Prefácio e
Sinopses dos livros de Emmanuel, psicografados por Chico Xavier.
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Crer e Agir
Mensagens Baccelli, Carlos
IDEAL 1986
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- Nota de amigo
Entregando-te este livro que devemos à cooperação de dois amigos, solicitamos vênia
para esclarecer que todo livro se reveste de função específica e, por isso mesmo, todos
eles possuem especial importância.
Entretanto, organizamos este volume leve entendendo que muitas vezes, no contexto de
nossos problemas, será numa frase, num apontamento indireto, numa sugestão isolada ou em
algumas páginas breves que encontraremos a desejada solução.
Estudando aqui, sem qualquer pretensão, nossos caminhos e diretrizes, rogamos ao Senhor
Jesus nos ilumine e nos abençoe.
- Emmanuel
(Uberaba, 12 de outubro de 1985)
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- Abrigo
- Mensagens IDE 1986
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- Leitor amigo
No mundo físico, debatem-se hoje as criaturas sob múltiplas tempestades.
O armamentismo domina o orçamento das Nações.
Conflitos enxameiam no Oriente, enquanto a vida ocidental sofre a expectativa de
confrontações bélicas de resultados imprevisíveis.
Lutas de classes, desvinculações contundentes, processos de angústia, moléstias de
etiologia obscura inusitada explosões de violência, invadem comunidades inteiras,
estabelecendo a insegurança e o medo em todas as direções.
Onde os recursos defensivos?
Procura-se ansiosamente um refúgio de socorro que alivie mentes e corações.
Eis a razão deste livro simples em que procuramos demonstrar que todos nós, os
espíritos encarnados e desencarnados em evolução na Terra, temos um abrigo seguro e
único em Jesus, com a prática dos ensinamentos que ele nos deixou em seu testamento de
luz inextinguível e de amor imortal.
- Emmanuel
Uberaba, 15 de maio de 1986
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- Essencial, O
- Mensagens CEU 1986
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- O ESSENCIAL
- Todos concordamos - afirmou um amigo, interpretando o pensamento de muitos circunstantes
- em que não nos será lícito esquecer o valor dos grandes livros que asseguram a
estabilidade da Civilização.
Uma estrela pode retratar-se num poço de água límpida, à vista da imensa distância
que os separa, mas a Ciência, a Filosofia, a Religião e a História de modo integral,
não se enquadram num opúsculo...
O companheiro fez longa pausas e acentuou.
Os problemas da vivência, no relacionamento humano, porém, guardam com Jesus, o
ápice da síntese, quando Ele, o próprio Divino Mestre, nos recomendou:
Amai-vos uns aos outros tal qual eu vos amei. O Senhor demonstrou que nos é
possível, em matéria de vida e amor, elevação e paz, obter a condensação de grandes
ensinamentos para a edificação do nosso mundo íntimo, com o máximo de reflexões num
mínimo de tempo...
E prosseguiu:
Aqui mesmo na Terra, dispomos de muitas frações de minutos e até mesmo de horas, em
múltiplos lugares. Gastamos, por vezes, vários pedaços de tempo, em salas de espera; na
expectativa do encontro marcado com amigos que se vêm obrigados a retardar a própria
chegada; nos longos trajetos de ônibus; nas filas de atendimento em repartições, cuja
elasticidade dos serviços necessitamos; nas ocasiões de repouso corpóreo, nas quais é
indispensável se faça a reparação de determinado órgão do veículo físico que
usufruímos...
E concluiu:
Por que não solicitar de uma amigo espiritual um volume contendo frases curtas e
idéias renovadoras, nas quais se nos faça possível meditar em torno de certas lições
e diretrizes da vida e assimilá-las devidamente? Um livro simples e sem pretensões que
seja para nós outros um repositório do essencial ?
Amigo leitor, dos enunciados a que nos reportamos nasceu este livro que te colocamos nas
mãos, respeitosamente.
Um volume simples, de temas essenciais para atitudes essenciais.
Ao entregar-te, assim, o trabalho aqui configurado, rogamos a Jesus, o nosso Divino
Mestre, nos inspire e nos abençoe.
- Emmanuel
Uberaba, 20 de março de 1986
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Reconforto
Mensagens GEEM
1986
Amigo leitor.
Devotado companheiro e nós outros, em trânsito para os sítios que demandávamos, nos
achamos, quase de inesperado, à frente de grande multidão, numa praça terrestre, quando
um irmão de nossa viagem, nos questionou:
- Que escreverias para esta imensa aglomeração humana, constituída, aliás, por nossos
irmãos da estrada evolutiva?
Centralizei a atenção nos circunstantes que renteavam conosco e em todo vi brilhar a
chama da esperança, mas não me detive a destacar os chamados "felizes da
Terra".
Muitos ali traziam na face os estigmas da inquietação e do sofrimento.
Mulheres que ostentavam constelações de jóias no peito, mostravam pesadas cruzes na
intimidade da própria alma; cavalheiros corretamente apessoados, revelando a elevada
posição que lhes assinalava a situação na hierarquia social, exibiam no cérebro
densas nuvens de expectação; toda uma legião de homens patenteava no próprio aspecto,
as tribulações que lhes atormentavam a vida íntima; esse escondia as lágrimas por um
filho morto; aquele recordava a esposa internada num sanatório para toxicômanos; outro
memorizava o montante das próprias vidas; outros muitos ocultavam os sinais da moléstia
grave de que se sabiam portadores; jovens aparentemente despreocupados, exteriorizavam
mentalmente o desequilíbrio que lhes marcava os sentimentos; outros apresentavam o
coração dilacerado pelos conflitos do lar em que haviam nascido; e muitos outros
carregavam no próprio corpo as raízes da enfermidade que, mais tarde, os conduziria para
a morte.
Sem qualquer pretensão, experimentei tremendo impulso de solidariedade, desejando
permanecer ali, junto aos companheiros em provação e respondi ao nosso interlocutor:
- Sim, se me for permitido endereçar algumas páginas dedicadas aos irmãos que sofrem no
mundo e que se acham entranhados nesta multidão enorme, espero que o Senhor Jesus Cristo
me inspire a escrever sobre reconforto.
Aqui tens, leitor amigo, a origem deste volume desataviado e simples que te colocamos nas
mãos.
Emmanuel
Uberaba, 11 de março de 1986
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Canais da Vida
Mensagens CEU 1986
A palavra canal em significação justa na Língua Portuguesa, expressa habitualmente
uma via aquática, construída pelo homem, para fins de trabalho e progresso ou pode
traduzir-se por meio ou recurso de ligação.
Prevalecemo-nos, porém, de semelhante expressão para designar os médiuns que se fazem
intermediários entre os vivos da experiência física e os vivos do Plano Espiritual.
Se comparado à árvore frutífera, conforme a feliz definição de Allan Kardec, No item
número 10 , do Capítulo XIX, intitulado A Fé Transporta Montanhas, de
O Evangelho Segundo o Espiritismo, necessita de disciplina e permanência em
trabalho, a bem do próximo, sem a pretensão de superestimar -se ou de promover-se a
destaque , acima dos companheiros .
Simbolizando-se o médium por estrada, ser-nos-á fácil compreender reclama constante
vigilância e proteção, com sinalização adequada à segurança do trânsito.
Segundo essa idéia, todo médium, para ser um caminho de ligação entre ele e as
entidades espirituais que se comunicam, precisa, não só do apoio e da compreensão
daqueles que o cercam, mas também de estudo e orientação que lhe confiram
discernimento.
Se configurado na condição de uma fonte, quem lhe deseje os serviços, não lhe
vasculhem a vida e sim lhe respeitem as condições e os sentimentos, porque, assim qual a
fonte agitada no fundo não consegue doar água limpa ao sedento, o médium conturbado
pela irreverência alheia, não disporá de cérebro lavado para ser fiel ao pensamento ou
ao recado dos Espíritos benevolentes e amigos.
Se aceito na posição de um canal, é imperioso seja tratado, convenientemente, para que
a linfa da verdade seja transmitida através dele, sem contaminar-se com o lado das
paixões ou dos propósitos subalternos.
Neste livro sem atavios e sem teorias complicadas, examinamos com os leitores amigos as
diversas situações mediúnicas, para concluir que os medianeiros humanos, para
desempenharem corretamente a tarefa de que se acham investidos, não dispensarão os
esclarecimentos de ordem superior .
E para que se cultive a mediunidade responsável e segura, é aconselhável que o
medianeiro na Terra siga o seu próprio caminho sem se afastar do convívio e da prática
dos ensinamentos de Jesus.
Emmanuel
Uberaba, 15 de junho de 1986
284
Jesus em Nós
Evangelho GEEM 1986
Todas as nações ou quase todas as nações se apressam, atualmente, a
efetuar a aquisição de mais apetrechos nascidos do progresso a que nos referimos, a fim
de demonstrarem eficiência e grandeza.
Mais aviões.
Mais helicópteros.
Mais navios modernos.
Mais submarinos de alta resistência.
Mais carros de luxo.
Mais caminhões.
Mais televisores.
Mais aparelhos de refrigeração.
Mais conjuntos de som.
Mais telefones.
Mais elevadores.
Mais motocicletas.
Mais gravadores.
Seria infantilidade de nossa parte censurar a evolução, porque a revolução é
irreversível.
Ninguém se lembrará de trocar um automóvel por um carro de bois.
Entretanto, será justo notar que o avanço tecnológico, por si só, não basta à
sustentação da segurança na vida comunitária.
Consulte-se a estatística dos óbitos motivados pelas máquinas nos tempos últimos e
chegaremos à lamentável conclusão:
- Deus permitiu que a Terra se beneficie com o progresso tecnológico, mas o homem fez os
acidentes pela precipitação, pela impulsividade exagerada, pela imprudência, pela
irresponsabilidade ou pelos hábitos infelizes.
Este livro (1) simples pretende afirmar que necessitamos de mais amor para usufruir
construtivamente as facilidades que nos enriquecem a existência no Planeta, porquanto só
o amor de uns pelos outros, segundo as lições do Cristo, conseguirá criar o respeito e
a solidariedade, capazes de estabelecer, no mecanismo de nossas relações mútuas, a paz
entre as criaturas e o discernimento da justiça.
Emmanuel
Uberaba, 20 de Junho de 1986
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- Trevo de Idéias
- Mensagens GEEM
1987
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- Amigo Leitor.
Foi um simpósio formado de amigos.
Cada qual sugerindo determinada abertura de caminhos espirituais, destinados a auxiliar a
comunidade humana.
Comentou-se o trabalho da assistência social; de prevenção contra acidentes; do apoio
de urgência à penúria desvalida; de proteção à infância; de auxílio a idosos
desamparados; da extinção dos processos de violência; do socorro às vítimas das
enfermidades contagiosas; de amparo ao doentes sanatorizados e de libertação e alívio
dos obsidiados.
Ao termos das tarefas, um amigo me observou:
- A nossa reunião parece ter sido um trevo de idéias. Estradas abertas para diversos
rumos, planos de ação, considerando diversos objetivos...
Concordamos.
E tanta originalidade encontramos na imagem do companheiro, que neste nosso despretensioso
livro de reflexões e de notas colocamos no frontispício:
- Trevo de Idéias.
Emmanuel
Uberaba, 28 de fevereiro de 1987
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- 298
- Hora Certa
- Mensagens Emmanuel/André Luiz
GEEM 1987
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- "As ocorrências difíceis da vida terão, acaso, um momento
previsto para emergirem dos arquivos do Tempo? Os acidentes e as desencarnações
violentas serão esquematizados, segundo as dívidas das criaturas humanas em existências
passadas e conforme o imperativo dos resgates respectivos no presente?"
Amigo, as suas perguntas são idênticas às indagações de numerosos companheiros,
sugerindo-nos a imersão nos estudos do Karma ou lei de causa e efeito.
Entretanto, os princípios de causa e resultados, nas manifestações que lhes dizem
respeito, sofrem muitos agravantes e atenuantes no transcurso dos dias, de acordo com as
renovações ou desregramentos de cada companheiro da Humanidade, e isso nos exigiria
tratados especiais, em torno do assunto, dos quais, aliás, já se incumbem nobres
mentores da ascensão espiritual, reencarnados do mundo.
Nesse sentido, pedimos vênia aos amigos que nos aguardam a palavra para recorrermos às
lições práticas da Natureza.
Toda semente que plantarmos nos responderá, em hora certa, com a produção que se lhe
vincule à espécie.
No entanto, ponderemos:
O tempo gasto pela bolota a fim de apresentar o carvalho nascente não é o mesmo
despendido pela semente de laranjeira para mostrá-la no berço; a plantação da cidra
não premia o pomicultor com os frutos esperados em processo idêntico ao do alface. No
capítulo das flores, o bulbo da amarílis não entretece a auréola colorida que o
distingue no mesmo número de semanas em que o plantio de cravos no-los oferece à
contemplação.
Cada elemento do mundo vegetal tem a hora exata de se desenvolver, germinar, florir ou
frutescer.
Este livro simples não tem a pretensão de resolver problemas de botânica.
Todas as páginas que o constituem expressam a necessidade de preparar-se o coração, de
modo a receber, com êxito, as sementes de amor e paz, luz e renovação que nos foram
confiadas pelo Celeste Promicultor, Jesus Cristo.
O lavrador limpa a eira, esmonda o solo, retira pedras e espinheiros, espalha adubos e
promove a irrigação para que a lavoura produza a benefício da comunidade.
Assim também ocorre a nós outros.
Para assimilarmos os ensinamentos de Jesus na gleba de nossas próprias almas, é preciso
agir à maneira do lavrador.
E as páginas despretensiosas deste volume representam unicamente o nosso esforço na
preparação de nossos raciocínios e sentimentos para que as sementes do Evangelho do
Senhor não hajam chegado até nós em vão.
Emmanuel
Uberaba, 15 de Outubro de 1986
- 299
Ação e Caminho
Mensagens IDEAL 1987
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Leitor Amigo:
Ação é movimento, criatividade e trabalho.
Caminho é diretriz, segurança e realização.
Este volume despretensioso formado por avisos, lembretes, sugestões e planos é ação
recordando os melhores caminhos para a concretização de nossos desejos e idéias.
Eis, porque, transformamo-lo numa oferta de amigo, no propósito de não nos perder do
rumo para o encontro com Jesus Cristo, o nosso Divino Mestre e Senhor.
- Emmanuel
(Uberaba, 30 de junho de 1987)
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- 304
Plantão da Paz
Mensagens GEEM 1988
Plantão da Paz?, dirá o leitor amigo.
Por quê?
Porque a paz resulta da paciência e da tolerância, da compreensão e do amor.
Pensamos nas equipes de limpeza, no grupo dos guardas-noturnos, frustrando desastres e
delitos, nas turmas de enfermagem, nos serões dos trabalhadores que se aproveitam da
noite para se prevenirem contra os atrasos em serviço, e aqui estamos, procurando semear
a concórdia e o entendimento, a calma e o trabalho pacífico, no sentido de socorrer os
irmãos prestes a cair na cólera, na impaciência, no desânimo e na agressão,
buscando-lhes os pensamentos para auxiliá-los a refletir.
Plantão da paz! Eis aqui o nosso modesto esforço pelo bem da comunidade, esperando que
os amigos da Terra nos compreendam e que Jesus a todos nos inspire e abençoe.
Emmanuel
Uberaba, 5 de julho de 1987
- 312
Alvorada do Reino
Mensagens IDEAL 1988
- Disse-nos Jesus
"O Reino de Deus está dentro de vós".
Que interpretação devemos dar à semelhante afirmativa? Se o Reino de Deus está dentro
de nós, por que as práticas religiosas para encontrá-Lo? perguntam-nos muitos amigos.
As práticas religiosas respeitáveis são sempre valioso trabalho para que venhamos a
desentranhá-lo das sombras que conhecemos sob os nomes de "vaidade",
"orgulho", "crueldade", "ódio", "indiferença",
"egoísmo", "indisciplina" e "inconformação" - sombras que
nos envolvem o sentimento, ao modo do cascalho que encerra o diamante.
Comparemos os prenúncios do Reino de Deus em nós com a alvorada de cada dia.
O Sol que nos sustenta não aparece de jato no firmamento. Na escuridão das primeiras
fases da madrugada começam a surgir aberturas róseas de luz, aqui e ali, quando não
estejam sob o peso de nuvens que lhes ocultam temporariamente a beleza.
O processo de liquidação das trevas é sutil e vagaroso.
Os núcleos luminosos, somente a pouco e pouco, aumentam em brilho e número, até que as
sombras, necessariamente extintas, abandonem os Céus, para que o Sol resplandeça e
alimente todas as vidas que evoluem na Terra.
Assim também nós, sob a carapaça das importações e defeitos, adquiridos em múltiplas
estâncias de trabalho e experiência, com o esforço de auto-aperfeiçoamento que as
revelações religiosas nos oferecem, vamos criando forças de libertação com as quais
surgem os primeiros clarões de vida nova, em meio das sombras que ainda se nos adensam no
campo íntimo, em forma de faltas e desacertos porque, atravessando dificuldades
numerosas, vamos, assim, multiplicando os valores espirituais em nós mesmos,
rejubilando-nos com os pontos de luz interna que vamos adquirindo, até que os nossos
nevoeiros se disfarçam e possamos usufruir as irradiações do Reino de Deus, em nós
próprios, identificando-nos com a Imortalidade em plena luz.
- Emmanuel
Uberaba, 15 de março de 1988
- 317
Construção do Amor
Mensagens CEU 1988
Amigo Leitor
Pergunta-se-nos como se constrói o amor, qual se deseja; uma integração das criaturas
com outras criaturas, de modo que se amem desde as nascentes do afeto da sublimação, no
qual se ajustam uma às outras no Amor Infinito de Deus.
Imaginemos o amor como sendo a construção de um palácio, construído necessariamente
por variadas peças . Semelhantes peças seriam nomeados por diversas designações , como
sendo: animalidade, simpatias, brutalidade, antipatias, egoísmo, solidão, ciúmes,
felicidade, tirania, crueldade, possessão, desventuras, poligamia, ansiedades, desgaste,
trabalho, união, cuidados, desunião, entendimento, família, incompreensão, esperança,
abandono, desgostos, proteção, rixas, harmonia, alegrias, desajustes, tristezas,
confiança, lealdade, tolerância, infidelidade, perdão, conciliações, renúncia.
Reconciliações Sublimação.
São esses alguns dos elementos indispensáveis à aquisição das experiências que são
selecionadas pelo próprio espírito, através de numerosas reencarnações na Terra ou em
outros mundos. A extinção de cada item negativo e a criação de cada qualidade
edificante exigem por vezes séculos e séculos.
Este sem a pretensão de ensinar, é apenas um esforço modesto de companheiro e servidor
para que nos decidamos a cultivar as características nobres do amor, resgatando nossos
débitos prováveis, no curso das existências inúmeras, até chegarmos à sublimação
que nos fará partícipes do Amor Ilimitado de Deus.
Emmanuel
Uberaba, 11 de junho de 1988
- 320
Indulgência
Mensagens IDE 1989
Amigo Leitor
A indulgência é a outra face da caridade.
Emmanuel
(Uberaba, 20 de janeiro de 1989)
326
Refúgio
Mensagens IDEAL 1989
Quase que, por toda parte da Terra, encontramos os companheiros sofredores ou
desorientados, à feição de viajores sem bússola, que lhes aponte o rumo certo.
Muitas vezes, estarão detendo a fortuna amoedada e outros exibem superioridade
intelectual manifesta pela inteligência cultivada que já conquistaram, mas transportam
consigo o íntimo atormentado que procuram disfarçar. Isso, porém, não os torna menos
infelizes.
Tanto quanto ocorre aos irmãos francamente desventurados, seja pela penúria material ou
por amargas provações ocultas, guardam a impressão de que o frio da adversidade lhes
vergasta a vida por dentro de si mesmos.
E a lista desses companheiros se alonga, cada vez mais, conforme se nos faz possível
relacionar: os doentes; os desabrigados; os esquecidos; os angustiados; os perturbados; os
tristes; os cansados; os desesperados; os quase suicidas; os abandonados; os revoltados;
os desanimados; os desiludidos; os arrependidos; os desvalidos; os insatisfeitos; os
desnorteadores; os marginalizados; os injuriados; os que carregam o fardo da direção; os
que administram, entre a inquietação e a responsabilidade; os subalternos
incompreendidos; os desempregados por culpa própria; os que cometem atos puníveis pela
justiça; os desertores do próprio dever; os sanatorizados sem razão; os acusados por
faltas que não perpetraram; os que a necessidade costuma enlouquecer de sofrimento; e
tantos outros que não conseguimos enumerar.
Para esses companheiros sob a ventania das provações foi escrito este livro. Por isso
mesmo, denominamo-lo "Refúgio". Que este refúgio de paz e amor, compreensão e
boa vontade, possa confortá-los e reerguer-lhes o ânimo, em nome de Jesus, nosso Divino
Mestre e Senhor, são os nossos votos.
Emmanuel
Uberaba, 15 de Março de 1989
Veja prefácios de Emmanuel da coleção de livros de
André Luiz psicografados por Chico Xavier
Veja prefácios de todas as obras psicografadas por Chico
Xavier em