A OPINIÃO QUE FAZ A DIFERENÇA
   

São Paulo, segunda-feira, 29 de junho de 2009

Blog da Lio


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Desabafo


Segundo o estereótipo, mineiro é desconfiado, baiano é preguiçoso, carioca é malandro, paulista é trabalhador e o argentino é arrogante.

Alvo de inúmeras piadas, os estereótipos são lendas ou têm um fundo de verdade?

Como surgiram? Segundo Fernando Sabino, os mineiros são desconfiados por causa das montanhas, já que nunca se sabe o que vem por detrás delas. O baiano preguiçoso parece que foi por causa de Dorival Caymmi que cantou, e encantou, falando de como era bom ficar na rede sem fazer nada. Como baiana, eu confirmo, é mesmo uma delícia ficar na rede sem fazer nada, pena que é raro. Caymmi também exaltou nossa lentidão e a própria. Tanto que aqui na Bahia temos três velocidades: lento, lentíssimo e Dorival Caymmi. É verdade mesmo que somos lentos. Somos lentos porque não dá para ser rápido no calor infernal, torrando os neurônios.

Sobre o carioca ser malandro, não sei como surgiu nem se é verdade. Passo essa.

O paulista ser trabalhador, no sentido de ser uma pessoa que só pensa em trabalho, não concordo. Morei em São Paulo e o paulista trabalha tanto quanto o baiano na Bahia. Sim, porque tem uma lenda que diz que baiano só trabalha quando vai para São Paulo. Paulista também adora uma festa tanto quanto os baianos. A diferença é que trabalhamos nas festas enquanto o paulista só se diverte.

O argentino ser arrogante, tema das melhores piadas, dizem que é porque no passado a Argentina foi uma potência econômica e cultural, que Buenos Aires era a capital do glamour e da elegância e que por isso, os portenhos, os nascidos na cidade, são ainda mais arrogantes do que os argentinos em geral. Aliás, os próprios argentinos têm restrições ao portenho. Outro dia conheci um argentino e elogiei Buenos Aires, uma cidade linda e que adoro, e ele me disse: sou argentino, não portenho. Pow!

Sou tolerante com todas estas características e me reconheço como baiana que adoraria estar numa rede sem fazer nada exatamente agora. O que não suporto é a ignorância. Não a ignorância de quem não teve oportunidade de estudar e de ter acesso a informação. Essa incomoda e é triste mas a pior ignorância é de quem sabe e ignora por arrogância. Pior: arrogância argentina. Parece até que para confirmar o estereótipo.

MICHAEL
Depois de um tempão, hoje, do nada, ouvi Michael Jackson e claro, dancei sozinha. Eu danço sozinha. Desliguei o computador e quando voltei a ligar, ele tinha morrido! Na verdade, não foi do nada que o ouvi hoje. No sábado, numa conversa, eu Alice confessamos que temos o hábito de dançar sozinha e hoje deu vontade de dançar. Geralmente eu coloco Prince, depois Madonna, e só depois Michael. Hoje coloquei primeiro ele e só ele. Achei incrível a coincidência. Fiquei triste. Ouço Michael Jackson desde que eu e ele éramos crianças. Fui para o show dele no estádio do Morumbi em 1993. Foi o evento mais desorganizado que já fui. Uma luta de vale tudo para conseguir vê-lo mas, foi o máximo. Ele era o máximo. Um grande talento, com uma sonoridade única, um artista extraordinário que infelizmente teve muitos problemas na vida pessoal com os processos e acordos de pedofilia e as inúmeras esquisitices. Uma pena. O que consola é que a música é eterna.


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Eliana de Morais é produtora de eventos, baiana, ex publicitária, turismóloga, tem um curso de eventos, professora da Pós-Graduação em gestão e organização de eventos das Faculdades Olga Mettig e arrisca textos.
    



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