A OPINIÃO QUE FAZ A DIFERENÇA
   

São Paulo, segunda-feira, 29 de junho de 2009

Poesia na Rede


Anterior                Próxima



MÁRIO QUINTANA

A rua dos cataventos

Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.

Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.

Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!

Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
_________________________________________________
Mário Quintana foi poeta, tradutor e jornalista brasileiro
    



MURAL DE
RECADOS DO MPR


 






Expediente/Mens@gem/Quem Somos
A reprodução do material disposto neste sítio será permitida mediante autorização do Editor

 

Hosted by www.Geocities.ws

1