A lógica da Reencarnação
      
              e da continuidade da vida após a morte
                                                                   


                                                                            Debate 12
                                
Argumentos contra a Reencarnação

  Debatedores: Fulvio (Espírita) / Michel (Evangélico)
 

Michel - Pergunta 1:

 A reencarnação não é um convite a "pecaminosidade?" uma vez que eu posso "pecar, pecar, fazer um monte de besteiras" e simplesmente deixar para a outra vida para corrigir minhas falhas? Isso não induz a libertinagem?

  
Resposta Fúlvio:

  Boa pergunta. Na verdade, o ser humano tem mesmo a tendência à acomodação. Agora, tudo depende de cada pessoa. É como a história do aluno que não quer estudar, porque sabe que, se não passar nos exames finais, poderá repetir de ano, indefinidamente. Porém, chega uma hora, em que tal aluno, cansado de repetir de ano uma, duas ou três vezes, e ter que repassar todas as matérias de novo, realmente decide estudar para evoluir. Pois ninguém agüenta ficar estagnado pra sempre.
       Agora lhe pergunto: Seria mais justo, ao invés de dar uma nova chance aos repetentes, queimá-los eternamente em uma fogueira? Claro que não!
      E mais: Quem pode garantir que os repetentes não vão, em uma segunda ou terceira chance, passar de ano? Então, estes argumentos, por si só, já justificam a Reencarnação.

Michel - Pergunta 2:

  Se a reencarnação existisse, o mundo estaria esvaziando a medida que as almas estivessem alcançando a perfeição e deixando de se reencarnar...mas não é isso que está acontecendo! A população mundial está crescendo absurdamente!! cade a lógica aqui?
 

Resposta Fúlvio:

 Este questionamento parte de um pressuposto errôneo: De que Deus criou os espíritos em um determinado tempo e depois  parou de criá-los. Com certeza, se assim fosse, à medida que cada espírito fosse atingindo a perfeição, não mais necessitaria reencarnar e, conseqüentemente, a população no Planeta Terra diminuiria.
         Porém, segundo informações dos próprios espíritos, Deus jamais deixa de criar. Sendo assim, a criação de espíritos é um processo constante, não somente na Terra, mas também em outros planetas no Universo. É porisso que o número de espíritos que atualmente estão desencarnados, no plano espiritual, esperando uma reencarnação na Terra, é muito maior do que o número de pessoas que estão atualmente encarnadas...
       Realmente, quando o espírito atinge certo grau de evolução, não precisa mais reencarnar na Terra, e continuará sua jornada evolutiva em outros planos. Porém, assim como uns partem para planos superiores, outros, vindos de planos inferiores, dão início à sua jornada reencarnatória neste Planeta.   
      Assim, podemos comparar o planeta Terra a uma grande escola, onde, ao mesmo tempo em que alguns alunos se formam e deixam a escola, outros nela ingressam. E a escola, por sua vez, à medida que amplia suas instalações, pode oferecer mais vagas. Portanto, o aumento do número de pessoas na Terra em nada inviabiliza o conceito da Reencarnação. Pelo contrário, significa que mais espíritos desencarnados terão oportunidades de reencarnar.
       Aqui está a lógica meu amigo!

Michel - Pergunta 3:

 Respondem os espíritas que Deus estaria criando continuamente novos espíritos. Mas então, esse Deus criaria sempre novos espíritos em pecado, que precisariam sempre se reencarnar. Jamais cria ele espíritos perfeitos?

Resposta Fúlvio:

  A teoria de que Deus cria seres "em pecado" não é espírita. Quem defende que os seres são criados já em pecado geralmente são Católicos e alguns Evangélicos.
              Segundo o Espiritismo, Deus cria os espíritos "simples e ignorantes" e dá a eles a chance de evoluírem por si mesmos. Ao atingir certo nível de evolução, não precisarão mais reencarnar neste Planeta, porém prosseguirão sua jornada evolutiva em outros mundos mais elevados.
              A pergunta: "Deus jamais cria espíritos perfeitos?" é tendenciosa. Ora, se alguém já nascesse perfeito, não precisaria estar aqui para aprender e para evoluir!!! O mais importante é que a Doutrina da Reencarnação não possui as contradições contidas em alguns dogmas, nos quais as pessoas já nascem pecadoras, imperfeitas, sofrendo, sem nada terem feito para merecer tal sofrimento. A doutrina da Reencarnação não tem contradições!

Michel - Pergunta 4:

 Se a reencarnação fosse verdadeira, o nascer seria um mal, pois significaria cair num estado de punição, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza Morrer, pelo contrário, significaria uma libertação, e deveria causar-nos alegria. Ora, todo nascimento de uma criança é causa de alegria, enquanto a morte causa-nos tristeza. Logo, a reencarnação não é verdadeira


Resposta Fúlvio:

   Pelo contrário: A Reencarnação significa um contínuo aperfeiçoamento! Além disso, para aqueles que erraram em uma vida anterior, se não houvesse a Reencarnação, eles iriam para o inferno! Será que alguém preferiria ir para o inferno do que ter uma nova chance?  Jamais!
      Agora, imagine uma criança que já nasce cega, ou com paralisia, ou com câncer. Sem a Reencarnação ficamos sem uma explicação lógica para tal fato.
      Por outro lado não teria sentido dizer que uma criança nasce deformada ou paralítica para demonstrar "As obras de Deus"!!! Que tipo de obra seria essa em fazer uma criança sofrer terrivelmente sem que nada tenha feito para merecer tal sofrimento? Isso seria obra de um Deus mal, cruel e sádico. A Reencarnação não apresenta esta contradição, pois, segundo ela, ninguém sofre sem merecer!
 

Michel - Pergunta 5:

Vimos que se a reencarnação fosse verdadeira, todo nascimento seria causa de tristeza. Mas, se tal fosse certo, o casamento - causador de novos nascimentos e reencarnações - seria mau. Ora, isto é um absurdo. Logo, a reencarnação é falsa

Resposta Fúlvio:
 

   Mais uma afirmação baseada em pressupostos FALSOS.
Afirmar que todo nascimento seria causa de tristeza é um absurdo! Como uma nova chance pode ser uma tristeza? Quer dizer que, se alguém fez algo errado e, ao invés de ser condenado a uma pena eterna, recebe uma nova chance, isso é causa de tristeza?  Absurdo! 
E, com base nesta afirmação falsa, chega-se a uma conclusão falsa: "o casamento, por causar novos nascimentos e reencarnações seria mau". Isso  pode ser considerado, tecnicamente, uma Falácia.
Então, neste "pretenso" argumento, tudo está equivocado: Uma premissa falsa, baseada em um pressuposto falso, levando a uma conclusão falsa.

 

Michel - Pergunta 6:

  Finalmente, a doutrina da reencarnação vai frontalmente contra o ensinamento de Cristo no Evangelho. Com efeito, ao ensinar a parábola do rico e do pobre Lázaro, Cristo Nosso Senhor disse que, quando ambos morreram, foram imediatamente julgados por Deus, sendo o mau rico mandado para o castigo eterno, e Lázaro mandado para o seio de Abraão, isto é, para o céu. ( Cfr. Lucas XVI, 19-31) E, nessa mesma parábola Cristo nega que possa alguma alma voltar para ensinar algo aos vivos.
Porque o rico não "reencarnou" para pagar seus erros???????

Resposta Fúlvio:

"Não vos prendais à letra que é assassina, mas ao espírito da letra" (2 Cors. 3:6).

Qualquer um que queira interpretar a Bìblia "ao pé da letra"  irá se deparar com várias contradições, que podem ser estudadas aqui mesmo neste site:

http://br.geocities.com/logica_reencarnacao/contradicoes_biblicas.htm

Além disso, a Bíblia sofreu, durante mais de 2.000 anos, inúmeras adulterações. Há, inclusive, provas, com os originais em Hebraico e em Grego, de que os trechos existentes na Bíblia, que falavam sobre Reencarnação, foram retirados.

http://br.geocities.com/logica_reencarnacao/alteracao_biblica.htm

Então, posso lhe dizer que: Mesmo que estivesse escrito, na Bíblia, que o rico "reencarnou", para pagar por seus erros, com certeza os primeiros tradutores da Igreja teriam retirado tal trecho, ou alterado o mesmo , assim como fizeram com os trechos apresentados no link acima!

Então, com tantas adulterações, a Bíblia perdeu sua credibilidade como livro "infalível". Então temos duas opções para analisar tais trechos:

1. A Fé cega,
2. A lógica para separar o que é coerente ou não

Eu ainda fico com a Lògica!


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