais f�cil cobrir v�os de diferentes larguras com arcos da mesma altura.


    O Vitral

  • Adicionando - se mangan�s ou cobalto ao vidro derretido, mant�m - se transl�cido com diferentes cores.

    "Fundo de garrafa" ou "olho de boi", acumula uma pequena quantidade de vidro fundido na extremidade de um tubo met�lico e faz o tubo girar rapidamente, apoiando o vidro sobre uma superf�cie plana. A centrifuga��o faz com que o vidro fique plano e mais espesso ao centro (semelhante a um prato).

    "Antique" Fazia - se uma longa bolha de vidro de forma cil�ndrica e cortava - a nas extremidades, este cilindro oco era cortado longitudinalmente, ainda quente, aberto e achatado para formar uma placa. Recortava - se cada pe�a do vidro resfriado de acordo com um desenho ou modelo, pintava - se os detalhes como as fei��es com tinta opaca preta. Encaixava - se as pe�as, cercando cada uma delas com um perfil de chumbo flex�vel, e soldando as tiras de chumbo umas as outras, o chumbo era o contorno das figuras. M�dulos agrupados em grandes composi��es.

    Nas molduras das janelas, os instaladores afixavam cada m�dulo, com o auxilio de cunhas, em caixilhos de ferros que serviam como estabilizadores necess�rios, pois a combina��o de vidro e chumbo � muito pesada e suscet�vel a vento forte.

    Em Saint - Denis, suas elegantes ab�badas de nervuras, arcos ogivais e estruturas despojadas, foram real�adas pelo vitral.


  • A fabrica��o do vidro antique



    Exemplo de Vitral - FRAUM�NSTER Z�RICH - A rosacea de Marc Chagall "A cria��o (1978)"


    Chartres: O Portal R�gio e a Estatua Coluna



    Portal R�gio, ca. 1145-1155, fachada oeste da catedral de Chartres


  • A noventa quil�metros � sudoeste de Paris, est� Notre - Dame de Chartres. Primeiramente eregida no s�culo VI.

    A atual catedral foi constru�da entre os s�culos XII e XVI.

    O Portal R�gio da fachada oeste, constru�do por volta de 1145 - 1155.

    Consiste de tr�s portais, remanescentes da catedral anterior, menor do que as atuais d�o acesso a toda a largura da nave da catedral. Portanto em escala menor do que Saint - Denis, semelhantes aos de Moissac, de Conques ou de Toulouse, pelos t�mpanos esculpidos em cada uma das entradas.

    Emoldurando cada t�mpano h� arquivoltas esculpidas. Compostas de aduelas distintas cada uma das quais tem uma figura esculpida.

    Vinculo indissol�vel entre estrutura e decora��o � caracter�stico do per�odo gr�fico.

    Abaixo do n�vel das arquivoltas, cada porta � ladeada por delgadas colunas, em que est�o ado�adas figuras humanas alongadas. Estatuas - colunas, cria��o do per�odo g�tico, esculturas aplicadas na coluna.

    Inf�ncia � direita, Ascens�o ao c�u ap�s a Ressurrei��o. No centro Cristo aparece entronizado no c�u. Os temas centrais s�o desenvolvidos nas arquivoltas.

    No topo do t�mpano da direita est� a Virgem em Majestade, com o Menino Jesus em seu rega�o. Maria simboliza o trono da sabedoria. Abaixo nas duas bandas inferiores do t�mpano, h� cenas como: a Anuncia��o, a Visita��o, a Natividade; a Adora��o dos Pastores e a Apresenta��o de Jesus no Templo.

    O significado de Maria como trono de sabedoria celestial (� comum a "sede da sabedoria") se referem � redu��o terrena.Chartres era a sede de uma escola eclesi�stica, o curr�culo medieval era composto pelas sete artes liberais: representadas nas arquivoltas por figuras femininas. Aritm�tica. Geografia. Musica. Astronomia. Gram�tica. Dial�tica e Ret�rica.

    O portal esquerdo mostra a Ascens�o de Cristo, anjos debru�ados das nuvens, anunciam aos ap�stolos que Cristo retornar� uma vez mais a terra, s�o apresentados os doze s�mbolos do zod�aco e os tradicionais doze Trabalhos dos Meses.

    No t�mpano central est� sentado um Cristo em Majestade, rodeado pelos s�mbolos dos quatro evangelistas, as figuras das aduelas t�m uma afinidade ainda maior com o t�mpano, os anjos e os vinte e quatro anci�os fazem parte da vis�o apocal�ptica de S�o Jo�o.

    Ir�o aparecer nos monumentos g�ticos; est�tua - coluna, colocada no umbral de um portal, decora��o do t�mpano e das arquivoltas que circundam o mesmo portal a mais importante das novas tend�ncias seja a associa��o deliberada das esculturas de portais adjacentes formando programas iconogr�ficos.

  • A catedral de Laon e a Conquista da Altura



    Nave da catedral de Notre-Dame de Laon, Iniciada em 1155.


  • Iniciada por volta de 1155, o exterior da nave e do transepto � t�pico de uma fase experimental da primitiva arquitetura g�tica francesa, em que estavam tentando edificar catedrais cada vez mais altas e mais leves. Laon tem quatro n�veis, em vez de tr�s usuais, na al�ada da parede (a seq��ncia dos andares). S�o constru�dos pela arcada principal, que separa a nave central das naves laterais, a galeria, o trif�rio (estreito corredor com arcada, da espessura da parede, logo acima das arquivoltas da nave, e o clerest�rio. Do ch�o ao topo da ab�bada a dist�ncia � de vinte e dois metros. Mais luz com janelas, no clerest�rio, como tamb�m nas galerias. S� o trif�rio n�o tem janelas.

    Outra tend�ncia � a "diagrama��o", suportes verticais e as nervuras que eles sustentam se projetem fortemente dos planos das paredes e da ab�bada a que est�o ligados, esqueleto de pedra. Feixes de colunelos nas paredes acima da arcada principal, cujo fim � decorativo.

    A fachada constru�da por volta de 1200, densa e maci�a, tamb�m constitu�da de multiplicidade de pequenos elementos. O t�rreo da fachada consiste em tr�s portais precedidos por um p�rtico coberto por uma ab�bada de ber�o e encimado por um teto de duas �guas com front�o. Entre os tetos dos p�rticos centrais e laterais est�o colocadas pequenas estruturas em arco, remontadas por altas flechas poligonais. Cada portal corresponde a um dos principais espa�os longitudinais. Acima dos portais, duas janelas ligeiramente ogivais (lancet). Uma ros�cea sobre o portal central, decorada com rendilhado, trabalho em pedra, cujo padr�o aberto estabelece divis�es no circulo. Uma galeria com arcatura repartida em tr�s se��es, a do centro ligeiramente superior, duas torres g�meas, de teto plano, que alojam bois empoleirados nos telhados das pequenas estruturas dotadas de arcadas em cada um dos �ngulos da torre.

  • Notre - Dame de Paris e o Arcobotante



    Lado Sul




    Corte transversal dos arcobotantes.




    Fachada Principal (Oeste)


  • Grandes dimens�es, elegante regularidade de seu tra�o.

    Sua constru��o come�ou por volta de 1160: tem 150,20 m. de comprimento, e suas principais ab�badas alcan�am 32,50 m. de altura. Por volta de 1175, para escorar as ab�badas da nave, foram introduzidos os arcobotantes.

    Um arcobotante � um arco ou meio arco que transmite o empuxo de uma ab�bada da parte superior das paredes para os contrafortes externos ou botar�us. Eram instalados aos pares, um de cada lado do principal v�o da ab�bada que estava sendo escorada. Concretava-se a massa em relativamente poucos pontos. Trazidos para o lado externo do edif�cio, por cima dos tetos das naves laterais, a massa externa do edif�cio tornou-se uma gaiola de pedra, com vitrais.

    Interiormente Notre - Dame � discreta e harmoniosa (o al�ado interior hoje com tr�s andares, mas originalmente de quatro andares) tem um aspecto mais liso e sem relevos. Os fustes das colunas adossadas � parede s�o mais delgados, o relevo das molduras projeta-se menos e as janelas do clerest�rio est�o colocadas no n�vel da face interior da parede. As divis�es verticais e horizontais da fachada oeste assemelham-se muito mais a uma grade, os tr�s portais s�o menos profundos.

  • A Catedral de Canterbury: O g�tico Ingl�s primitivo.


    Coro de Canterbury


  • Early English: 1170 a 1240; janelas simples, estreitas e pontiagudas, lancet, Sem rendilhado. Primeira cria��o do g�tico ingl�s � o coro da catedral de Canterbury.

    - Ambos os lados do trif�rio (o clerestt�rio).

    - Capit�is da ab�boda.

    Os mestres pedreiros tinham-se pronunciado contra o uso de um al�ado de quatro andares, os elementos horizontais s�o mais proeminentes do que os verticais. Essa horizontalidade � caracter�stica da maioria das igrejas medievais inglesas. Outras caracter�sticas s�o; o uso de m�ltiplas molduras para a decora��o das formas arqueadas e das formas verticais e a aplica��o de pilastras decorativas de m�rmore negro de Purbeck para contrastar com a cor clara da pedra c�lcaria.

  • O G�tico Cl�ssico


    Marcas de Pedreiros


  • Nome de arte e arquitetura na Europa do s�culo XIII.

    Os Pedreiros e a Arquitetura G�tica.

    Carteiros, carpinteiros, canalizadores e outros artes�es, comandados pelos mestres-pedreiros, com suas pr�prias marcas.

    Pago para talhar e lavrar as pedras. Os projetos eram calculados no ch�o de risco (argamassa) na oficina do mestre - pedreiro, perfis de v�rias cornijas, curvas das ab�badas, etc... A partir desses elementos eram preparados gabaritos ou moldes.

  • A Catedral de Chartes: Uma Enciclop�dia G�tica.



    Nave Central


  • Um inc�ndio devastador destruiu a catedral de Chartres, exceto a fachada oeste. A decis�o de reconstruir a catedral foi imediata. A planta da nova Catedral parece enganadoramente simples. O al�ado da parede tem apenas tr�s andares: arcada principal, trif�rio e clerest�rio. O clerest�rio alto inicia-se abaixo das aduelas das ab�badas, no ponto em que elas come�am a arquear. Clerest�rio e arcada principal s�o quase da mesma altura - �reas iluminadas, separadas pelo trif�rio sobre as janelas. Entre o clerest�rio, um grande �culo lobado, sobrep�e-se a um par de ogivas. Os v�os da arcada principal s�o iluminados por ogivas abertas nas paredes externas das naves laterais. Poucas paredes internas. E as existentes s�o delgadas.

    O sistema de suportes e de elementos que neles se ap�iam est� claramente diagramado. Cada pilar � um n�cleo maci�o rodeado por quatro colunelos, dispostos em torno do n�cleo a intervalos regulares, esquinas, nos pilares. O n�cleo e os colunelos de cada pilar tinham uma base comum, plinto ou soco, diferenciam - se no n�vel do capitel. Os colunelos t�m pequenos capit�is pr�prios, ao passo que os n�cleos dos pilares t�m capit�is maiores, proporcionais ao maior di�metro dessas colunas.

    Alterna��o de pilares de n�cleo octogonal combinado com colunelos cil�ndricos. Acima das arcadas principais, feixes de pilastras adossadas � parede atravessam o n�vel do trif�rio at� a ab�bada, onde se ramificam e se integram �s nervuras que dividem em quatro partes cada se��o retangular da ab�bada de cruz.

    O al�ado da parede � regular, n�veis separados por molduras ligeiramente salientes, cornijas lineares. O trif�rio envolve o interior do edif�cio. A ab�boda est� a 36,50 m. do ch�o, como parece alta, por causa da forte proje��o dos pilares e das pilastras adossadas �s paredes. Grande caracter�stica do estilo g�tico amadurecido.

  • Os Vitrais da Catedral de Chartres.

  • Azuis profundos e vermelhos brilhantes. L� - se de baixo para cima.

  • O Labirinto

  • Podia - se fazer uma esp�cie de peregrina��o simb�lica a Jerusal�m.

  • Exterior da Catedral de Chartres



    Vista Sudeste




    Arcobotantes


  • Parece mais maci�o que pelo lado de dentro, avan�a e recua, sempre que poss�vel. Paredes espessas. Os pesados arcobotantes da nave s�o formados por massas escalonadas de alvenaria que sustentam pares sobrepostos de meios - arcos ligados por colunas atarracadas. Os arcobotantes e as bases das torres que flanqueiam os transeptos e o coro s�o muito mais volumosos do que qualquer coisa que se possa ver no interior da catedral.

  • A Fachada do Transepto e suas Esculturas.



    Transepto Sul


  • Nos umbrais, estatuas semelhantes �s estatuas - colunas ladeiam a porta de entrada, acima dos umbrais, arquivoltas, tamb�m esculpidas com imagens. Arquivoltas emolduram um t�mpano esculpido mais ogival do que semicircular. Essas imagens mais recentes s�o mais naturais.

    Em vez de parecerem esculturas em relevo ligadas aos colunelos, s�o quase estatuas em redondo, projetando - se fortemente das colunas. No Portal R�gio assentam os p�s em bases c�nicas. No portal do transepto, est�o assentados sobre uma escultura iconogr�fica relacionada com a figura maior. A anima��o f�sica encontra paralelo em uma nova sutileza emocional.

    No transepto sul da catedral de Chartres, o portal central representa o Ju�zo Final, tema principal para t�mpanos no per�odo g�tico.

    Acima e ao lado desse grupo, anjos seguiam os chamados instrumentos da paix�o, inclui a coluna de tortura, a lan�a que perfurou Cristo, a cruz, a coroa de espinhos e os cravos.

    No dintel e nas arquivoltas a vida post - mortem continua, as arquivoltas s�o extens�es do espa�o do dintel. Cristo como mestre � a figura do tremo.

    A mensagem � clara: no Ju�zo Final, s� se salvar�o aqueles que aderiram aos ensinamentos de cristo e de sua Igreja.

    A catedral medieval era uma enciclop�dia do saber humano e espiritual.

    O poder das imagens visuais sobre o pensamento a respeito dos temas e quest�es que preocuparam profundamente � facilmente entendido por n�s, hoje e dia, gra�as a nossa experi�ncia com a televis�o e o cinema.

  • Saint - Etiene de Bourges: Uma Solu��o Diferente.



    Vista do lada oeste




    Corte transversal


  • Dupla nave lateral e sem a exist�ncia do transepto, o interior � semelhante a uma enorme tenda espa�os laterais mais baixos e mais amplos do que o cimo das ab�badas principais. O al�ado tem tr�s andares (nave central), mas suas propor��es s�o diferentes. A arcada principal � gingantesca, ocupando mais da metade da altura do interior. O trif�rio e o clerest�rio s�o quase de altura id�ntica.

    A seq��ncia formada pela arcada principal, pelo trif�rio e pelo clerest�rio � repetida no al�ado da nave lateral interior, que atinge a mesma altura da arcada principal da nave central. A nave lateral exterior chega somente � altura da arcada da nave lateral interior. Os colunelos usados nos pilares e no trif�rio s�o muito finos.

    Por causa da dupla nave lateral, os arcobotantes tamb�m tiveram que ser duplicados, dando dois "saltos" antes de se firmarem.

  • A Catedral de Salisbury: Um Projeto Unificado



    Fachada Oeste


  • Distante da aglomera��o humana. A constru��o do corpo principal da igreja foi levada a efeito entre 1220 e 1262. O tra�ado da igreja � invulgarmente coeso. Belo exemplo do estilo ingl�s primitivo.

    Pelo lado de fora a catedral apresenta - se como um edif�cio longo e baixo, com uma torre central no cruzeiro (adicionada no s�culo XIV). Sua base � qu�ntupla, incorporando os botar�us, quase como um templo grego. A fachada oeste foi projetada de modo a n�o indicar as subdivis�es internas do edif�cio, contr�rio das fachadas harm�nicas. Tr�s janel�es altos e ogivais iluminam a extremidade oeste da nave e tr�s portais, o do centro mais alto. Duas pequenas agulhas coroam os dois �ngulos da fachada, toda a fachada de Salisbury est� subdividida em faixas horizontais de nicho, a maior parte ocupados por esculturas. Os portais n�o s�o decorados por figuras esculpidas.

    A planta se baseia numa cruz. Fazem uso do cruzamento de ogivas em ab�badas de cruz retangular, divididas em quatro partes, para cobrir os espa�os principais. Capelas expostas radialmente em torno do deambulat�rio. Salisbury tem dois transeptos e uma extremidade leste quadrada. Os transeptos s� t�m naves do lado leste.

    Na extremidade leste da edifica��o h� uma pequena capela, denominada Lady Chapel, comuns nos templos g�ticos ingleses.

    O interior da catedral de Salisbury � de car�ter distintamente ingl�s. H� �nfase nos elementos horizontais. As aberturas do trif�rio s�o amplas, cada umas delas compostas de dois pares de dois arcos abrangidas por um arco que � quase redondo, existem in�meros colunelos escuros de m�rmore de Purbeck, que contrastam com o tom p�lido do calc�rio. Outra caracter�stica inglesa � a multiplicidade de molduras que real�am o contorno dos arcos. Sobretudo na arcada principal e no trif�rio. Geometria precisa.

  • Elisabethkirche, em Marburgo: O G�tico Alem�o.



    Vista de sudeste


  • A constru��o teve in�cio em 1235 e terminou em 1283. Uma nave de seis v�os entre colunas precede uma extremidade leste trilobada. Cada bra�o do transepto tem o mesmo comprimento do coro e todas essas tr�s estruturas s�o em forma de abside (terminam em redondo em vez de quadrado).

    Elisabethkirche revive um tipo conhecido como "igreja - sal�o", (naves laterais t�m a mesma altura da nave central). Assim n�o h� janelas na nave central. O al�ado tem uma �nica e alta arcada, sobre pilares com delicados capit�is foliados. As naves laterais t�m dois pavimentos de altura, iluminados por dois n�veis de janelas, cujo simples rendilhado de hastes nos recorda o desenho da catedral de Reins. Aus�ncia de arcobotantes, desnecess�rios pelo fato de as naves laterais serem da mesma altura que a neve central. Tra�ado exterior e compacto, linhas verticais dos contrafortes e regularidade dos dois andares de janelas com rendilhado.

  • O G�tico Tardio



    Nave voltada para leste


    Santa Croce,em Floren�a: Uma Igreja de Prega��o Franciscana.

  • Iniciada em 1294, dirigido por Arnolfo Di Cambio.

    Tem uma nave central de teto de madeira com sete v�os. Uma abside poligonal � separada da nave por um arco triunfal algo parecido com os das bas�licas crist�s primitivas dos s�culos IV a VI. Arco triunfal, deriva dos arcos triunfais da antiga Roma. Em Santa Croce, este arco � ogival e atravessado por duas janelas ogivais.

    Quase uma "igreja-sal�o", com alguns pilares delgados, octogonais, separando a nave central das laterais. A arcada principal � alta e o clerest�rio bastante pequeno, o interior d� uma impress�o de majestade e amplid�o, mas n�o a de verticalidade.

    Tra�ado planejado de modo a criar um interior baixo e amplo, com poucas obstru��es internas. Contraste acentuado com o estilo g�tico tardio, que floresceu na Inglaterra durante o s�culo XIV.

  • A Catedral de Gloucester: O Estilo Perpendicular.



    Ala sul do claustro.


  • (1337 - ca. 1355), vers�es inglesas do g�tico tardio, o estilo chamado Perpendicular. Elementos predominantemente retil�neos que se cruzam em hastes horizontais e verticais nos ornatos rendilhados. Outras caracter�sticas s�o o uso de pilares muito finos, verticalmente subdivididos, e grandes janel�es (a janela leste � a maior da Inglaterra); o rendilhado nas janelas com escassa fantasia ou inventiva; e o motivo do painel repetido, em fileiras superpostas, em todo o desenho do vitral. (Tela de rendilhado perpendicular "moderno").

    A ab�bada denominada ab�bada de rede, a qual incorpora liga��es (liernes).- Nervuras que n�o se situam ao longo das arestas da ab�bada nem saem do seu plano de nascimento. Cruzam - se no intradorso da ab�bada e s�o tipicamente curtas, profusas e decorativos. Em Gloucester, formam tri�ngulos, quadrados pent�gonos e hex�gonos abaulados na ab�bada.

    As alas do claustro de Gloucester, constru�das em 1351 e 1377, s�o cobertas por um novo tipo de ab�bada, a de leque, formas semelhantes � metade de um funil, c�ncavas em todas as se��es verticais mais convexas em todas as se��es horizontais. V�os quase quadrados. Nervuras intermedi�rias t�o numerosas que os pedreiros acharam mais vantajoso esculpir nervuras e teias no mesmo bloco de pedra em vez de as constru�rem separadamente.

  • Peter Parler e a Catedral de S�o Vito, em Praga.



    Trif�rio e clerest�rio, chevet


  • Praga (Sacro Imp�rio Romano -Germ�nico).

    A planta de S�o Vito � francesa, sem chevet, comp�em-se de coro, deambulat�rio e capelas radiantes. Iniciada por Mathieu d'Anas, ap�s sua morte dirigida pelo alem�o Peter Parler.

    Por volta de 1374, ele estava em condi��es de iniciar os trabalhos do trif�rio, que � envidra�ado. Parece um prolongamento do grande clerest�rio.

    A redu��o do al�ado do coro a dois andares � caracter�stica do g�tico tardio. No trif�rio e no clerest�rio, h� elementos distintos diagonalmente contra os pilares, d� um desenho �nico do coro.

    Os elementos diagonais do clerest�rio s�o pequenas janelas com rendilhado trilobado, cercados com ornamentos foliados. Se��es de paredes, �s quais se aplicou uma s�rie de esculturas. A ab�bada do coro conclu�da em 1385 � uma ab�bada de rede que unifica um padr�o continuo.

  • Duas Capelas



    Coro voltado para oeste.


  • King's College (1446 - 1515), Cambridge na Inglaterra. A ab�bada de leque foi desenhada por John Wastell, 1486, tradicionais nervuras tramadas separadamente, e parcialmente escultura em relevo, nervuras e teias esculpidas no mesmo bloco de pedra.

    Capela do Condest�vel (Pedro Hernandez de Velasco), extremidade leste da catedral de Santa Maria de Burgos, no norte da Espanha, (1482 - 1494). Por Simon de Col�nia, filho de um alem�o, Juan de Col�nia (Hans Von K�ln). Resultado espanhol.

    A ab�bada � uma estrela de oito pontas que lembra a ab�badas estreladas isl�micas, com nervuras que se interpenetram e definem se��es de teia uniforme e ordenada, que circundam em ornamento interior em forma de estrela com rendilhado aberto do tipo Flamboyant (flamejante, em portugu�s), por causa da semelhan�a existente entre suas curvas e labaredas espiraladas. Pedras angulares, salientes e ornamentais, com bras�es, acentuam as pontas e o centro da estrela interna. Contraste da rica ornamenta��o e da �rea neutra, caracter�stica do gosto espanhol.



  • Ab�bada


    Resid�ncias Particulares



    Ca'd'Oro, em Veneza.





    Fachada que d� para a rua, casa de Jacques Couer, Bourges, 1443-1451.


  • Primeira metade do s�culo XV; Ca'd'Oro, em Veneza (1422 - 1440) e a Casa de Jacques Couer, em Bouges (1443 - 1451), transfer�ncia do Mecenato da igreja para os leigos, no g�tico tardio.

    A Casa de Ouro, rica pintura e do revestimento dourado que adornavam a fachada de pedra branca. Constru�da por Matteo Raverti para a fam�lia Contarini. O mais belo edif�cio g�tico de Veneza.

    Tem sua frente sobre o grande canal (o equivalente veneziano da Fifth Avenue, em Nova York, ou dos Champs - Elysees, em Paris).

    Sem sugest�o de defesa militar na fachada. Foi constru�do apenas 2/3 do projeto original. A metade esquerda foi projetada para ser a se��o central, ladeada por dois blocos, fazendo as esquinas.

    Abaixo dessa metade est� o p�rtico de entrada para as chegadas de barcos atrav�s de uma escada, chega-se at� o n�vel principal dessa moradia colocado prudentemente acima da �gua.

    Fachada sim�trica, o arquiteto parece ter calculado o reflexo nas �guas do canal como parte do efeito final do edif�cio. Outros aspectos do g�tico de Veneza s�o as varia��es no ritmo e nos intervalos dos elementos arquitet�nicos; por exemplo, na se��o central h� cinco arcos ao n�vel da �gua, o arco central � o mais largo, mas h� oito em cada um dos andares superiores onde as laterais s�o os mais altos, contrastes entre massas abertas e fechadas do edif�cio, os arcos de curvas invertidas, como os observados nas arcadas islamitas, a termina��o em c�spide dos arcos e a prolifera��o de quadrif�lios.

    Uma interpreta��o diferente de resid�ncia do g�tico tardio na casa de Jacques Couer. (ca. 1395 - 1456), sendo ele o pr�prio construtor, a casa foi constru�da encostada � muralha da cidade de Bouges, e incorpora v�rias de suas torres de defesa. Acima da entrada principal na fachada que d� para a rua, h� uma capela. De um lado e de outro v�em - se esculturas em relevo de Jacques Couer e de sua mulher. O restante da casa est� disposto em torno de um amplo p�tio. A maior caracter�stica da ala posterior consiste numa grande torre poligonal localizada em torno de uma escadaria que d� acesso aos v�rios pavimentos. Os quartos e salas est�o dispostos ao longo das outras alas do p�tio, de acordo com a conveni�ncia da fam�lia Couer e de seu numeroso pessoal. Para diferentes larguras, diferentes alturas de telhados.

    A impress�o geral � de irregularidade e liberdade, em lugar da simetria formal e da regularidade da Ca'd'Oro.

    A maior parte das janelas na casa de Jacques Couer consiste em grandes ret�ngulos, divididos em quatro se��es pela intersec��o de uma barra vertical e uma travessa horizontal. As maiores parte das superf�cies que comp�em as paredes deste edif�cio s�o planas, decoradas com molduras lineares e rendilhados esculpidos em baixo relevo, concentrados ao longo das arestas das formas.

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