São Paulo, segunda-feira, 15 de junho de 2009
Ponto de Vista
Anterior
Próxima
|
Brasil, terra do terror?
REGGIO EMILIA
(ITA) -
Em 2001, o mundo desmontou junto com as torres
gêmeas. Nomes como AlQaeda, extremistas islâmicos e Bin Laden, desconhecidos por
milhões de pessoas até então, tornaram-se familiares. O terrorismo, que antes
nos parecia coisa "de outro mundo", aproximou-se de nós ao atingir o coração dos
Estados Unidos. Mas, apesar de tudo, o brasileiro prefere acreditar que o Brasil
está imune a toda e qualquer ameaça terrorista. E, por quê? Porque somos um povo
"bacana, legal, hospitaleiro, terra do Carnaval e do futebol"? O Brasil é o
paraíso do terror! Agora, com o apoio de Lula, Tarso Genro, Dilma, etc.
Nos últimos oito anos, enquanto grande parte do mundo investigava e tentava
conter os devanios de radicais islâmicos, o Brasil abria suas pernas/portas para
a o ingresso e permanência de companheiros de armas. Senão pelas mesmas armas ou
pelas mesmas causas, pelos mesmos ideais e posturas desumanas diante de seus
obstáculos. Alguns casos vieram à tona, recentemente, como a identificação de um
membro da AlQaeda, pelo FBI, mas que o Brasil garante que não oferece risco
(Lula ficou até irritado ao falar do caso!); a"coincidência" dos nomes de dois
libaneses no vôo 447, considerados inicialmente como suspeitos de terrorismo,
também ajudou a botar lenha na fogueira e, ainda esta semana, um tunisiano -
cujo nome consta na lista da Interpol como membro da AlQaeda - foi localizado em
Santa Catarina. A reportagem é da Folha de São Paulo, de hoje (12/06).
"Coincidentemente", encontrei na internet um texto interessante, assinado por um
rapaz que se gaba ao chamar o pai de "top terrorista". O nome do pai? O mesmo do
tunisiano procurado pela Interpol. Aliás, os dois são tunisianos! Mas, como
nomes homônimos tornaram-se comuns entre islâmicos, não posso afirmar que sejam
a mesma pessoa. Mas... outras coincidências: Ele foi preso, no Brasil, em 2007,
depois de voltar da Alemanha com dinheiro não declarado. O tal rapaz mora aonde?
Na Alemanha. No site do tal guri, ele recebe uma mensagem do irmão que mora
aonde? No Brasil. Humm... coincidências demais.
Ah,
mas a Polícia Federal está de olho nele! Está sim... há cinco anos! E..?
Enfim, minha gente, muito antes deste tunisiano ou do vôo 447, especialistas em
terrorismo já vêm alertando sobre a instalação de terroristas no Brasil e ao
redor dele. Estes grupos são suspeitos de atacar a embaixada israelita e uma
comunidade judáica, na Argentina, matando centenas de pessoas, nos anos 90.
E o
governo, o que faz? Logo após o 11/9, a ONU ditou novas normas internacionais de
combate ao terror. Para se adequar a estas regras - em uma agilidade
impressionante - em 2005 (quatro anos depois da queda do WTC), a ministra-chefe
da Casa Civil, Dilminha Rousseff, analisava uma proposta de lei para criar um
órgão chamado "Autoridade Contra o Terrorismo". Claro, que não da mesa dela!
Esta semana, mais precisamente no dia 9 de junho, foi criado o "Núcleo do Centro
de Coordenação das Atividades de Prevenção e Combate ao Terrorismo". Nome grande
e bonito que não servirá para nada, só para não ficar feio na foto, já que se
passaram oito anos das novas regras e - para o desespero de Lula - o terrorismo
no Brasil virou pauta com a "queda" do 447.
E
agora, o governo cria o tal Núcleo de Combate ao Terrorismo (NCT). Pra que
mesmo? O próprio Ministro da Justiça, Tarso Genro, acredita que tudo isso seja
um exagero. O mesmo Genro que defende Cesare Battisti e diz que no Brasil não há
rede terrorista?
Certa
vez, um italiano me disse "sinto pelos brasileiros que podem ver o Brasil
virando refúgio de terroristas, eles não merecem isso". Este italiano se chama
Maurizio Campagna, irmão de Andrea Campagna, assassinado por Cesare Battisti,
trinta anos atrás. Este homem, que vive a nove mil quilômetros de distância,
percebeu que o asilo a Battisti seria só o começo.
E tem
gente que ainda acha que tudo não passa de conspiração da grande mídia contra os
coitados e perseguidos da esquerda...
[email protected]
_________________________________________________
Érika Bento Gonçalves.
Jornalista, começou a carreira em 1994, em Poços de Caldas, sul de Minas Gerais.
Passou de repórter a apresentadora e editora-chefe da emissora de televisão
regional, Tv Poços. Em dez anos de trabalho em Minas atuou também nas áreas de
marketing e jornalismo político. Foi coordenadora dos programas de televisão em
duas campanhas políticas. É Editora na Rede Record e articulista deste MPR
|
MURAL DE
RECADOS DO MPR
|