A lógica da Reencarnação
      
              e da continuidade da vida após a morte
                                                                   


                            Debate 9

Por que algumas pessoas já nascem defeituosas ou doentes e outras não?   
                 
     

 Debatedores:  Fulvio (espírita) e Gustavo (Católico)
 


 Índice das postagens:

1. Gustavo 30/03/2007
2. Fúlvio 31/03/2007
3. Gustavo 01/04/2007
4. Fúlvio 05/04/2007
5. Gustavo 09/04/2007
6. Fúlvio 11/04/2007
7. Gustavo 16/04/2007
8. Fúlvio 21/04/2007
 

 


1. GUSTAVO       30/03/2007                                 volta ao índice

 
  Todo o problema da argumentação espirita é não compreender por quê as pessoas nascem 
desiguais... o seu erro lógico é, como de Kardec, considerar que justiça = igualdade, quando Cristo
 nos ensina na parábola dos talentos que Deus dá a um servo 5 talentos, a outro 2 e a outro 
apenas 1 talento... e que cobra de acordo com o que é dado: "A quem muito for dado, muito será 
exigido" (Lucas cap.12,ver.48). A gnose e suas vertentes não admitem isso, e usam a pluralidade de 
existências como solução para o problema de justiça  formulado por eles... 
      Kardec afirma ainda que se alguém nasce com defeitos, é para pagar pecados de vidas 
anteriores (ou, usando terminologia espírita: para expiar as faltas de outras encarnações), ao passo 
que Cristo nos ensina que as pessoas nascem com problemas para que, por meio delas, sejam 
manifestas as obras de Deus, isto é, para que a caridade possa ser exercida e compreendamos
 também que essa vida material não é o bem superior na existência do homem, bem como os nossos 
sentidos físicos, a riqueza, a beleza e etc. Assim também a deficiência física, a miséria e a morte 
corporal não são os piores males na existência do homem. 
 
       Deus cria as pessoas desigualmente para permitir a caridade. E cobra desigualmente, de 
acordo com o que Ele nos deu durante nossa vida... isso é a doutrina de Cristo e não há nada de 
contraditório ou ilógico. Se a recompensa final não está neste mundo e sim na eternidade, como
 devo considerar Deus injusto se Ele faz uma pessoa nascer cega? Ele sabe o que é melhor
para a salvação de cada um de nós. Só o fato de Deus dar existência a uma criatura já é prova de
 amor infinito por ela... se Deus me dá mais ou menos do que para meu próximo, quem sou eu para
julgar a justiça de Deus? Quem é o soberbo que pretende entender os desígnios de Deus? 
O que importa é a salvação eterna, e para isso basta corresponder às graças que Deus dá durante 
a vida... embora nem todos as aceitem e prefiram esperar uma nova encarnação.   
 
 A refutação acima é baseada nos ensimanentos de Cristo  o que demonstra que o espiritismo
 não é Cristão por contrariar a doutrina de Cristo e todas as suas parábolas.
 


2. FÚLVIO  31/03/2007                      volta ao índice

 
Parabéns Gustavo, muito bem colocadas suas argumentações que, aliás, demonstram o 
conhecimento que você tem a respeito da Doutrina Cristã. Porém, como disse antes, centralizarei 
meus argumentos rigidamente dentro da lógica.
Veja bem, a lógica se baseia no chamado “PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO”. 

E o que significa isso? Que algo não pode “SER” e “NÃO SER” ao mesmo tempo.
 
Em lógica, um argumento é considerado válido e consistente quando, além de ter a conclusão 
verdadeira, a mesma é baseada em premissas verdadeiras.

Exemplo:
 
Premissa 1: "Todo ser vivo é mortal"   <Verdadeira>
Premissa 2:  "Pedro é um ser vivo"    <Verdadeira>
Conclusão.: "Pedro é mortal".        <Verdadeira
 
Então, veja bem: com base nas premissas acima, se eu disser que “P edro é imortal”, eu estarei 
me CONTRADIZENDO, porque antes eu afirmei que “Pedro é um ser vivo” e que “Todo ser vivo 
é mortal” E por mais que se apresente razões ou justificativas para dizer que "Pedro é imortal", 
isso não invalida o argumento, pois as premissas levam à conclusão de que “Pedro é mortal”
 
Agora uma informação incorreta que você apresentou. Você disse que "o erro lógico de Kardec
é, considerar que justiça = igualdade". Veja bem Gustavo, Kardec, ou diga-se, o Espiritismo,
trabalha com o conceito REAL do termo justiça, que significa: "Dar a cada um aquilo que é seu",
ou seja "Dar a cada um de acordo com seu merecimento". Não existe outro conceito para Justiça.
 
 
Então, utilizando o rigor da lógica, construirei meu “Argumento chave” :
 
Premissa 1: O conceito de Justiça é “Dar a cada um aquilo que é seu”, ou seja a cada um 
                     de acordo com seu merecimento
Premissa 2: Deus é infinitamente justo  

Conclusão:   Se Deus é infinitamente justo, então ele tem que praticar a justiça, ou seja,
                       tem que dar a cada um de acordo com seu merecimento. Conseqüentemente, se
                       Deus aplicasse a alguém qualquer sofrimento ou punição IMERECIDA, Ele estaria 
                       contrariando o próprio conceito de justiça, estaria sendo INJUSTO

 Veja bem Gustavo, isso é lógica pura, não é crença.
 
Façamos então agora uma analogia para melhor esclarecermos o tópico
 
Um pai tem dois filhos. O mais velho ele trata com violência, e o mais novo com carinho.Todo dia, 
ao chegar do trabalho, o pai decide espancar o filho mais velho, sem nenhum motivo, sem nenhuma
 justificativa. Porém, ao mais novo, dá carinho e atenção. Um certo, dia, o pai decide "cegar" o 
filho mais velho...não satisfeito, alguns dias depois, decide deixá-lo paralítico, amputando-lhe 
as duas pernas. Perguntamos: Isso seria justo?
 
Evidentemente que não. Ora, então, se não seria justo que um ser humano fizesse isso com seu filho, 
como então um Ser que chamamos de Perfeito poderia praticar tal injustiça?
 
Então vamos tentar justificar a injustiça de tal ação com os argumentos por você apresentados:
 
1 O pai está batendo no filho mais velho sem motivo que justifique, é verdade, mas ele faz isso para 
   que alguém possa praticar a caridade com o filho espancado...(??!!)
 
2. O pai está batendo no filho mais velho sem motivo que justifique, é verdade, mas ele faz isso 
   apenas para demonstrar o quanto suas obras são boas...(??!!)
 
3. O pai está batendo no filho mais velho sem motivo que justifique, é verdade, mas ele faz isso 
    porque ele sabe o que é melhor para o filho (??!!)
 
Veja bem, os 3 argumentos acima utilizados para justificar o porquê de um pai aplicar injustiças são
chamados de "AUTOCONCLUSIVOS", ou seja, apresentam uma conclusão sem, no entanto, embasar
 tal conclusão em lógica, uma vez que  Nenhum deles faz com que o pai tenha sido JUSTO!
 
Concluindo: Sem a Reencarnação, Deus não estaria aplicando NENHUM CRITÉRIO JUSTO ao criar uma 
pessoa defeituosa, sofredora ou outra perfeita, sem sofrimento. Estaria fazendo isso apenas para 
demonstrar “O quanto são boas suas obras” ou para alguém “praticar a caridade”, ou porque  
“Ele sabe o que está fazendo”  Porém, mesmo com estas justificativas, ele estaria sendo INJUSTO.
 
Para aceitarmos tais justificativas, teríamos que então que mudar o próprio conceito de Justiça!

Agora comentarei a passagem bíblica por você citada, do cego de nascença, em que Jesus foi 
perguntado sobre a culpabilidade do mesmo, e respondeu que "Nem ele pecou nem seus pais; 
mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.", Quanto a esta passagem, podemos ter 
duas interpretações:



A) Jesus estaria se referindo a todos os cegos de nascença, genericamente B) Jesus estaria se referindo apenas à aquele cego, em especial
 
Ora, se Jesus estivesse se referindo a todos os cegos de nascença (Hipótese A), então teríamos
 que afirmar que Deus cria algumas pessoas já cegas, de nascença, somente para "manifestar as 
obras Dele?"  Então, Deus, para mostrar suas obras, ou seja, como ele é bom, praticaria uma 
injustiça? (ILÓGICO!)
 
Agora, a explicação do espiritismo é muito mais coerente, pois, segundo ela, aquele foi um caso 
especial. Aquele homem que ali estava, na condição de cego, era um espírito em missão, por sua 
própria vontade, para que "nele se manifestassem as obras de Deus". Nem seus pais nem ele 
mesmo eram culpados pela sua cegueira, mas ele estava ali com um propósito maior, ou seja, 
para que Jesus pudesse curá-lo!
Então não há contradição entre o Espiritismo e o Cristianismo
 
Aliás, através da Reencarnação, há a aplicação da Justiça em sua correta significação: 
“A cada um será dado de acordo com suas obras”. Ninguém jamais sofrerá sem merecer tal 
sofrimento. Não há como chamar o critério Reencarnacionista de injusto, sob nenhum ponto de vista.
 
Conclusão: As justificativas apresentadas representam uma "crença", porém não invalidam, 
através da lógica, o argumento chave.  
A Reencarnação continua sendo a explicação mais Justa, até o momento, para a explicação da 
origem dos sofrimentos humanos.
3. GUSTAVO       1/04/2007                                 volta ao índice 
 
 
   Verifiquemos a seguinte situação:
 
     Um indivíduo nasceu sem defeitos físicos, intelecto privilegiado e boa situação financeira e hoje é
engenheiro (conheço uma pessoa assim  - Rútelis, colega de trabalho)   Outro nasceu cego , com situação
 financeira difícil, porém estuda e se torna advogado ( conheço uma pessoa assim - Marta - Advogada no 
Procom /Juiz de fora )
        Ambos procuram nessa vida obedecer os mandamentos de Deus ( creio eu, que os dois exemplos
 citados fazem isso, por possuirem ótima conduta moral além de praticarem atos que muito contribuem com 
a sociedade, principalmente a Marta que é a preferida dos consumidores ,devido ao seu ótimo atendimento e
eficiência na solução dos casos).
        Ao final dessa vida material, impossível saber se vão para o Céu, pois quem irá julgar os atos deles é 
Deus e não o homem que pode errar em seus julgamentos e suposições.Entretanto consideremos que Deus 
em sua misericórdia infinita ,reconhece que essas duas ótimas pessoas que muito contribuem para uma
sociedade mais justa e fraterna; praticaram ATOS de obediência à Ele(o que é bem possível de estar 
acontecendo , devido o comportamento deles), então ambos merecem o Céu.
       Conforme a promessa do Deus encarnado que deu a sua vida por nós na Cruz através do Santo Sacrifício no
calvário, no Céu não há sofrimentos,angústias, corruptibilidade material,uso de sentidos físicos , nem tempo 
e nem espaço, pois estamos na eternidade contemplando a causa da nossa existência.
      Lá não há valores e bens passageiros, como o corpo material que envelhece,tem doenças, morre, ou 
nem chega a envelhecer(por isso a beleza física e a saúde são bens passageiros).Lá não se precisa da
 riqueza material ( que fica aqui nesse mundo corruptível pra outros). Lá não há diferença se alguém foi um
engenheiro ou lixeiro, pois importa é se ambos fizeram de suas vidas  um testemunho de  Amor verdadeiro e obediência ao
Criador.
      Sendo assim a descrição do Céu feita pelo Divino Mestre Jesus; que diferença fará para Marta ter
nascida Cega ou o Rútelis ter nascido sem defeitos físicos, se o que importa foi a conduta moral e obediência 
ao Criador e não a cegueira de Marta ou o corpo perfeito de Rútelis que ficarão nesse mundo corruptível?
     O que importa é que correspondamos as graças nos dada nessa vida e que essas graças que são os 
dons, se tranformem numa imagem do amor de Deus e através dos nossos méritos finitos
(pois fomos criados no espaço e tempo) sejamos realmente semelhantes ao nosso Criador.
 
     Peguemos agora um caso mais dramático e real:  Aqui Em Juiz de Fora há um mendigo aleijado,
banguelo e que se desloca através das suas sujas mãos.Ele fica perto de uma padaria onde eu faço 
lanche de vez em quando.As vezes que eu o encontro lá ,pago um lanche para ele e conversamos algumas
 coisas. Ele sempre sorri, e faz comentários sobre o tempo tipo "será que hoje vai chover?" ou mesmo 
"hoje está quente". Sobre o lanche também é interessante porque ele fica sempre satisfeito , por mais 
simples que o lanche seja.  A existência desse mendigo é a prova cabal de que "ele existe para que as 
maravilhas de deus se manifestem". E o que seriam essas maravilhas em um mendigo aleijado,banguelo 
e com as mãos sujas?   As maravilhas presentes na pessoa dele , é que a Caridade Verdadeira pode ser 
exercida.Como é possível isso? O fato é que quem o ajuda, seja materialmente ou sentimentalmente, 
o faz com a certeza absoluta de que ele não terá condições de retribuir.
      Essa Caridade Verdadeira é a Imagem do Amor Verdadeiro que fez e faz cada Criatura existir.Deus é 
bom e faz o bem. Ele nos fez semelhantes a Ele.Ora, todo homem, enquanto ser, é bom . Mas para 
ser semelhante a Deus é preciso, como Ele, fazer o bem. Deus é o bem absoluto, por isso não
há mal absoluto.
      O mal, como coisa, como ser, não existe. Um  exemplo seria de um buraco numa folha de
papel. O buraco não existe. O que existe é o papel.   Mal é falta de ser, falta do que devia existir, ou
falta de ordem.    Por exemplo, se  falta uma perna no mendigo, isso é um mal.só que é um mal relativo. 
     É falta de algo que devia existir. Se alguém tem uma orelha no meio da cara, isso é um mal porque é 
uma falta de ordem. O veneno de uma cobra, enquanto ser, é bom . Ele só é um mal em minhas veias. 
Não está, quando nelas, no local adequado. Não está em ordem.
      Entretanto, há males morais, isto é, ações, más. As ações não são seres, não são substantivos. Há
verbos maus, como roubar, mentir, adulterar, enganar, etc.     Sempre que se faz uma ação má, no fundo 
se busca um bem, embora menor. Por exemplo, quem rouba busca o bem do dinheiro. Roubar é um mal, 
porque estabelece uma desordem entre os bens. O dinheiro é um bem. 
       Entretanto, a justiça é um bem maior do que o dinheiro. Quem rouba, coloca o bem menor (o dinheiro)
acima do bem maior (a justiça). Essa desordem é que constitui o mal moral (uma ação má).
 O existir é um bem. Se o mal absoluto existisse, ele teria o bem da existência. Logo, não seria um mal
absoluto.
    E ainda: o mal vai contra a natureza. Portanto, o mal não é uma natureza.  Tudo o que Deus fez é bom .
    O demônio, enquanto ser, é bom, pois tem uma grande inteligência e uma possante vontade, que ele
usa só para agir mal.Por isso Deus criou o inferno para Ele.
    O inferno mesmo é um bem , porque por meio dele Deus faz justiça. Daí Dante fazer o inferno dizer:
 "Fizeram-me o Divino Poder (Deus Pai), a Suma Sabedoria (Deus Filho), e o Primeiro Amor (o Espírito
Santo)."
  Deus fez todas as coisas com qualidades desiguais. Ora, essa diferença de qualidades é que permite a
ordem no mundo. E a ordem é que reflete a Sabedoria de Deus. Havendo desigualdade nos seres, 
é claro que o ser com menos qualidade (uma pedra em relação a uma planta) está numa situação de 
carência de bem, o que é um mal relativo. Mas isso foi feito por Deus assim, para que as coisas pudessem
 ser ordenadas entre si, fazendo brilhar a Sabedoria de Deus, através da
ordenação das coisas criadas.
 
 
 

4. FÚLVIO  05/04/2007                      volta ao índice

 

      Gustavo, todos os debates de que participo são baseados na LÓGICA. E eu apresentei um argumento
 corretamente construido  dentro das
regras lógicas, que você sequer comentou, nem tentou refutar.

vou repetir o argumento:

Premissa 1: O conceito de Justiça é “Dar a cada um aquilo que é seu”, ou seja a cada um
                     de acordo com seu merecimento
Premissa 2: Deus é infinitamente justo  

Conclusão:  Ora, ao afirmarmos que Deus é justo, temos, por consequência lógica, que admitir que ele
Pratica a Justiça. Como poderíamos sustentar que Deus é justo e, ao mesmo tempo, não pratica o conceito
de Justiça?  Ou seja, como Deus poderia permitir que uns sofram tão mais do que outros, sem merecimento?
Ora, se assim o fizer, Ele estará sendo injusto, pois estará agindo contrariamente ao conceito de Justiça!
 

     Você apresentou a sua visão, de que " a diferença de qualidades é que permite a ordem no mundo",
de que
"Tudo o que Deus fez é bom .", etc. Porém, não apresentou contra-argumentação para refutar o
argumento acima.
      Você apresentou também inúmeros exemplos de pessoas que têm deficiencias, etc, porém não solucionou
a seguinte contradição-chave, que é::

 
"Como Deus pode ser infinitamente justo e, ao mesmo tempo, agir de forma contrária ao próprio
   conceito de Justiça, que é Dar a cada um aquilo que é seu, aquilo que merece?"

Isso, em lógica, é chamado de CONTRADIÇÃO. Algo não pode SER e DEIXAR DE SER ao
mesmo tempo.
 
       Então, Gustavo, reafirmo que respeito seus pontos de vista, porém, se analisarmos através da lógica, 
veremos a Reencarnação é mais justa, uma vez que, através dela, temos uma EXPLICAÇÃO COERENTE, 
para todos os sofrimentos pelos quais as pessoas passam. Ou seja, cada um receberá apenas a exata 
medida daquilo que merece. Perfeitamente de acordo com o conceito de Justiça.
"A cada um de acordo com suas obras", como disse o mestre Jesus
 
    Sem a Reencarnação, não temos como resolver esta contradição lógica. Há mais de vinte anos venho 
desafiando religiosos de todas as denominações e ninguém, até hoje, conseguiu apresentar REFUTAÇÃO
LÓGICA a esta questão. Cada um, é claro, apresenta sua crença, como você fez, as quais, repito, respeito
totalmente. 

Conclusão:
Não afirmo que a Reencarnação é a "Verdade absoluta". Ninguém é obrigado a acreditar nela. Porém,
submetida à análise lógica rigorosa, a Reencarnação é, até hoje, a explicação mais mais consistente,
mais coerente para a causa dos sofrimentos humanos.
E se um dia alguém conseguir refutá-la pode ter certeza de que serei o primeiro a divulgar tal
refutação, pois não sou apegado a nenhuma Filosofia. 
 

 


 
5. GUSTAVO       9/04/2007                                 volta ao índice 
 
 
  Sua frase:"Como Deus pode ser infinitamente justo e, ao mesmo tempo, agir de forma contrária ao próprio
   conceito de Justiça, que é dar a cada um aquilo que é seu, aquilo que merece?"
  
        E quem define a Justiça Verdadeira , o homem que pode errar ou Deus?    Quem disse que algum defeito 
físico é uma injustiça praticada por Deus , se o a própria situação da carência de bem é que proporciona 
sermos semelhantes a Deus?
        Ele dá aquilo que merece de acordo com que cada um faz de sua existência não aqui que tem sempre 
alegrias com tristezas que inclusive só duram até a chegada da morte, e sim na eternidade. Nossos méritos
são finitos,  pois fomos criados no espaço e no tempo. Isto é, de acordo com a quantidade de dons que cada 
um recebeu. Importa é o ato ,ação de ser semelhante a Deus Pai, que é Verbo,Ato puro.A matéria é o meio 
utilizado por 
        Ele, para demonstrar como conhecê-lo. Evolução não existe, nem moral, nem material.Existe é progresso
material ,feito de forma artificial pelo homem. Quem pensa que Deus é injusto por fazer alguém nascer
cego, pensa na justiça do homem que erra.Quem pensa nessa lógica tortuosa materialista e panteísta, nunca
 compreenderá qual é o propósito de estar vivo e morrer.Por quê Deus é injusto em fazer alguém nascer cego 
e outro perfeito fisicamente, se a semelhança de ambos com Deus se dá pelo ato?  A reencarnação sim é uma 
covardia , pois estamos condenados a viver múltiplas existência de alegrias intercaladas com tristezas em nome 
de uma evolução moral que nunca existiu. É bom lembrar que aqui neste mundo (o único que conhecemos)
 é impossível existir só felicidade.. e nunca existirá isso, pois há sempre aqui, alegrias com tristezas. Isso é bem
óbvio, visto que saberemos que um dia vamos morrer. 
           Até aqueles que os espíritas dizem que são mais "evoluídos"voltam aqui para ajudar outros , então eles
vivem novamente  alegrias e tristezas. É justo segundo o próprio espiritismo, aqueles que já estão mais
"evoluídos" voltarem aqui para ajudarem os menos "evoluídos"  vivendo portanto, inevitavelmente
alegrias e tristezas que para  outros é pagamento de dívida?
            Se para um, é missão e para outro é pagamento de dívida , nula é essa regra imposta pela reencarnação.
  Evoluir para quê?  Se para chegarmos a Deus , precisamos apenas ser semelhante Ele com nossos ATOS e
precisando justamente dessa referência de desigualdade material nos seres.
 

6. FÚLVIO  13/04/2007                      volta ao índice

Gustavo, você afirmou:
 
"...E quem define a Justiça Verdadeira , o homem que pode errar ou Deus?   "
 
         Veja bem, como já afirmei antes, aqui estamos falando de LÓGICA. E se vamos utilizar realmente a lógica,
precisamos trabalhar com o conceito real e objetivo das palavras, do contrário, caminharemos para um 
"Debate de crenças" e, como eu já afirmei, não debato crença, mas sim lógica.
   Portanto, o conceito de  JUSTIÇA é bem definido e pode ser encontrado em qualquer dicionário:
:  "dar a cada um aquilo que é seu" ou "dar a cada qual de acordo com seu merecimento" . Agora não
venha me falar que temos que "definir" o que é justiça verdadeira. Tal afirmação, caro amigo, é querer
"fugir pela tangente" para não explicar a contradição apresentada!
 
 
"...Quem pensa que Deus é injusto por fazer alguém nascer cego, pensa na justiça do homem que erra"
Não é questão de pensar ou "achar" aplicar, como já disse, o conceito real da palavra JUSTIÇA. 
    Se não houvessem vidas anteriores, Deus estaria, sim, aplicando uma INJUSTIÇA ao criar uns cegos e 
outros perfeitos. Isso não é "achismo", mas sim "APLICAÇÃO DO CONCEITO DA PALAVRA JUSTIÇA" 
apresentado atrás
"...Quem pensa nessa lógica tortuosa materialista."
      Gustavo, não há nada "tortuoso" na lógica dos argumentos por mim apresentados. Você pode consultar
os melhores manuais de lógica ou os melhores especialistas. O argumento por mim apresentado está
baseado em premissas verdadeiras e levam a uma conclusão válida. 
      O que está "tortuoso" até agora são as suas afirmações, pois, até agora, embora você esteja participando de
um debate de lógica, não refutou o argumento através da lógica, nem mesmo apresentou argumentos 
construídos em premissas lógicas, para sustentar sua crença. 

      Então, Gustavo,  sinto lhe dizer, mas você está usando EXATAMENTE A MESMA TÉCNICA de outros 
debatedores, que, ao perceber que não têm como  explicar a contradição apresentada, tentam questionar
o próprio conceito das palavras, tentando dar-lhes outro sentido, para tentar justificar ou "minimizar a contradição".
      Porém, caro amigo, tal artifício mostra-se totalmente ineficaz neste caso, pois o conceito de Justiça é 
claramente definido...
      Na verdade, eu já esperava que isso ia acontecer, pois, até hoje, ninguém conseguiu apresentar refutação
lógica para o argumento abaixo:

Premissa 1: O conceito de Justiça é “Dar a cada um aquilo que é seu”, ou seja a cada um 
                     de acordo com seu merecimento
Premissa 2: Deus é infinitamente justo  

Conclusão: Se Deus é infinitamente justo, então Ele pratica a Justiça, ou seja, dá a cada um de acordo com seu merecimento. Portanto, fazer alguém nascer cego ou paralítico sem o merecer é o mesmo que ser INJUSTO.
 

Este argumento é apenas um, dos vários que demonstram que a Reencarnação é a explicação mais lógica.
Ele não envolve crença nem ataques a nenhuma religião. Apenas demonstra que as doutrinas que não aceitam
a Reencarnação caem em CONTRADIÇÕES LÓGICAS INSUSTENTÁVEIS e os seus defendores não
conseguem apresentar contra-argumentação lógica coerente.

CONCLUSÃO: Argumento continua sem refutação lógica. Mais uma vez...

 



7. GUSTAVO   16/04/2007                      volta ao índice

 
    E quem definiu esse conceito de justiça relativo aos bens dessa vida?
 Resposta: Um  homem chamado Kardec, portanto essa lógica é humana e erra gravemente em consideram
 Deus um mal distribuidor de bens,sendo que o merecimento e recompensa é na vida eterna sem sofrimento 
algum ,mas inicia  nessa vida através dos ATOS praticados e não recompensas dessa vida material.As
 recompensas pelos bons atos dentro filantropia material e/ou sentimental é feita pela justiça humana que erra
 em muitos pontos.
          Temos então um dilema: A lógica da reencarnação de Kardec, com erros doutrinários que ofendem 
as leis de Deus versus a lógica da ressurreição para nós no final dos tempos do Deus encarnado, perfeito em
 todos os aspectos e que disse que sem Ele nada poderíamos fazer. Tão perfeito, que o Kardec usou de partes 
de sua doutrina moral infalível para montar a dele, afim de ganhar credibilidade e propagar o que ele entende
por justiça  através do espiritismo. 
         Por que Deus seria injusto em dar ou não todos os sentidos  físicos e bens materiais como um  corpo
material perfeito,se esses bens são relativos e transitórios, isto é ,são corruptíveis (vão acabar mesmo,quando
 morrermos)?  Vamos novamente dentro da lógica tortuosa da reencarnação:  Um criança nasce aleijada 
 e segue o catolicismo se tornando uma pessoa moralmente correta. 

            Situação segundo o espiritismo:
  Reencarnar em um corpo perfeito,segundo seus próprios méritos ( sofrer menos)   Ora, só aí já tem um erro,
 pois os méritos não são diretamente da criança e sim do modelo de obediência que ela seguiu : moral católica 
ensinada por Cristo Deus. Temos também que a nova existência em um corpo  perfeito não garantirá nada ao
 suposto progresso moral,pois ele já seguiu o modelo perfeito.   
          Se essa criança aleijada levar uma vida moralmente incorreta, como ela sofrerá na sua próxima
 encarnação uma punição justa? Nascer com o mesmo defeito físico? Que diferença fará para seu suposto 
progresso moral nascer novamente aleijado, se o que importa é obedecer a Cristo?
         Eu não estou fugindo pela tangente. Qual é a contradição Fúlvio, se esse conceito de justiça foi
elaborado por homens comuns que erram e não por Deus? e tem mais, o próprio Kardec entra em contradição
na cofiabilidade da informação sobre a reencarnação em seu livro dos espíritos.Se quiser eu coloco aqui todas
as contradições relativas a falta de "consenso" da revelação dos espíritos acerca da aceitação da reencarnação
 como um dogma espírita.Coloco também as contradições nos critérios de Kardec que definem a confiabilidade
das informações vindas do além através dos espíritos que também estão lotadas de contradições.       
         Entre esse conceito de justiça elaborado pelos homens e a justiça divina apresentada pelo próprio
Deus em sua Revelação só pode haver uma verdadeira. E a verdadeira é a que vem do Deus Encarnado  
que disse  para o ladrão assassino arrependido na cruz que HOOOOOOJJJJJJJJEEEEEEEE MESMO , 
estaria com Ele no Paraíso. Que disse também em todas ,absolutamente todas as suas palavras e parábolas 
somente sobre o Paraíso e inferno coma parábola do Pobre Lázaro e do rico, a parábola das virgens,e também
 sobre o final dos tempos, bem como o purgatório e limbo em outras passagens do evangelho.
         Resumo: ou se é reencarnacionista e acredita na lógica de Kardec ou se é cristão e acredita nas
palavras de Cristo Redentor e seu Santo sacrifício no Calvário. Cristianismo e espiritismo são doutrinas que se
anulam ,acreditar em uma, implica na anulação da outra.São inconciliáveis. 
          Ademais quem segue o modelo de Cristo,tudo suporta e é consolado.Quando Deus quiz que alguém
 inocente pagasse pecados  sendo traído, abandonado, humilhado,açoitado e morto, foi Ele próprio que veio e
 pagou por nós.
          Pois eu afirmo que a Redenção de Cristo na Cruz e todas as palavras dEle é a Verdade absoluta e não
 será nenhuma lógica que foi submetida à análise rigorosa de homens que erram que fará com que ela deixe 
de ser a Verdade absoluta.E a ressurreição não é mais  consistente ,ou mais coerente que a reencarnação . Ela
 é a correta, pois Deus veio aqui e mostrou isso.
 
        

8. FULVIO   21/04/2007                      volta ao índice

 
Gustavo, você afirmar que Deus tem um conceito de Justiça diferente da dos homens, tudo bem. Poderíamos 
considerar esta possibilidade. Porém, neste caso a Justiça de Deus teria que ser SUPERIOR, e não INFERIOR
 à justiça dos homens. Da maneira como você coloca, Deus espalharia sofrimentos de forma desigual e cruel,
arbitrariamente, sem nenhum critério justo! De forma bem inferior à pior das justiças terrenas!
     Seria como a analogia do pai que dá tudo a um filho e nada a outro; tratando um com amor e a outro com
pancadas. Isso seria justo? Claro que não. Ora, se não é justo que um pai faça isso aqui na Terra, como 
querer sustentar que Deus, Todo perfeito, poderia cometer uma ação dessas e ainda dizer que é um 
"conceito diferente" de Justiça? (incoerente).

O conceito de Justiça é: " Ato ou efeito de conceder a cada um aquilo que por direito lhe  pertence"
 
Então, Gustavo, se a Justiça dos homens, mesmo sendo imperfeita, procura ser criteriosa, ou seja, dar a cada um
aquilo que cada um merece, como é que Deus, cuja Justiça tem que ser infinitamente superior à dos 
homens, poderia ser mais imperfeita que a nossa? Poderia espalhar sofrimentos e punições de forma 
arbitrária, cruel e sem nenhum critério de Justiça? Que "Justiça Divina" seria essa, tão imperfeita? Tão cruel? 
 
Jesus também disse: "A CADA UM SERÁ DADO DE ACORDO COM SUAS OBRAS!!"
 
Ora, mas pela sua crença o que Jesus disse é mentira...Deus não daria a cada um segundo suas obras,
mas sim de acordo com a arbitrariedade...criando uns perfeitos, outros cegos e paralíticos! E as obras?

Então, caro Gustavo, Deus, se agisse da maneira como você crê, agiria contra o conceito de Justiça, 
e agiria contra as palavras de Jesus
 
Eu te desafio a responder a seguinte pergunta:
 Sem a Reencarnação, quais obras de uma pessoa justificariam que ela nascesse cega?
 
Por outro lado, a Reencarnação, e não há como negar isso, se encaixa perfeitamente dentro dos dois conceitos:
 
1. CONCEITO DE JUSTIÇA: De acordo com a Reencarnação, somente será concedido a cada um aquilo
que realmente é de seu direito, de seu merecimento. 
 
2. PALAVRAS DE JESUS: De acordo com a Reencarnação, realmente a cada um será dado de acordo 
com suas obras. Jamais alguém nascerá cego ou paralítico sem ter merecimento.
 
CONCLUSÃO: Sob a análise da lógica e da razão, e não da crença e da paixão, a Reencarnação é a 
Doutrina que melhor se encaixa tanto dentro do conceito verdadeiro de Justiça, quanto do conceito 
de Justiça definido por Jesus.
 

      

 
 






 
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