A OPINIÃO QUE FAZ A DIFERENÇA
   

São Paulo, segunda-feira, 1º de junho de 2009

Blog da Lio


Anterior                                                               Próxima


A Caixa Preta


O livro “A caixa preta” do escritor israelense Amós Oz é interessante pois trata-se de uma história contada através de cartas. É um romance epistolar. Uma história de amor e de vidas. A troca de correspondência, cartas, bilhetes e telegramas, conta a história de uma separação, um processo doloroso, cheio de rancor e de mágoa como toda separação ou, para não generalizar, quase todas.

As várias primeiras pessoas revelam-se por si mesmas, em secos telegramas, bilhetes mal escritos ou longas cartas. Uma lavação de roupa suja que tem como pano de fundo o complicado panorama social, religioso e político da vida em Israel nos últimos anos.

Não tem nada de engraçado ou divertido. É tão humano, demasiado humano que me senti um pouco como se estivesse vendo um Big Brother ou invadindo a privacidade de pessoas reais.

São sentimentos apaixonados, intensos, alternando amor e ódio e misturando tudo para resultar em compaixão e solidariedade com a proximidade da morte e o fim da vida e do romance.

Muito bonito e tocante e só mesmo um mestre da escrita para fazer a mistura na medida correta. O nome do livro, uma analogia a caixa preta de avião que depois da queda revela os momentos de pânico, desespero, horror e de como se deu o desastre, é perfeito para descrever os momentos anteriores a uma separação, com divórcio ou não, incluindo as tentativas de salvação que quase nunca, assim como o avião, evitam a catástrofe.

O mais legal do livro, uma coisa que adoro em qualquer obra de arte e na vida, é a falta de julgamentos morais. Chegamos a conclusão de que ninguém é culpado, mas também ninguém é inocente. Como na vida.

RONALDO
Já fui louca por futebol e confesso publicamente algo que apenas a família e amigos de longa data sabem: já fui Maria Chuteira! Adorava jogador de futebol e namorei três, incluindo um muito famoso na época. Era aquele tipo de namorada que passava a gostar da profissão do cara, sabem como é? Se o namorado fosse economista do FMI, eu passava a amar e saber tudo sobre a dívida externa dos países pobres. Portanto, o futebol ocupou um espaço importante na minha vida.

Com o tempo fui ficando indiferente e nos últimos tempos, estava achando bem irritante. Na Copa do Mundo, enquanto todo mundo estava com a TV ligada no jogo do Brasil eu estava vendo seriado americano ou lendo um livro. Por mim, iria para o cinema se o cinema estivesse aberto. Preferia acompanhar o evento como um todo pela Internet a ver o jogo. Aliás, não estava na torcida da seleção brasileira porque o meu critério para torcer para uma seleção é a quantidade de homens bonitos no time e nesse quesito o Brasil sempre perde para a Itália, Argentina e na última Copa, perdeu para a seleção australiana.

Ainda por cima, tenho outra bronca com futebol: o problema sério de que os shorts viraram bermudas e quase uma calça Capri masculina. Um verdadeiro absurdo. Até já escrevi sobre isso para o Mandando Pra Rede.

Mas sempre gostei muito de Ronaldo e apenas uma vez, não acreditei nele. Foi quando vi uma foto dele num iate, largado, barrigudo e fumando. Achei que era o fim para ele. Mas, só por causa do cabelo. O cabelo estava num dia de cabelo ruim e com uma tiara. O cabelo estava no estilo choque elétrico e ele colocou uma tiara? E fica tranquilamente fumando? Algo está muito errado, ele desistiu. Esse não é o Ronaldo que conheço. Fiquei passada.

Então, ele voltou e com ele, meu interesse pelo futebol. Em vez da TV ficar ligada no (canal) GNT o tempo todo enquanto trabalho, agora fica no Sport TV. Parei tudo para ver a sabatina da Folha com Ronaldo que foi sensacional. Nenhuma novidade para mim que ele é inteligente, engraçado, divertido e sabe falar. A “polêmica” de que ele prefere que o filho estude na Europa foi hipócrita e ridícula. E invejosa.

O tanto que gosto de Ronaldo é o mesmo tanto que não gosto de Adriano. Adriano me irrita e mesmo que ele faça gols jogando no meu Flamengo vai continuar me irritando. Só porque ele não sabe quem foi Adriano, o Imperador. Ele pensa que é ele.

[email protected] 
_________________________________________________
Eliana de Morais é produtora de eventos, baiana, ex publicitária, turismóloga, tem um curso de eventos, professora da Pós-Graduação em gestão e organização de eventos das Faculdades Olga Mettig e arrisca textos.
    



MURAL DE
RECADOS DO MPR


 

Expediente/Mens@gem/Quem Somos
A reprodução do material disposto neste sítio será permitida mediante autorização do Editor

Hosted by www.Geocities.ws

1