FONTE:ICP


CRIA��O E EVOLU��O

 

Dois pontos de f�: um em Deus e outro no acaso.

 

Por Cl�udia Aparecida Alves

Discorrendo sobre uma disciplina que lhe � familiar � a bioqu�mica � o professor Michael Behe, da Universidade Lehigh, Pensilv�nia, EUA, demonstra em suas pesquisas que a teoria da evolu��o (que se prop�s, no s�culo XIX, a explicar a origem da vida por meio da sele��o natural) n�o p�de resistir aos avan�os cient�ficos que desvendaram a complexidade do mundo celular.

Na obra A caixa-preta de Darwin: o desafio da bioqu�mica � teoria da evolu��o, o autor afirma que o desenvolvimento do microsc�pio eletr�nico, da cristalografia de raios x e da resson�ncia magn�tica nuclear revelaram os segredos da complexa estrutura molecular da vida que, na �poca de Darwin, n�o era ainda conhecida. Nas palavras de Behe: �talvez tenhamos de pagar um pre�o por este conhecimento. Quando escavamos alicerces, as estruturas que neles repousam s�o abaladas e, �s vezes, desmoronam�.  

A partir de sistemas org�nicos irredutivelmente complexos � como o olho humano, a coagula��o do sangue, o transporte celular � o autor revela que tais sistemas, descritos detalhadamente no livro, n�o podem ser produtos do acaso ou de muta��es aleat�rias, pois, se qualquer um dos seus componentes n�o existir, a fun��o do sistema n�o seria alcan�ada, favorecendo sua extin��o, e n�o uma suposta evolu��o, conforme os pressupostos evolucionistas.

De fato, existem in�meros trabalhos cient�ficos ressaltando o sil�ncio constrangedor da literatura cient�fica sobre a origem dos mecanismos celulares e a inconsist�ncia das tentativas de explic�-las. Indagamos: �Por que, ent�o, a teoria da evolu��o ainda � a mais aceita e ensinada no meio acad�mico?�. As palavras do bioqu�mico podem nos nortear em busca desta resposta: �O dilema � que, enquanto um lado do elefante � etiquetado como planejamento inteligente, o outro poderia ser rotulado como Deus�.

Na realidade, qualquer evolucionista que aceitar o planejamento da cria��o por um ser superior poder� sentir-se frustrado, pois os mecanismos usados na produ��o da vida estar�o para sempre fora do seu alcance. Desde a publica��o de A origem das esp�cies houve choque entre cientistas e te�logos, o que gerou uma lealdade � disciplina cient�fica que a coloca acima do objetivo a que deveria servir. E corrobora para isso o fato de que muitos cientistas n�o querem que seus conhecimentos, fruto de anos de dedica��o, sejam confrontados com um conhecimento al�m da natureza, isto �, n�o desejam que um ser sobrenatural afete a natureza.

 Numa �poca em que as publica��es cient�ficas procuram cada vez mais desacreditar as Escrituras Sagradas, vemos, com satisfa��o, que o conhecimento cient�fico chegou a um impasse sobre a origem da vida e que algumas pessoas come�am a reconhecer que as respostas podem estar no �mbito da teologia.               

Nesta mat�ria, analisaremos, com franqueza, os fundamentos hist�ricos e cient�ficos da chamada �teoria da evolu��o�. Ser� que resistem?

 

A teoria da evolu��o

Em 1859, Charles Darwin publicou sua obra intitulada Sobre a origem das esp�cies. Em 1872, j� na sexta edi��o, o t�tulo foi mudado para A origem das esp�cies. Com esta obra, a teoria da evolu��o saiu do anonimato e entrou no cen�rio das id�ias brilhantes. Darwin defendia que as modifica��es adaptativas

das esp�cies eram provenientes de um mecanismo de sele��o natural, e que essa sele��o natural, ocorrendo por muitas vezes, era capaz de gerar novas esp�cies e de extinguir outras.

Para os humanistas e naturalistas da �poca, este racioc�nio permitia explicar a origem da imensa quantidade de esp�cies de organismos vivos observados em toda a terra. Assim, em apenas trinta anos, as id�ias de Darwin foram aceitas e difundidas, mesmo sem haver provas cient�ficas adequadas que as comprovassem. A �antiga serpente� est� sempre seduzindo a mente humana, oferecendo-lhe �conhecimento� enganoso. As artimanhas para infiltrar na humanidade os conceitos evolutivos v�m desde a antiga Babil�nia, Egito e Gr�cia. No tempo de Darwin, o palco estava montado. Os pensadores queriam mais do que nunca uma explica��o, em termos naturais, para a origem da vida e sua variedade.

Darwin formou-se em teologia, mas seu av�, Erasmo Darwin, era um evolucionista famoso, o que certamente contribuiu para que ele rumasse para o naturalismo. Tamb�m em 1809, um pouco antes das id�ias de Darwin se tornarem conhecidas, Jean Baptiste Lamark tinha proposto que mudan�as no meio ambiente eram capazes de modificar os organismos para que se adaptassem  �s novas condi��es, e que essas mudan�as poderiam ser transmitidas �s futuras gera��es. Todavia, as id�ias de Lamark n�o resistiram ao m�todo cient�fico e foram abandonadas. (ver infogr�fico sobre as girafas)

A diferen�a entre Darwin e seus antecessores � que ele argumentava em cima da chamada sele��o natural, a qual somente os mais aptos sobrevivem. A partir de 1930, conhecimentos acumulados sobre muta��es refor�aram as id�ias de Darwin e assim surgiu a Teoria Sint�tica da Evolu��o (neodarwinismo), que afirma que o processo evolutivo � regido, principalmente, por muta��es e sele��o natural.

Em 1936, o russo A. I. Op�rin publicou o livro A origem da vida, que foi aceito pela comunidade cient�fica por julgarem que nele havia pensamento claro e defens�vel sobre como se originou a vida na terra. Op�rin sugeriu que a sele��o natural, proposta por Darwin para explicar a evolu��o org�nica das esp�cies, come�ou atuar j� no plano molecular no chamado caldo primordial de onde, supostamente, teria surgido a primeira vida. Os agregados coloidais, formados por aglomera��o de mol�culas do caldo, competiam entre si pelas mol�culas livres do meio e os agregados mais aptos, em termos de arranjo interno e composi��o qu�mica, prevaleciam sobre os demais. Eis a� as bases da chamada evolu��o qu�mica.

Os pensamentos de Darwin e Op�rin colocaram um ponto final no desconforto da comunidade cient�fica por n�o ter uma resposta racional sobre a origem da vida e sua imensa variedade. A resposta dos mestres da ci�ncia tem como base a obra do acaso. A cria��o sobrenatural passa a ser de dom�nio dos ignorantes do povo, dos sem imagina��o, dos fracos e dos religiosos.

 

Existem provas confi�veis do processo evolutivo?

As provas de que disp�em os evolucionistas s�o baseadas em an�lises de f�sseis e em estudos filogen�ticos relacionados � anatomia e fatores bioqu�micos das esp�cies. As provas, se � que podemos trat�-las assim, s�o fr�geis e envoltas em contradi��es, equ�vocos e at� fraudes. As provas bem intencionadas usadas para demonstrar que a evolu��o das esp�cies � verdadeira tamb�m s�o question�veis em rela��o � sua validade.

 

Retrato de Charles Darwin

O document�rio f�ssil comprova que no passado houve formas de vida bem diferentes dessas que s�o observadas no presente. Por conta deste fato, os evolucionistas buscam nos f�sseis a descoberta de formas de vida que apresentem caracter�sticas transit�rias entre uma esp�cie ancestral e outra que possa estar um passo evolutivo adiante. Mesmo com tantos esfor�os para comprovar a evolu��o das esp�cies com um achado f�ssil de peso, at� agora nada se tem que possa ser considerado �prova incontest�vel�. Como certa vez declarou G.K. Chesterton, �os evolucionistas parecem saber tudo acerca do elo perdido, a n�o ser o fato de que ele est� perdido�.

De fato, os elos perdidos, f�sseis de criaturas apresentando caracter�sticas do ancestral e da forma evolu�da, continuam perdidos. Ali�s, se esses animais transit�rios tivessem existido realmente, seriam verdadeiras f�bulas vivas. � preciso muita f� para acreditar neles, uma vez que n�o se tem nenhum vest�gio confi�vel desse tipo de vida.

Nos estudos de semelhan�as anat�micas entre as diferentes esp�cies nada pode ser considerado conclusivo. Uma vez que para usar esses argumentos como evid�ncias da evolu��o seria necess�rio que a pr�pria evolu��o fosse comprovada ou, do contr�rio, � o mesmo que andar em c�rculos. A semelhan�a entre um homem e uma crian�a n�o serve como prova de paternidade, o que pode ocorrer, mediante tal observa��o e o depoimento da m�e, � que surja uma suspeita de paternidade. Essa suspeita tem de ser provada por meio de exame apropriado ou, do contr�rio, a semelhan�a n�o passa de semelhan�a.

Ainda dentro do conjunto de provas relacionadas � anatomia, os evolucionistas citam os chamados �rg�os vestigiais que, para eles, s�o heran�as de antepassados evolutivos. Classificam como vestigial os �rg�os que aparentemente n�o possuem nenhuma fun��o no organismo. O ap�ndice e o c�ccix humano s�o considerados vestigiais pelos evolucionistas. O primeiro porque deixou de ser usado por n�o se comer mais carne crua e alimentos mais duros e o segundo, alegam, que � vest�gio da cauda de antepassados que a possu�am. Entretanto, atualmente s�o atribu�das fun��es para esses dois �rg�os, mas pouco se fala a esse respeito. O fato de n�o se entender muito bem o papel de um �rg�o n�o faz dele um �rg�o vestigial. Esse tipo de erro j� foi observado antes na hist�ria da ci�ncia. Quando todos os �rg�os end�crinos e linf�ticos foram considerados vestigiais. 

As provas bioqu�micas est�o relacionadas � an�lise das prote�nas presentes nos mais variados organismos. Duas esp�cies s�o consideradas parentes pr�ximos quanto maior for a semelhan�a entre suas prote�nas, isso porque uma prote�na � um pol�mero de amino�cidos e a seq��ncia desses amino�cidos � determinada pela leitura do gene que a codifica. Um gene � um peda�o do DNA que possui a receita para que uma prote�na seja feita ou expressa. No DNA de uma esp�cie existem muitos genes. Dizer que o conjunto de prote�nas de dois organismos s�o semelhantes � o mesmo que dizer que seus DNA  s�o semelhantes e, na vis�o evolucionista, isso � sinal de que houve um ancestral comum.  O problema dessa classe de argumentos est� no fato de que esp�cies que n�o deveriam mais apresentar semelhan�a prot�ica, devido � suposta dist�ncia evolutiva, as apresentam. Por exemplo, a hemoglobina da lampreia, que � um peixe, � muito parecida com a humana. O mesmo se observa em rela��o � clorofila de plantas e � nossa hemoglobina.

Como se v�, n�o h� provas capazes de proteger a teoria da evolu��o de perguntas embara�osas e cr�ticas plaus�veis por parte de opositores. Muitas vezes, os ataques e as cr�ticas v�m do pr�prio meio evolucionista que n�o consegue concatenar a teoria com provas emp�ricas. Um exemplo relevante foi o que ocorreu no dia 5 de novembro de 1981 envolvendo o respeitado paleont�logo e evolucionista Collin Patterson, do Museu de Hist�ria Natural de Londres. Patterson chocou os cientistas americanos reunidos no Museu Americano de Hist�ria Natural ao perguntar para sua plat�ia: �Voc�s podem me dizer alguma coisa sobre a evolu��o, qualquer coisa que seja verdade?�. Dizem que a plat�ia ficou muda, mas n�o ficou parada porque Patterson moderou seu discurso em rela��o � teoria da evolu��o. Para manter essa teoria viva, os evolucionistas precisam fazer vistas grossas para os pr�prios erros e reprimir opini�es divergentes at� que se encontre �a prova�. O problema � que esta busca pode durar para sempre.

 

Reconstru��o de como seria a fisionomia do Homem de Homem de Neanderthal

 

A hist�ria do homem e do macaco

 Era uma vez um macaco muito sabido que de t�o sabido virou �gente�, mudou sua apar�ncia, seu modo de agir e esqueceu de seus antigos parentes macacos. Construiu uma fam�lia que se tornou numerosa e dominou toda a terra. Ap�s ter passado muito tempo, os descendentes desse �macaco� querem saber como ele era, mas a tarefa tem sido �rdua, pois tudo o que sabem dele � que era meio macaco meio homem. A partir da�, o que vale � a imagina��o dos descendentes do �macaco�. Vejamos as mais famosas:

 

1. O Homem de Nebraska: teve sua imagem reconstitu�da a partir de um dente com idade estimada de um milh�o de anos. Ap�s quatro anos e meio, descobriu-se que aquele dente na verdade pertencia a uma esp�cie de porco j� extinta.

2. O Homem de Java: foi imaginado a partir de um f�mur, uma caixa craniana e tr�s dentes molares. O mais interessante � que esses itens n�o foram encontrados no mesmo local e ao mesmo tempo. O f�mur foi encontrado a quinze metros da caixa craniana. Um dos dentes foi encontrado a tr�s quil�metros do f�mur e do cr�nio. E, para completar o quadro, o dr. Dubois, que descobriu o material, esqueceu de mencionar em seu relat�rio que tamb�m encontrou restos mortais humanos na mesma camada de escava��o. Ele se lembrou deste fato ap�s ter passado trinta anos.

3. O Homem de Neanderthal: foi reconstitu�do a partir de um cr�nio quase completo descoberto em 1848 e um esqueleto parcial em 1856. Muitos estudiosos dizem que o Neanderthal era t�o humano quanto qualquer um de n�s. As diferen�as do esqueleto s�o atribu�das ao fato de pertencer a um homem velho que sofria de raquitismo. Esse detalhe foi comprovado com novos achados f�sseis, pois os Neanderthais sepultavam seus mortos.

4. O Homem de Cro-Magnon: segundo o dr. Duane T. Gish, professor de ci�ncias naturais e apolog�tica, o chamado Homem de Cro-Magnon passaria despercebido por nossas ruas se usasse a moda corrente, ou seja, nele n�o h� nada de s�mil.

5. O Homem de Piltdown: foi uma fraude forjada por Charles Dawson a partir de um fragmento de maxilar, dois dentes e um fragmento de cr�nio. A fraude foi descoberta quarenta anos mais tarde.

 

Dificuldades que cercam a origem da vida na vers�o evolucionista

Stanley Miller ficou famoso ao publicar, em 1953, os resultados de sua experi�ncia, realizada sob as condi��es da suposta atmosfera primitiva. A atmosfera primitiva, proposta no experimento de Miller, era composta por vapor d��gua,

Primeira edi��o do livro A Origem das Esp�cies

metano, am�nia e hidrog�nio, na total aus�ncia de oxig�nio livre, pois ele sabia que o oxig�nio impediria a forma��o das grandes mol�culas org�nicas. Sob estas condi��es, Miller relatou que obteve forma��o de alguns amino�cidos. Entretanto, n�o existem provas de que a atmosfera primitiva fosse isenta de oxig�nio livre.

Outra dificuldade para a forma��o da vida ao acaso est� na matem�tica. A probabilidade estat�stica n�o � favor�vel � teoria da evolu��o. Segundo a Lei de Borel, um evento que tenha 1 chance entre mais que 1050 chances simplesmente n�o ocorre. Por exemplo, a probabilidade de que uma prote�na de cinq�enta amino�cidos seja formada casualmente � de 1 chance entre 1065 chances, o que n�o � vi�vel matematicamente.  O que dizer ent�o do complexo c�digo gen�tico que possui a probabilidade de ter sido formado ao acaso de uma chance em 101505 chances (o n�mero 1 seguido de 1505 zeros)?

A Segunda Lei da Termodin�mica diz que tudo tende ao caos, � desordem e � deteriora��o. A teoria da evolu��o afirma justamente o contr�rio, ou seja, que mol�culas simples foram gradativamente tornando-se estruturas cada vez mais complexas e ordenadas. O problema da tend�ncia � desordem pode ser contornado se houver fornecimento de energia externa ao sistema. Em organismos vivos j� estruturados, como os atuais, existem mecanismos que compensam essa tend�ncia � desordem transformando a energia solar em energia qu�mica. As plantas convertem a luz solar em energia qu�mica, os animais comem as plantas e aproveitam sua energia armazenada. Esse ciclo de depend�ncia energ�tica � chamado de cadeia alimentar. Seres t�o primitivos como a primeira vida n�o dispunham de mecanismo de capta��o e convers�o de energia solar. Para contornar essa dificuldade, os evolucionistas apelam para o processo fermentativo, que � bem mais simples do que a capta��o de energia externa, mas mesmo a fermenta��o seria algo muito complexo para a primeira vida formada ao acaso.

 

Uma teoria com for�a de Lei

Apesar de a teoria da evolu��o apresentar tantas dificuldades e paradoxos, ela mant�m o status de ser a teoria oficialmente aceita pela comunidade cient�fica para explicar a origem da vida e sua diversidade. Todas as crian�as, adolescentes e jovens s�o doutrinados nas escolas com essa teoria. Suas supostas evid�ncias s�o ensinadas como se fossem provas estabelecidas e bem trabalhadas, o que muitas vezes confunde a f� da juventude crist� no Deus Criador. Diante disso, � importante ressaltar que, assim como o criacionismo, o evolucionismo tamb�m baseia suas conjecturas na f�. F� no acaso, pois tudo o que defendem s�o suposi��es que, em circunst�ncias primordiais ou normais, jamais poderiam ocorrer.

Se � racional pensar que dos peixes surgiram os anf�bios, dos anf�bios os r�pteis, dos r�pteis as aves e os mam�feros, por que n�o � racional pensar que Deus criou o homem do p� da terra? No mundo f�sico, nenhuma dessas posi��es pode ser provada, portanto, ambas s�o pontos de f�. Entretanto, ridicularizam o criacionismo e geram um sentimento de vergonha, principalmente nos estudantes crist�os, que passam a rejeitar �Ad�o e Eva� e a aceitar a id�ia do homem-macaco. N�o h� nada de vergonhoso em acreditar no criacionismo, pelo contr�rio, � motivo de grande alegria. O criacionismo escolhe acreditar que Deus � o criador de todas as coisas, inclusive da vida. O evolucionismo acredita na obra do acaso que vai transformando uma forma de vida em outra, num processo cego e sem nenhum objetivo final. Ademais, a evolu��o das esp�cies � somente uma teoria.

Uma teoria � um conjunto de id�ias estruturadas que interpretam fatos. Fatos s�o situa��es observadas em nosso mundo f�sico. Os evolucionistas argumentam que o processo evolutivo � um fato e que resta apenas estabelecer como se deu este fato. Mas a verdade � que n�o possuem fatos em si, o que possuem s�o interpreta��es usadas como fato. Para se afirmar algo usando a metodologia cient�fica � preciso primeiro observar e registrar os fatos. Depois � preciso fazer uma generaliza��o baseada nas observa��es. Em seguida, formula-se uma hip�tese para predizer os fatos do mundo real. Ap�s muitos experimentos, que confirmem os fatos preditos, surge uma teoria. Se a teoria resistir ao tempo e a novos experimentos, pode passar � lei cient�fica. Entretanto, somente a evolu��o dentro de uma mesma esp�cie (microevolu��o) pode ser demonstrada pela metodologia cient�fica. A evolu��o entre as diferentes esp�cies (macroevolu��o), proposta por Darwin e mantida por seus seguidores, n�o pode ser provada pelo m�todo cient�fico, no entanto, � chamada de teoria. 

A cria��o � obra de Deus

Deus criou toda a realidade existente com um ato de sua vontade a partir do nada (cria��o ex nihilo). Em Romanos 4.17 est� escrito que Deus �chama � exist�ncia as coisas que n�o existem�. Muitas outras afirma��es semelhantes a esta s�o encontradas no Novo Testamento. No momento da cria��o n�o havia mat�ria preexistente, nada foi adaptado ou moldado, tudo foi original. Deus planejou e executou seu plano e a obra criada agradava a Deus, pois tudo foi declarado por Ele como sendo bom (Gn 1.1-31). O prop�sito das passagens b�blicas a respeito da cria��o n�o � dizer como Deus executou seu projeto, mas sim que foi Ele o seu autor e executor. Este ponto de f� a ci�ncia n�o tem como substitu�-lo.

Para um criacionista existem a f�, a B�blia e a grandiosidade da realidade f�sica criada por Deus. N�o h� como demonstrar satisfatoriamente um ponto de f� com provas f�sicas, mas muitas vezes a realidade ampara a f� e � isto que vemos no caso da cria��o. A grandeza e a complexidade da vida podem ser vistas em toda a terra. O corpo humano esbanja detalhes. Como explicar a obra do acaso analisando a sofistica��o de �rg�os como o c�rebro, o olho e o ouvido? O c�rebro humano � t�o complexo que mesmo com toda a tecnologia moderna, somente uma pequena parte de seu funcionamento � compreendida. E o que dizer das diferentes formas de vida com tanta variedade de estrutura? N�o h� espa�o para a a��o do acaso na origem da vida, tudo foi planejado nos m�nimos detalhes por Deus, o Criador.  A primeira afirma��o da B�blia est� em G�nesis 1.1 e nela est� escrito: �No princ�pio criou Deus os c�us e a terra�. No Salmo 148.5 a B�blia ensina que Deus deve ser louvado como o Criador.

 Para os cientistas evolucionistas esse tipo de argumenta��o n�o significa nada, entretanto, n�o usam, a rigor, o m�todo cient�fico ao tentar provar a evolu��o das esp�cies e a origem da vida. A ci�ncia se ap�ia na realidade, nos fatos e nas provas f�sicas e, seguindo estes par�metros, o bioqu�mico Behe e outros s�rios cientistas j� classificam a teoria da evolu��o como uma teoria ultrapassada. Os cientistas precisam provar o que pensam e ensinar como verdade somente o que provam, inclusive os evolucionistas. Se n�o h� fatos f�sicos nem provas, tudo n�o passa de id�ias, n�s, portanto, seguimos o conselho do ap�stolo Paulo a Tim�teo, quando disse: �Guarda o dep�sito que te foi confiado, tendo horror �s oposi��es da falsamente chamada ci�ncia, a qual, professando-a alguns, se desviaram da f� (1Tm 6.20).

 

Cl�udia Aparecida Alves

Bacharel em Qu�mica/USP, Mestre em Ci�ncia e Qu�mica Anal�tica/USP e doutorando em Biotecnologia Molecular Estrutural/USP.

Refer�ncias bibliogr�ficas:

 

B�blia de estudo de Genebra. Editora Cultura Crist�.

B�blia Apolog�tica. ICP � Instituto Crist�o de Pesquisas

Introdu��o � Teologia Sistem�tica. Millard J. Erickson. Sociedade Religiosa Edi��es Vida Nova

A origem da vida. George Wald. Artigos do Scientific American.

A Base molecular da vida: uma introdu��o � biologia molecular. Editora da Universidade de S�o Paulo

F�sico-Qu�mica. P. W. Atkins. LTC � Livros T�cnicos e Cient�ficos Editora

Biologia molecular b�sica. Arnaldo Zaha (Coordenador). Editora Mercado Aberto

The emerging conceptual framework of evolutionary developmental biology.  Nature. Wallace Arthur

Secret life of genes. G�nter TheiBen: Nature

Site de consulta: http://ssilva777.tripod.com.br

 

Notas:

 

1 A caixa-preta de Darwin: o desafio da bioqu�mica � teoria da evolu��o. Michael Behe. Ci�ncia e Cultura, p.13.

2 Ibid. p. 235.


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