O dia amanhece calmo na mansão, eram poucos os que sabiam do macabro acontecimento daquela madrugada. O gramado estava cheio de poças de água, tinha chovido muito. Muitos galhos de árvores no chão, o vento não esteve para brincadeiras. Scott vai conduzindo Warren até a parte mais alta da colina, onde estavam as duas cruzes. Estava tudo tampado como antes, nada em aberto! Mas a terra da cruz de Psilocke estava nitidamente remexida. Scott pisa em cima, tentando deixar a terra mais compacta possível, não queria que os outros x-men soubessem de nada.

Anjo: Scott, por favor... Não pisa.

Scott: Desculpe...

Scott ajoelha-se no gramado úmido e começa a bater na terra com a mão. 

Scott: Então, Warren? Posso saber o que aconteceu ontem?

Anjo: Fiquei louco, Scott.

Scott: Warren, nós não podemos perder nosso tempo com coisas acabadas. Existe uma grande ameaça bem no centro de Manhattan, é o gueto. Existe a possível ameaça de um membro dos x-men ser seqüestrado, a Jean. Sinistro já deve saber de tudo, eu suponho. É para combater esses males que nós pedimos por sua volta. 

Anjo: Eu sei, Scott. Os x-men precisam de mim. É ótimo que Noturno também tenha voltado. Quero pedir desculpas por essa loucura de ontem. Pedir desculpas por amar alguém que não está mais entre nós. 

Scott: Me explique essa loucura. Vamos... sei que é para esquecer um passado que não tem volta, mas... quero saber o que se passava na sua cabeça, Warren! Que diabos foi aquilo?

Anjo: Até hoje não entendo aquela morte. Foram as forças da aurora rubra que lhe concederam a chance de viver depois que ela quase morreu. E após algum tempo, essas mesmas forças tiram a vida dela! Por que? Eu... eu achei que talvez elas tivessem apenas chamado Psilocke para uma missão, pensei que tivessem recolhido dela sua mente extremamente poderosa de telepata. Mas que seu corpo... que seu corpo estaria intacto! E que um dia elas lhe devolveriam a chance de voltar ao corpo. Queria entender, Scott! Queria entender se era realmente isso que tinha acontecido!

Scott: Viu que não foi nada disso, não é mesmo? Ela simplesmente morreu, como todo mundo um dia irá. 

Anjo: Foi, foi isso. A dúvida que me consumia sumiu.

Scott: E se toda essa sua idéia de mente absorvida pelas forças da aurora rubra estivessem certas, Warren? Onde você colocaria o corpo? Na sala?

Anjo: Não... eu não sei... Estava louco...

Scott: Você parece que viu o filme "Fale com Ela" do Almodóvar e ficou impressionado! Warren, uma mulher que adormece por 100 anos e depois volta a si é história de criança. Psilocke não vai voltar. Nunca ouviu a frase de que "pra tudo tem um jeito, menos pra morte"?

Anjo: Cá pra nós, Scott, já aconteceu tanta coisa estranha com os x-men, que eu não duvidaria que isso pudesse acontecer. Por isso resolvi verificar!

Scott: Vamos, vamos colocar os pés no chão e encarar a realidade. Chega dessa história, temos treino agora na sala de perigo. E daqui a pouco chega a médica para examinar Jean. Vamos logo embora daqui com os pés bem no chão, Warren. Esqueça isso. 


Vampira e Gambit saem da sala de perigo, estavam muito suados e cansados. Respiravam pela boca. Os dois sentam no corredor da mansão para descansar. Jubileu passa entre eles brincando.

Jubileu: Ihhh! Que pessoal caído! Vocês não estão com nada...

Gambit: Ah, petite! Vai treinar o que nós treinamos e depois nos conte como você vai ficar!

Vampira: Fica só zoando a gente, que eu ligo pra Rainha Branca e digo que não te queremos mais aqui!

Jubileu: Ahhhh - Ela faz beicinho triste.

Vampira: Tô brincando, gatinha. Nós gostamos de você, sua sapeca!

Jubileu vai para cozinha rindo. Vampira e Gambit ficam sozinhos no chão, cada um encostado numa parede. Gambit tira o sobretudo e coloca no chão, estava com calor. Ele faz travesseiro do sobretudo e deita no chão. Fica olhando pra Vampira, mandando beijinhos cansados. 

Vampira: Remy, Scott veio com uma conversa estranha pra cima de mim hoje...

Gambit: Que conversa, mon amour?

Vampira: Veio me perguntar se por acaso eu tinha algum aparelho inibidor de poderes...

Gambit: Pourquoi? Pourquoi ele teria essa idéia? 

Vampira: Sei lá... Ele disse que viu uma cena estranha entre eu e você ontem. Disse que pensou ter visto um beijo!

Gambit: Ah, Mon Dieu! Notre Dame!

Vampira: Eu despistei. Disse "que isso, tá maluco, chefe?! Se não fui eu mesma que destruí aquele antigo colar??!! Se não fui eu mesma seqüestrada por causa dele?!"

Gambit: E ele, mon amour?

Vampira: Ficou um pouco menos desconfiado. Mas ainda está com a pulga atrás da orelha. Quis me tocar, pra ver se eu não tinha aprendido a controlar meus poderes.

Gambit: Como assim quis te tocar? - Gambit senta irritado, colocando o sobretudo no colo furioso.

Vampira: Deixa de ser ciumento, seu bobo. Ele quis fazer um teste! Queria tocar minha mão. Ei, como você é bobo...

Gambit: Ahn, continua!

Vampira: Então eu empurrei ele, falei que ia se machucar se me tocasse. Que ele deveria ter visto demais, eu não beijei ninguém. Mas Scott disse, que como líder da equipe, nada pode ser escondido dele. Que uma evolução de controle de meus poderes deve ser informada a toda a equipe, para ser melhor trabalhada. E que se por acaso eu tivesse alguma coisa inibidora de poderes, também era pra ser avisar. Todos nós estaríamos correndo risco com isso!

Gambit: Ah! esquece, chere! Scott é muito politicamente correto. Ninguém está correndo risco! Não deixe que ele coloque caraminholas na sua cabeça.

Vampira: ...

Gambit: Chere? Que tal um banho agora?

Vampira: Juntos?

Gambit: Quer que eu responda?

Vampira: Eu acho o banho uma... ótima idéia!


Fera recebe a médica ginecologista obstetra na mansão. Ele a conduz até o quarto de Jean e Scott.

Scott: Entrem, podem entrar. - Fera e a médica entram.

Fera: Scott e Jean, essa daqui é a doutora Miriam. Ela é uma antiga conhecida minha. Eu não me formei em medicina, mas vivia nas áreas biomédicas da faculdade. Sou um cientista muito versátil, ficava colocando o bedelho em todas as áreas... ah! Saudades da faculdade!

Miriam: Hank sempre foi um amor. - Fera usava indutor de imagem. Sempre usou o indutor na faculdade e na rua. 

Fera: Você que é um amor, Miriam. E por falar em amor, essa é sua nova paciente Jean Grey. Cuida dela direitinho, hein? 

Miriam: Por que você mesmo não ficou encarregado desses exames, Hank?

Fera: Eu não sou formado, muito menos especializado nessa área, Miriam.

Miriam: Ora, Hank! Você é um gênio! Talvez fizesse isso melhor do que eu. 

Fera: Não, Miriam, melhor não... Até porque Jean é uma moça muito recatada, iria ficar com vergonha de eu ter que examiná-la. 

Miriam: Que isso menina, ele é um médico...

Jean: Eu não disse nada.... - Jean está vermelhinha. 

Fera: Já disse pra todo mundo nessa casa que eu sou o encarregado da área médica e científica... Mas não adianta... São todos uns envergonhados! Meus olhos não vêem sexualidade num corpo quando eu o examino, eles só vêem a máquina humana. Os aparelhos humanos. Quando trabalho, o corpo humano é um conjunto que tem que funcionar perfeitamente. Não importa onde eu tenha que mexer, são só partes da máquina e devem todas serem examinadas. Somos todos assim, é a natureza humana. 

Miriam: Meus pacientes dizem que eu sou maluquinha! Porque eu falo tudo, gosto de deixar tudo bem explicadinho; com médica Miriam não existe vergonha. Querida, todo mundo tem boca, mão, nariz, ouvido, todo mundo passa mal, todo mundo coloca secreções pra fora, uns têm canal vaginal e... essa é a minha área! Eu cuido de canal vaginal, trompas, ovários e útero! É minha vida, adoro colocar crianças no mundo. Só quero deixar você a mais confortável possível e não deixar nenhuma dúvida te corroendo. 

Scott e Jean ficam super vermelhos, ele pigarreia meio sem jeito. Jean até gostou da médica maluquinha, Scott ficou um pouco receoso dela. Mas lembrou-se que foi Fera quem a indicou, deveria ser uma ótima profissional. Só estava sendo franca, não falava nada mais do que a verdade!

Fera sorri das coisas ditas por Miriam, ele sempre gostou muito dela. 

Fera: Bom, eu vou me retirar agora. Vamos fazer o seguinte, depois de examiná-la você passa no meu escritório e... Scott, você mostra o escritório a ela?

Scott: Mostro, claro.

Fera: Passa lá, me diz todos os conselhos que você deu a Jean, que eu vou supervisionar a gravidez dessa adorável mulher de cabelos vermelhos. Me diz tudo que eu tenha que fazer, caso algo aconteça.

Miriam sorri.

Miriam: Ótimo! Hank será o submédico! 

Fera sai do quarto. Miriam pede para Scott sentar-se em algum lugar longe do campo de visão da área de exame. Scott senta-se ao lado do rosto de Jean. Miriam pede que Jean  coloque uma roupa especial de exame. A médica coloca a luva. 

Miriam: Horrível, né? Mais parece uma super saia que a gente sobe até quase os ombros! Eu chamo isso de modelito Yves Saint Louren!

Jean: É... Alta costura internacional! - Jean sorri. A médica a deixava super confortável. 

Miriam: Alguma coisa acontecendo de errado com a senhorita? 

Jean: Não... Eu só estou tendo muitos problemas...  Ontem levei um susto grande e fortes emoções.

Miriam: É? ... Hum, procure ficar longe de problemas, mocinha. Isso faz mal. Sua pressão é alta? Se for é pior ainda. Eu vou tirar sua pressão quando terminar isso aqui... Eu vou colocar agora, tá? Fica calminha que isso não dói nada nem pra você, nem para seu bebê. 

Jean dá um leve gemidinho. Miriam está atenta a tudo, inclusive ao gemidinho quase mudo. Acalma Jean dizendo que já vai terminar. Ela aperta a barriga de Jean enquanto faz isso.

Miriam: Eu tenho que apertar mesmo. Quero sentir tudo aqui dentro dessa barriga.

Miriam termina o exame de toque. Troca o par de luvas, abaixa o modelito para apalpar os seios da paciente.

Miriam: Ia ficar com vergonha de seu amigo Hank fazendo isso, ne?

Jean: Ia, não vou mentir....

Miriam: Eu sei, foi por isso que ele me chamou. Mas Hank é brilhante em tudo que faz, sempre leio os livros que ele publica! Mas acho que ele também deve ter ficado receoso de ser seu médico, sem ter muita experiência nessa área. 

Jean: Hank é um grande amigo, de longa data. Mas... isso não. Me sinto mais confortável com uma mulher.

Miriam: Compra um óleo de amêndoas, tá querida? Seus seios já são grandes e vão aumentar bastante, pode dar estrias. O mesmo óleo na barriga. Já pode começar a usar ontem!

Jean sorri.

Miriam: Médico é fogo! Ele diz tudo o que o paciente tem que fazer, mas nunca faz igual. Eu tenho três filhos, não usava esses óleos direito... hoje sou uma mulher de estrias.

Jean sorri mais um pouco. 

Miriam: Moça, o exame de hoje é basicamente isso. Sua pressão está ótima! Semana que vem eu vou querer você no meu consultório para primeira tacharam!!! primeira ultra-sonografia!

Scott fica animado e sorri.

Miriam: Não se anime, senhor! Vocês não vão ver nenhum bebê, só vão ver borrões. Quem vai entender alguma coisa ali sou eu mesma, mas vou tentar explicar tudinho. Por enquanto eu quero dizer algumas coisinhas, que vou repetir ao Hank: Faça exercícios físicos - mal sabia Miriam o quanto Jean já fazia - mas nada muito pesado, moça; estou vendo seu corpo e pelo visto a senhorita gosta do agito! ... Alimentação! Sabe quantos quilos no máximo a senhorita pode engordar?

Jean: Não...

Miriam: Sete! Cada quilo a mais que engordar além de sete, vou te dar um puxão de orelhas! Não vai ficar igual a essas mulheres que engordam 10, 15 até 30 quilos na gravidez, hein?! Um bebê nasce em média com uns 3 quilos, mais o peso da bolsa dágua um quilo, mais ou menos... Então, por que engordar mais que sete? Faz mal para criança! Pode criar um processo de diabetes intrauterina! É sério isso... A criança pode nascer com problemas na taxa de glicose.

Jean: Certo.

Miriam: Senhor, Scott Summers! Atividade sexual liberada! Mas... delicadeza, nada de excessos! Se houver sangramento por atividade sexual, me chamem! Acontece muito. Lembrem-se da delicadeza... Tudo certo, moça?

Jean: Tudo certo.

Miriam: Tudo maravilhoso até agora! Está tudo ótimo com você, pressão ótima, o exame de toque revelou que está tudo na mais santa paz aí dentro, você não tem enjoado, nem desmaiado ... perfeita! Se for assim até o final, vai ser uma mãe biologicamente perfeita!

Scott e Jean estremecem. Queriam ficar contentes com o que Miriam disse, mas... Mãe biologicamente ideal e perfeita era o que Sinistro mais admirava em Jean! Eram as provas de que Sinistro sempre esteve certo, um filho de Scott com Jean seria alguém realmente especial. E a mãe biologicamente ideal, já dava sinais de que podia continuar treinando no mesmo ritmo dos x-men, que nada acontecia! Podia sofrer as mais fortes emoções e nada acontecia, os mais fortes sustos e horrores! 

Scott: Obrigado, doutora Miriam. Nós agradecemos muito. O escritório onde Hank trabalha é a terceira porta a direita, nesse mesmo corredor. 

Miriam foi ao escritório e ainda ficou mais meia hora jogando conversa fora com o velho amigo, relembrando o passado. Informou a ele da ótima condição física de Jean, Fera já suspeitava que aquela gravidez seria toda perfeita. Não era a toa que Sinistro grudava tanto nos dois! Informou ao amigo tudo o que Jean devia e não devia fazer, o que deveria comer, o quanto poderia engordar, o que era natural acontecer e o que não era natural acontecer. Fera agradeceu e disse que o cheque dos instituto Xavier seria entregue ao consultório dela na próxima semana. Eles pagariam as duas consultas ao mesmo tempo. Miriam saiu contente daquela mansão por ter revisto o amigo e por ter ganhado uma paciente que lhe daria orgulho de ser obstetra! 


Mercúrio, mais conhecido pelo codinome de Ernesto, trabalhava carregando as caixas de verduras até sua vendinha. O velho o ajudava. Mercúrio soltava ódio pelos olhos, só faltava matar cada soldado que visse pela frente, mas ele sozinho nada podia fazer. Mercúrio estava com ódio daqueles gorilas terem matado o garoto que liderou a primeira rebelião mutante no gueto. Mercúrio nem o conhecia, mas ele conhecia a mesma vontade de liberdade, a mesma justiça e democracia que moveu aquele garoto e todas aquelas pessoas desconhecidas a se juntarem e fazerem as faixas de pedido de socorro, de juntarem pedras na mão e quererem quebrar o portão! Mercúrio não tira da cabeça aquele corpo baleado, largado na calçada de uma rua qualquer. E o descaramento do soldado, dizendo que nem ficha na delegacia o garoto tinha. Tanto o velho quanto ele terminam de arrumar as verduras. A fila na porta já era grande. O velho permite a entrada dos compradores. Vanda era a segunda da fila. Ela entra e vai direto para o fundo pedir alface a Mercúrio.

Vanda: Tem alface?

Mercúrio: Tem, deixa que eu pego pra senhora. 

Quando Mercúrio lhe entrega o alface, Vanda chega perto de seu rosto, disfarçando, e diz baixinho:

Vanda: É ótimo que você trabalhe no comércio, Ernesto. Várias pessoas vêm aqui, eu posso vir sempre sem os merdas desconfiarem.

Mercúrio: E por que você acha que eu e o Velho logo pedimos para ficarmos com a lojinha de verduras?

Vanda: Obviamente isso daqui não dá os mesmos lucros de uma rede de hipermercados.

Mercúrio sorri daquela mulher de olhos mortos, ela parecia ter bastante vida dentro daquela aparente parede branca.

Mercúrio: Não, não dá. Mas me dá uma rede de conhecimentos interpessoais incrível! Todos do grupo vêem aqui diariamente. Não é só você. 

Os dois param a conversa, Vanda vai para o caixa, um soldado entrava na lojinha.

Soldado: Ô, estranho! Pega uma dúzia de cenouras aí e coloca num saco.

Mercúrio: Claro. 

Soldado: Deus lhe pague, hein estranho!

O gorila vai embora sem pagar pelas cenouras. Mercúrio fica irado, morde o canto interno da boca pra não pular em cima do desgraçado. Vanda vai andando como quem não quer nada pela lojinha... como se quisesse escolher mais alguma coisa. Pára ao lado de Mercúrio e os dois conversam sem se olhar, como se cantassem uma música, olhando cada um uma prateleira. 

Mercúrio: Vanda, todo cuidado é pouco. Você viu o que fizeram com o garoto. 

Vanda: Por sinal, eu acho que aquele garoto também deve ter feito alguma rede de amizades e resistência ao gueto. Várias pessoas tinham faixas e tentavam jogá-las pelo muro. Outras tantas tinham pedras e muitas, muitas empurravam o portão.

Mercúrio: Eu sei. Claro que muitos foram como eu; viram a manifestação e resolveram aderir! Até eu empurrei o portão e comecei a pedir que todos empurrassem. Mas com certeza, eles também têm um grupo!

Vanda: Nós temos que descobrir quem eles são!

Mercúrio: Sim, temos que nos juntar. Se eles já tem um grupo, é ótimo.

Vanda: Quantos nós somos agora?

Mercúrio: Somos uns 50 depois que houve a manifestação do portão. Mais gente aderiu! Mas, não somos nós que vamos nos juntar a eles; são eles que vão se juntar a nós. Afinal, nossa estratégia é melhor. Estamos tentando descobrir os poderes mutantes de cada um, enquanto eles fazem manifestações suicidas. 

Vanda: Ótimo. Eu conheço muita gente. Pode deixar que vou acabar fazendo contato com alguém do outro grupo e planejo um intercâmbio. 

Um sujeito todo escamoso e extremamente assimétrico nas feições do rosto aparece correndo na frente da lojinha. Ele entra e cochicha algo no ouvido do Velho no Caixa e vai embora assustado. O Velho olha para o fundo da loja, onde estavam Mercúrio e Vanda. Mercúrio vai até ele ver o que aconteceu. 

Mercúrio: Que foi?

Velho: Ernesto, me deram um endereço. Um beco entre a rua 57 com a rua Roosevelt. 

Mercúrio nem repete o endereço para gravar, simplesmente sai o mais rápido possível da loja, mas sem correr como o mutante Mercúrio sabe correr. Vanda vai atrás dele e correndo bastante, consegue ficar sempre uma rua atrás dele! Mas Mercúrio entra numa ruela estreita sim ninguém e lá ele começa a correr como o mutante! Quando Vanda vira a ruela, não sabe onde está Mercúrio! Ela só vê uma poeira no ar, um ventinho de que algo passou muito rápido ali. Só restava a ela ir correndo do jeito que podia, até encontrá-lo no tal endereço. Mas saberia que chegaria lá muito depois dele. Quando Vanda finalmente chega, encontra Mercúrio e mais quatro homens em volta de uma mulher largada na sarjeta escura do beco. Ela vai se aproximando lentamente...

Vanda: Ernesto? Ela...

Mercúrio: Morta, Vanda! Morta!

Vanda coloca a mão na boca! Dava para ver a poça de sangue em volta da cabeça da mulher.

Homem: O garoto eles mataram lá na delegacia e levaram o corpo pra rua. Mas essa eles mataram aqui mesmo!

Homem2: Tiro na cabeça.

Mercúrio agacha-se ao lado do corpo. Ele pega a mão da morta e não entende direito o que vê. 

Mercúrio: Vanda, corre até a lojinha e chama o velho! Rápido!

Vanda corre o máximo que pode e chegando esbaforida até a lojinha, ela fala que Ernesto pediu a presença do velho lá o mais rápido possível. O velho pede desculpas aos compradores, enquanto os enxotava da lojinha, dizendo que a vizinha dele estava passando muito mal e que a garota veio avisar! Ele fecha a lojinha e vai tentando correr, mas não consegue. Vanda vai arrastando o velho enquanto pode. Chegando lá, Mercúrio já estava impaciente com a demora.

Velho: Não sou como você, Ernesto.  E ainda estou velho. 

Mercúrio: Não interessa, olha! O que é isso?

Mercúrio estende o braço da morta para o Velho ver a mão. 

Velho: Choque elétrico. 

Todos em volta estremecem. 

Velho: Dá pra ver no pé também. Não estão vendo? 

Homem3: Ela morreu com choque elétrico? E esse tiro na cabeça?

Velho: Não! Claro que não. Ela morreu do tiro. O choque foi pra que ela dissesse alguma coisa antes de morrer.

Homem2: Será que disse?

Vanda: O que ela diria? Quem é ela?

Mercúrio: Vanda, essa mulher aqui também estava naquela manifestação. E foi presa junto com o garoto. Mas pelo que parece, veio a morrer um dia depois. 

Todos eles foram fazendo o trabalho de perícia criminal de homicídios na mulher. Começaram a ver, com a ajuda do Velho, que a mulher tinha além das marcas de choque elétrico, um olho roxo bem evidente, uma perna quebrada e um enorme hematoma no ombro esquerdo. O velho examinava mais e mais e dizia "não estão vendo isso aqui? Aqui na barriga, apagaram um cigarro na barriga dela!" O beco foi ficando movimentado, um garoto entrou correndo desesperado. Gritando me contaram, me contaram! Era a tia dele! Coitado, ele seria mais um mutante criança no orfanato de freiras mutantes. Vanda, Mercúrio e os homens se afastaram da mulher quando o garoto chegou. Era uma menino que aparentava ter uns 12 anos, coitado. Ele se agarrou aquela mulher ensangüentada na sarjeta, coitado. Chorava como uma criança sozinha no mundo, sem ninguém; e era o que realmente seria a partir daquele dia. Mal deu tempo dele chorar direito e já se ouvia o trotar de dois cavalos! Logo chegaram dois policias montados. 

Policial: Ah, vocês também já acharam? ... Tudo bem, pessoal, nós já ligamos para a entidade que vai recolher o corpo.

Policial2: A criminalidade aqui nesse gueto é incrível. Mataram mais uma, temos que prender esses assassinos. 

Mercúrio: Então pode começar prendendo os soldados, seus policiais de nada!

Policial: Quê que você disse?

Velho: Nada, senhor. Desculpa, ele não está bem hoje. 

Enquanto isso o garoto só chorava agarrado ao corpo. Ele olha para os dois policiais que tentam tirá-lo de perto do corpo. Mas o garoto não largava a mulher. Um dos policiais resolve descer do cavalo para desgarrar o garoto, mas era inútil. Inacreditavelmente, o outro policial também desceu do cavalo para desgarrar o garoto, e nem os dois juntos conseguiam soltar o menino! Alguma coisa de muito estranha estava acontecendo. O menino foi ficando com os olhos vermelhos e uma fumaça vermelha foi saindo de seu corpo. Um policial fica irritadíssimo com aquilo e apaga seu cigarro na mão do garoto, que dá um berro, mas não larga a mulher. Mercúrio grita "Filho da puta, apagou o cigarro nele!" E corre pra cima do sujeito para dar-lhe murros na cabeça, o policial é obrigado a parar de puxar o menino pra meter o cacete em Mercúrio. Mas não consegue, porque o garoto finalmente solta a mulher; e levanta cada policial com uma mão! Os policias não entendem nada e imploram para descer; o menino os joga contra os cavalos, que acabam tombando no chão e os pisoteando ao tentarem subir de novo. Um dos policiais leva uma patada de cavalo bem na cara! O outro pede reforço policial pelo rádio na cintura para prender o garoto e Mercúrio, os outros homens já tinham ido embora correndo e o Velho arrastava Vanda para longe de tudo aquilo. Mas ela queria ficar com Mercúrio e o garotinho estranho, por isso fazia força para ficar. Um reforço chega e não montado, mas sim motorizado. Descem de cada carro quatro soldados.

Soldado: Policial é sempre merda mesmo. Não consegue resolver as coisas sozinho e chama a gente! 

Os soldados pegaram Vanda e o velho pelos cabelos e foram arrastando os dois para o carro. Outros soldados tentaram pegar o garoto, mas era impossível. Ele tinha uma força incrível e assustou até os cavalos que estavam no beco. Foram necessários seis soldados para pegar um único garoto que ainda destruiu a porta do carro! Mercúrio correu como um raio para libertá-lo dos seis e conseguiu! Mas viu Vanda e o Velho dentro do outro carro gritando! Ele correu cinco quarteirões em menos de um segundo e deixou o garoto lá, voltou correndo para onde estavam Vanda e o Velho, e sem levar nenhum tiro por sua extrema agilidade, ele abriu a porta do carro e tirou os dois! Foi correndo com os dois no colo para 10 quarteirões na direção oposta do garoto, como um raio! Abriu a primeira porta de uma casa abandonada qualquer, e deixou os dois lá dentro! Quando foi correr para pegar o garoto, já estava virando a esquina onde ele estava e ouviu o seguinte:

Soldado: O garoto desenvolveu o poder do gene X!

E depois disso só ouviu e viu um tiro certeiro na cabeça do garoto!

Soldado: Procurem o cara de cabelo branco com o poder do gene X desenvolvido também!

Mercúrio chegou a ver o menino cair em câmera lenta no meio daquela rua vazia, sem ninguém. Ele iria se juntar a tia. Não havia mais nada para Mercúrio fazer ali, saiu correndo em direção a casa abandonada e ficou lá escondido com Vanda e o Velho. Rezando para que Mística voltasse logo!


Gambit estava impaciente no quarto de Vampira. A porta do banheiro estava entreaberta, e o cajun via a silhueta daquela perfeição no chuveiro. Ele queria entrar logo. Mas ela pedia calma, ele já entraria. Gambit coloca o cajado na nuca e espera. Explode uma ou outra carta impaciente. Falava uma ou outra frase em francês que Vampira não entendia. Vampira permite que ele entre, e é justamente nessa hora que o telefone do quarto dele toca. Ele queria que aquele telefone tocasse até explodir, mas ninguém nunca ligava pra ele. O que poderia ser? Gambit abre a porta do banheiro e diz:

Gambit: Ma belle, Remy Lebeau volta em um segundo! Eu prometo!

Vampira: Quando eu deixo entrar, você desiste?

Gambit: Jamais, chere! Desistir de você jamais! 

Ele sai do quarto dela e entra correndo no próprio quarto. Atente o telefone que quase já não tocava mais. 

Gambit: Alô?

Karen: Oiiii. - Uma voz melosa, de gatinha manhosa.- Pensei que você não fosse atender, gatinho lindo. 

Gambit: Antes de eu desligar... como é que você conseguiu o telefone dessa casa?

Karen: Vi o noticiário, onde você e todos seus amigos barraram a polícia só mencionando os Direitos Humanos! Vi o endereço e peguei o catálogo telefônico. 

Gambit: Merci, chere. Vou mandar o professor trocar o número. Agora tchau.

Karen: Foi esse tal de professor que atendeu o telefone e me transferiu pro seu quarto. 

Gambit: Tchau, Karen, estou ocupado! 

Karen: Não, gato! Eu sinto tanto a sua falta, queria pedir desculpas, lindinho. Você sempre foi tão charmoso e carinhoso, volta pra mim, gatinho.

Gambit: Some, Karen! Vou desligar!

Karen: Não, escuta! É sério! É sério! Eu tenho uma coisa pra te dar. E é importante! 

Gambit: Não acredito em você.

Karen: Vou aparecer aí nessa sua casa pra te entregar.

Gambit: Você não vai nem entrar, Karen! Nem entrar, não é bem vinda por ninguém. 

Karen: Ai, lindão, adoro você grosso desse jeito! Ui, me faz subir pelas paredes! Você tá com quem agora, lindo? Quem é a felizarda? Ou quantas são as felizardas? São quantas agora? Tem roubado muito? Pode vir aqui me roubar o que você quiser...

Gambit: Some!

Karen: Ai, lindo. Desculpa, mas eu te amo!

Vampira: Quem é, Gambit? - Vampira aparece enrolada na toalha, pingando o tapete do quarto de Gambit. 

Gambit leva um susto. 

Gambit: Ninguém, mon amour!

Karen escuta a voz de Vampira e o "mon amour"! 

Karen: Ai, deixa eu falar com seu mon amour. Deixa eu pedir você emprestado um pouquinho, deixa... 

Gambit escuta baixinho essas gracinhas, já que não estava com o telefone encostado no rosto. Ele volta a encostar o telefone para dizer adeus.

Gambit: Então, Pierre, falo com você outra hora. Estou ocupado. 

Karen: Claro, o Pierre aqui vai ficar sonhando com você. E olha, o que eu tenho é algo que eu peguei do gueto. Do gueto mutante, estavam jogando umas faixas pra fora; um conhecido meu pegou para vender para imprensa. Mas eu comprei dele só pra te dar. Pensei que fosse fosse se interessar. 

Gambit: Pierre, isso é verdade ou é mais uma das suas gracinhas?

Karen: É verdade verdadeira.

Gambit: Então me liga mais tarde.

Karen: Ai, claaaaaaro! Obrigado, viu lindo?!   

Gambit desliga o telefone e fica um pouco confuso e sem saber o que dizer para Vampira. 

Vampira: Amigo seu? Nossa... ninguém conhece nenhum amigo seu, seu passado é tão misterioso...

Gambit: Amigo meu, isso mesmo. Mas, como sempre, eu não quero falar sobre isso.

Gambit vê que única coisa que Vampira está vestindo é a toalha e a pulseira. Ela agarra a sua chere e ela fica rindo nervosa de ter que passar pelo corredor assim. 

Vampira: Gambit! Vão ver a gente!

Gambit a abraça agarrado e vai arrastando-a, toda risonha, para o banheiro dele; já que ela não queria atravessar o corredor daquela forma de volta para o próprio quarto.

Vampira: E o meu banheiro?

Gambit: Já era, Chere. 

O cajun a desenrola da toalha e entra no chuveiro de roupa, ligando a água em cima dos dois e beijando-a sem parar. Quando Vampira consegue um minuto para respirar, fala:

Vampira: De roupa?

Gambit: Assim é bom que lava.

Ela ia rir, mas não deu. Foi agarrada pela enxurrada de beijos de novo. Ela adorava aquilo, Gambit era realmente um homem de outro mundo. Que rosto era aquele?! O mais lindo que ela já viu, na certa... Se não era, tinha ao menos um charme de fazer supor que aquele era o rosto mais lindo! E ele? Que resolveu parar de entupi-la de beijos, porque lembrou que nem apreciou aquele corpo nu em baixo da água corrente. Foi um pouco para trás para apreciar melhor.

Gambit: Mon Dieu! Eu nasci com sorte...

Vampira: Por que? Porque você é lindo?

Gambit: Non, chere! Porque você é linda!

Vampira o beija de mansinho, ela estava muito feliz com essa pulseira. E só pede uma coisa a Gambit. Agora que eles estão realmente juntos, que Gambit não guarde segredos a ela. Queria saber quem era realmente no telefone. Ele repete dizendo que era Pierre, um velho conhecido. Gambit não queria vê-la irritada. Ele não tinha feito nada demais em simplesmente falar com Karen ao telefone. Ou tinha?


Enquanto isso, Wolverine e Jubileu viam TV na sala. Ela queria ver Friends, e ele queria ver alguma coisa "que prestasse". Foi quando Bobby Drake entrou na sala, e Jubileu fez beicinho. Wolverine percebeu, ia até comentar; mas Bobby falou primeiro.

Bobby: Ih, Logan! Jean tava procurando você.

Wolverine sente um friozinho correr sua espinha.

Wolverine: É?

Bobby: É. Ela tava preocupada, você disse que ia sair ontem e voltar ontem mesmo. Mas só apareceu agora de tarde. Foi isso que ela me disse...

Wolverine: Faz o seguinte, começa a te preocupar com tua própria vida, e ensina os outros aqui dessa casa a fazerem o mesmo. Assim ninguém vai mais se preocupar comigo.

Bobby não ia dizer mais nada, pra quê dizer mais alguma coisa?... Já ia saindo da sala, mas Wolverine todo grosso pediu que ele desse uma geladinha na cerveja dele. Bobby fez meio que de má vontade.

Wolverine: Tenho medo de cara feia não, Bobby.

Bobby ia dizer "nem eu", mas pra quê dizer isso? Pra apanhar feio?... Saiu da sala. Jubileu aproveitou que Bobby saiu para tripudiar.

Jubileu: Fez muito bem, Wolvi! Bobby anda muito metido e chato!

Wolverine: Percebi seu beicinho quando ele entrou na sala, guria. O quê que ele fez contigo?

Jubileu ia responder, mas Wolverine impediu que ela falasse com a mão. Ele começou a fungar o ar, Jubileu ia perguntar "que?", mas ele fazia shiiii; e fungava a sala. Wolverine sentia o mesmo cheiro, ele não ia suportar aquilo. Não ia! Não ia suportar o cheiro daquilo com Jean grávida! Se Scott tê-la já era blasfêmia, tê-la grávida era blasfêmia com a criança. Mas não, espera! Ele funga melhor o ar e não acredita. Wolverine ri e se ajeita melhor no sofá, meio que falando sozinho sem som.

Jubileu: Do que você tá rindo, Wolvi? Começou a fungar o ar e agora tá rindo?

Wolverine: Nada não guria... Nada não. Fica vendo teu Friends aí...

Wolverine sentiu o cheiro de Gambit. Mas Gambit com quem? Wolverine ri e fica pensando "Gambit sozinho" e ri mais ainda! Relaxa no sofá e bebe mais cerveja. Fica lá rindo sozinho, quando mais uma vez fica de narinas bem abertas! Fungando!

Jubileu: Que?

Wolverine nem responde, sai que nem um doido escada acima! No segundo andar, fica fungando o cheiro mais evidente de Gambit e Vampira juntos! Ele não acredita! Como pode? Resolve ficar na frente da porta do quarto de Gambit, esperando ver quem sai de lá de dentro. Ele queria ver se estava ficando maluco, ou se aquilo era verdade. Fica lá por mais meia hora e quando Gambit e Vampira abrem a porta, os olhos de Wolverine se arregalam.

Gambit: Que foi, mon ami? Nunca me viu?

Wolverine na mesma hora corre e beija Vampira! Aquilo não foi um beijo de amor e desejo como os que Gambit lhe dá! Foi um beijo de felicidade, de adoro você, de estou feliz por você ter controlado seus poderes! Foi o primeiro ato de carinho que Wolverine conseguiu pensar ao ver Vampira junto com Gambit! Na verdade, os lábios mal se encostaram, foi mais um beijo de bochechas! Mas Wolverine quis segurar a mão dela! Ele, que sempre a viu sofrer por não poder encostar em ninguém, sabia o quanto ela deveria estar feliz! Vampira ficou feliz e assustada ao mesmo tempo. Mas seu tempo de ficar abobalhada foi curto o suficiente para Gambit enfiar Wolverine numa parede!

Gambit: Mas que diabos foi isso?

Wolverine sorri.

Wolverine: Foi mal, Gambit. Fiz sem pensar.

Gambit: Como assim, foi mal? - Gambit já tinha na mão várias cartas energizadas!

Wolverine não consegue ficar sério, nem com a ameaça de Gambit. Nem com a profunda raiva que vê que o amigo nutre por ele naquele momento, continua sorrindo, mas tentando se desculpar francamente.

Wolverine: Gambit, cara... se eu pudesse voltar atrás. Desculpa, eu só fiquei feliz demais de ter visto que Vampira já controla seus poderes! Um beijo foi tudo o que ela sempre quis e eu...

Gambit: E você o caralho! Fica longe dela!

Wolverine: Fico, fico, eu fico... Cara, se fizesse meu feitio, eu até me ajoelhava pra te pedir perdão... Desculpa mesmo, prezo muito tua amizade. - Wolverine continua a sorrir.

Gambit: Tá rindo do que, mon ami?

Vampira: Remy, ele está rindo porque está feliz pela gente! Realmente ele agiu sem pensar.

Gambit: Feliz pela gente e agarra minha mulher?!

Wolverine: Desculpa, Vampira, eu só queria... não sei... Só queria te dar um presente e ver se era verdade.

Gambit: Não fala com ela!

Wolverine: Tá bom, não falo.

Gambit: E pára de rir!

Wolverine: Eu estou tentando... Mas é que eu estou muito feliz. Cajun, você finalmente vai poder ser feliz com ela! Eu estou feliz.

Gambit: ...

Wolverine: Desculpa mesmo... Tu sabe pra quem eu arrasto a asa.

Gambit: E por que não foi agarrar ela pra comemorar?

Gambit vai ficando menos nervoso, mas ainda está visivelmente alterado. Vampira chega do lado do marido e dá um beijo nele e o abraça.

Vampira: Brigada pelo ciúmes, viu, lindo?

Gambit fulmina mais uma vez Wolverine com os olhos e Wolverine diz com os lábios sem som d.e.s.c.u.l.p.a.

Vampira: Wolverine, a gente não queria contar pra ninguém... Mas agora você e o Scott já sabem.

Gambit: O Scott foi outro que tentou te tocar!!!!

Vampira: Calma, amor... Foi no braço... Entenda, as pessoas não estão acostumadas a me ver tocando em você, elas ficam surpresas e eufóricas.

Wolverine: Ô, guria! Por que tu ficou escondendo dos outros que agora pode tocar todo mundo???

Vampira: É porque eu não posso, Wolverine. Eu não controlo meus poderes. Só estou encostando agora, porque estou usando essa pulseira inibidora de poderes.

O ar risonho de Wolverine logo muda e ele fecha a cara.

Continua Aqui.

 

 

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