Os x-men ficam sem jeito ao saberem que Warren mal voltou e já ficou abatido ao ver o túmulo de Psilocke. Eles se dispersam, Scott pergunta a Jean se está tudo bem, se ela quer alguma coisa, se não está passando mal, se não quer entrar... Wolverine fica de longe a espera que Scott saia de perto dela, ele queria conversar. Vampira voltou para o quarto e Gambit foi atrás dela. 

Gambit: Amour! O que está acontecendo, belle?

Vampira: Nada, Remy. Fecha a porta.

Ele fecha, mas fica dentro do quarto.

Gambit: Onde está a pulseira? É algum problema com ela? Está com medo, medo que nos descubram?

Vampira: Está guardada... não é medo de nada. Só tenho medo de usá-la na rua e ao dormir. 

Gambit senta-se ao lado dela. Ele não era burro, imaginava o que poderia ser...

Gambit: Chere, não está feliz em ver Jean grávida?

Vampira: Claro que não, Remy, não diga besteira. Até tenho presentes para o bebê!

Ela abre uma gaveta e pega uma caixa azulsinha cheia de roupinhas brancas, azuis, verdinhas, um chocalho fofo, umas fraldas, uma chupeta, uns sapatinhos... Eram as roupas destinadas ao Charles que morreu ao nascer.

Vampira: Não tem nenhum vestidinho, mas meninas também ficam lindas com essas roupinhas azuis claras, brancas e verdinhas.

Gambit não gosta do que vê.

Gambit: Chere, isso é seu e você não dará a Jean. Acho até que ela não aceitaria...

Vampira: Isso nunca vai ter uso se ficar comigo.

Gambit: Você não sabe, então não diga... Nós não estamos com uma pulseira?

Vampira: Não inventa, Remy.... Nem sei se essa história de pulseira vai durar muito. É só até alguém roubá-la, é só até algo de ruim acontecer e eu ter que quebrá-la, ou o professor se opor a ela... Você sabe! Que seja eterno enquanto dure, amor...

Gambit estendeu a mão para tocá-la, mas era impossível. Vampira não estava triste com a gravidez de Jean, só estava triste em ver como as outras pessoas podem viver vidas normais e serem inteiramente felizes. Ela também estava com medo de perder uma felicidade que tinha conseguido com a pulseira, a felicidade de vez ou outra encostar em Gambit. Mas ainda não era normal, não podia fazer isso a toda hora, não queria dormir com aquilo, expulsou Gambit de seu quarto ontem! Vampira nem queria outro filho agora! Só ficou triste em lembrar de tudo isso, ficou triste por ter perdido um bebê, mas não significava que quisesse outro. Significava que queria aquele, ou seja, uma vida normal. E não novas tentativas dentro de uma felicidade limitada. 

Gambit: Por que você não coloca a pulseira e me deixa te mostrar como nós vamos ser eternamente felizes? Nosso relacionamento será eterno enquanto durar a eternidade.

Vampira: Não, Gambit. O professor nos chamou para um treino na Sala de Perigo. Você sabe o quanto vai ser barra esse gueto no Harlem.

Gambit: Só para que eu te beije uma vez e nós descemos.

Vampira: Não, Gambit. Melhor não...

Remy Lebeau fica abatido, não estava acostumado a ouvir "não" de mulheres...mas o pior era ouvir um não triste de quem amava.  Ele abre a porta para sair, Vampira se levanta da cama para sair também; mas antes pega rápido a pulseira em baixo do travesseiro e a coloca no braço!

Vampira: Remy!

Gambit, que já saía do quarto, volta e deixa a porta aberta mesmo! Estava com um sorriso enorme.

Gambit: Eu sou irresistível, ma chere!

Vampira: Como você é convencido!

Gambit beija Vampira! Ela o abraça procurando conforto, um ninho seguro. 

Gambit: Você sabe que eu estou brincando, irresistível aqui é você!

Ela sorri um pouquinho...

Gambit: Desfaz essa carinha. Estou contente que você também esteja feliz com a gravidez de Jean, porque todos estamos. Mas eu acho que ainda vou ver um chorinho de vez enquando por causa disso, não vou?

Vampira: Tomara que não, mas eu não garanto.

Gambit: Fica calma e relaxa, amour. Não vai acontecer nada com a pulseira e mesmo que aconteça eu peço outra ao Forge. É só o que ele faz da vida, eu posso explorá-lo! Por mais que nós não possamos nos tocar 24 horas por dia como os outros casais, as horas ou minutos que eu ficar com você já me bastam.

Vampira: ...

Gambit: Se bem que nós poderíamos criar um feriado da pulseira! Um dia só de pulseira, em que não fizéssemos mais nada!

Ela sorri e acha ótima idéia.

Vampira: Remy, o professor já me disse várias vezes que eu só não controlo meu poder por problemas emocionais. Ele já me disse que é psicológico. Que é trauma do Cody em coma, é trauma de ter fugido de casa, medo eterno de ficar sozinha pra sempre. Não é como o Scott que não controla por ter uma lesão no cérebro...

Gambit: Como o professor pode dizer que é psicológico, e não tratar isso se ele é o maior telepata do mundo?

Vampira: Não sei... Acho que ele pode apagar coisas de nossa mente, induzir pensamentos, e isso tudo ajuda a curar traumas e problemas desse tipo. Mas acho que só quem resolveria isso mesmo seria minha mente sozinha. Ele suspeita que se eu superasse, poderia 24 horas tocar quem eu quisesse e ainda usar meu poder sugador quando eu quisesse também!

Gambit: Como me tocar com a mão direita e ao mesmo tempo com a esquerda sugar alguém?

Vampira: Exatamente, controle total. Essa pulseira é uma castração!

Gambit: Bom, ma belle... O que eu posso dizer?! Pelo amor de Dieu e da Notre Dame, trabalhe com ele para essa superação!

Vampira: É o que eu venho tentando fazer ha bastante tempo, Remy.

Gambit: Não desista. 

Ela a beija de novo.

Gambit: Quer um filho também? Para animar essa carinha o babão aqui faz tudo!

Vampira: Não, Remy... Não quero.

Gambit: Não quer por medo, ou não quer porque não quer? Lembre-se da pulseira...

Vampira: Não quero porque não quero.

Gambit sorri, ele também não queria um filho agora.

Gambit: Que diferença sua para Jean! Scott disse para mim que ela queria porque queria! - Ri ao dizer isso - Coitado do Scott! 

Scott passava pelos corredores dos quartos e escuta alguém mencionar seu nome, era a voz de Gambit. Ele vai procurando, até encontrar a porta do quarto de Vampira aberta. 

Gambit: Tenho um presente pra você hoje!

Ele tira do bolso do sobretudo verde musgo um cordão de ouro com um pingente gravado um sinal de " +/- ".

Vampira: Que isso, gato? Mais e menos, +/-?

Gambit: É um habito dos namorados e noivos franceses, é um símbolo de uma frase.

Vampira: Que frase?

Gambit: "Hoje eu te amo mais que ontem, e menos que amanhã"!

Vampira grita um "ai, que lindo!" bem fininho e pula dando um beijo em Gambit! Foi nessa hora que Scott passou bem na porta! A cena era quente, mas o avermelhado do beijo veio por conta dos óculos de quartzo rubi de Scott. Ele fica feliz ao ver aquilo, mas não sabe como Vampira conseguiu beijar Gambit. Ele não viu nenhum colar nela! Era assim que Scott via o mundo, de forma vermelha e intensa, não que ele gostasse muito disso; mas dessa vez achou que o vermelho combinou com o que viu. O chefe da equipe, ao invés de chamá-los logo para o treino, resolveu sair de fininho para não atrapalhar. Ficou o dia inteiro pensando em como aquela cena vermelha era possível!?

Gambit: Amour, é uma pena! Mas tira essa maravilhosa pulseira que nós temos treino agora e estamos muito atrasados! Scott vai nos matar!

Vampira: Agora que eu já ganhei beijo e já ouvi declarações de amor, me sinto melhor para dar umas porradas de rachar cabeça naquela sala de perigo!

Gambit: Ótimo, e eu fico longe de você! Quero preservar minha integridade física!


Era uma casa com ratos no porão e janelas cobertas com madeiras. Mística ia e vinha com certa facilidade, ora era soldado, ora era uma criança mutante seqüestrada (e fazia cara de medo, era sempre uma das mais chorosas), ora era um mutante adulto... E para sair era sempre mais complicado, as vezes tinha que dormir no gueto! Ela odiava isso! Sempre trazia instruções de Magneto para Mercúrio. Afinal, Magneto por muitos anos treinou a irmandade de mutante, sabia como proceder. Quando Mística ficava mais tempo no gueto, também ajudava na divulgação totalmente secreta e sigilosa do grupo de resistência. O grupo começou com Mercúrio, Vanda, o velho e Mística; mas depois de uma semana já tinha uns 12 componentes. Ainda era pouco, Magneto disse que queria um exército. Quando o número ficasse grande demais, o velho ficaria encarregado de um grupo de mutantes, Mercúrio de outro e Mística de outro. Seria nesse momento que Mística ficaria no gueto full time. O velho, por enquanto, era quem melhor sabia ensinar aos mutantes como descobrir seus poderes. Mas era tudo muito difícil.

Velho: Senhoras e senhores, nós somos pessoas que nasceram mutadas. Isso não significa que tenhamos poderes! Muito pelo contrário... só estamos presos aqui porque não temos poderes! Se tivéssemos, já teríamos fugido... Os mutantes poderosos ainda estão lá fora e o governo está estudando um meio de trazê-los para cá! De controlá-los! Mas nós achamos, que talvez, antes que isso aconteça, nós já poderemos ter descoberto o que é que nossa mutação pode fazer. Assim, antes dos mutantes poderosos serem pegos e tenham seus poderes inibidos, nós mesmo daqui destruiremos o gueto e nos juntaremos a Magneto, que é o mentor de tudo isso! Ele quer o fim do gueto! Um viva a Magneto!

Todos: Viva!

Velho: E é por ser um grupo sigiloso, que todos aqui carregam nomes falsos, ninguém deve saber o exato endereço onde o outro mora, nem nada! O único nome verdadeiro pronunciado aqui é Magneto! A nossa resistência vai vencer o gueto!

Mercúrio: Mas agora vem a parte mais complicada... que é descobrir os poderes de vocês... O gene X da mutação costuma agir na adolescência, é nessa fase que normalmente descobre-se algum poder quando se é mutante. Mas ha muitos casos em crianças. O fato é que muitos aqui são adultos e nunca sentiram poder nenhum.

Velho: Mas é então que entra a idéia da Mágica e do Ernesto rápido! Eles conhecem mutantes poderosíssimos que já manifestaram seus poderes de forma brutal sem nem ao menos tentarem! Mas, eles acreditam que todos nós aqui temos pequenos poderes, que não são poderosos, mas em conjunto e trabalhado podem ser úteis!

Mercúrio: Sei que aqui deve-se manter a descrição e o sigilo... mas contarei algo de minha vida para ilustrar melhor o que quero dizer. A companheira Vanda deve ter sofrido muito fora do gueto, já que seus olhos são brancos. A maioria das pessoas vira o rosto de nervoso e nojo quando vê alguém assim. Mas Vanda tem o dom de encantar com a conversa!

Começa um burburinho, no qual o que mais se escutava era "como assim?". Vanda sorri, e fica contente com o que "Ernesto" disse. 

Mercúrio: Vanda não é seu nome verdadeiro, mas quando eu lhe pedi que inventasse um nome, ela disse Vanda! Vanda era o nome de minha ex mulher, infelizmente falecida.

O burburinho aumenta, algumas pessoas sorriem e lembram de coisas agradáveis ou surpreendentes que Vanda disse!

Mercúrio: Que espécie de poder é esse? Será útil? Não sei, talvez não... Mas vamos lapidá-lo para ver o que podemos fazer! E não foi coincidência, porque ela disse outras coisas! Quando eu perguntei a ela onde ela seria mais feliz, disse que seria numa casa de praia; mas disse que eu seria feliz numa mansão recheada de amigos fantásticos! E era justamente numa casa assim que eu morava.

Velho: E disse coisas interessantes pra mim, e a conversa é sempre agradável.

Mercúrio: Esse aqui que nós conhecemos por "velho" também tem um poder. Ele fareja a verdade no ar. Quando a mágica que muda de forma veio aqui pela primeira vez vestida de general, ele a chamou de moça, sem nem ao menos conhecê-la! O único que o "velho" conhecera antes de vir para cá foi Magneto! Também soube de cara que meu cabelo era branco, quando na verdade estava pintado de preto!

Mesmo com todas as explicações, era muito difícil aqueles mutantes descobrirem algum poder, talvez muitos nem tivessem poder nenhum. Também era difícil fazer com que aqueles que já tinham descoberto uma pista intensificassem os esforços. Mística só resolveu dar um último aviso antes de terminar a reunião secreta.

Mística: Vocês me conhecem por mágica, pois bem, eu entro aqui de diversas formas; como soldado, como criança, como adulto... E como soldado, tenho participado de algumas reuniões e sei de tudo o que eles falam! Está sendo desenvolvido um projeto chamado "Engenharia Reversa"! Pra quem não sabe o que é engenharia reversa, vou dar uma explicação tosca: foi assim que o Japão se industrializou! Eles não tinham conhecimento para fazer a tecnologia! Não sabiam como! Os americanos já sabiam... Mas os japoneses foram expertos e compraram os televisores, computadores americanos e abriram para ver como funcionavam por dentro! E assim, engenharia reversa! Aprenderam a fazer a tecnologia do modelo já pronto!!! Não participaram do processo divino de criação, mas viram como se faz e aprenderam como copiar! O governo, com a ajuda da MEHHS, está procurando loucamente um aparelho já pronto que seja inibidor de poderes mutantes. Porque sabem que esse tipo de tecnologia eles não conseguem criar sozinhos. Assim, desenvolverão o tal projeto. Por isso, senhoras e senhores, se vocês descobrirem algum poder, não utilizem esse poder na rua onde todos possam ver! Porque o exército ainda não pode controlar os poderes e vai acabar prendendo ou matando você! Porque aqui, não pode ter ninguém com poderes ainda! Só repetindo, nosso grupo de pesquisa de poderes mutantes seria incendiado se descoberto! Sem querer assustar ninguém, é só pra todo mundo ficar em alerta! Nós só usaremos nossos poderes juntos na hora certa!

Os mutantes foram saindo aos poucos, uns pelos fundos, outros pela porta da frente, com espaços de 10 minutos entre cada saída. Foram todos para suas respectivas "casas". Ao amanhecer, se se encontrassem na rua, fingiam que nem se conheciam, nem tocavam no assunto das reuniões com outras pessoas que não tivessem passado por um processo de escolha e doutrinação. Mercúrio trabalhava na lojinha com o velho tranqüilamente, vendia brócolis e alface com o tédio de sempre, até que começou a ouvir um estranho barulho! Os pastores alemão passaram correndo como uns loucos na frente da lojinha, iam direto para o portão! A cavalaria também trotava apressada, Mercúrio largou as verduras e foi correndo ver o que era! Muitos outros também tiveram a mesma idéia e foram correndo ver! Era um grupo de umas 50 pessoas com cartazes e faixas na mão, muitas das faixas eram amarradas numa pedra de tamanho pequeno, que eles tentavam jogar para fora do muro! Eram faixas que diziam "socorro, não podemos sair! Socorro, tudo que você vê na TV é mentira! Socorro, vim comprar um apartamento e fui preso! Socorro, minha mãe deve estar a minha procura!" Uma ou outra faixa teve sua pedrinha jogada com tanta força que chegou a passar o muro, mas a maioria caía no chão mesmo! O grupo estava revoltado! O velho veio andando o mais rápido possível para falar com Mercúrio, queria saber se alguém do grupo deles tinha se antecipado na revolta e adentrado na multidão que agora tentava arrebentar o portão! Os soldados não podiam abrir fogo contra todo mundo que tentava empurrar o portão até abrir! Se eram 50 o grupo, as que assistiam eram umas 150 em volta, talvez mais, muito mais gente curiosa! Mercúrio não agüentou de nervoso e começou a correr o mais rápido que pode entre os curiosos dizendo "vamos empurrar juntos", assim, já era o triplo de pessoas iniciais que empurravam o portão! Os guardas perceberam que logo seria o Harlem inteiro a empurrar um portão só! Os cavalos foram adentrando a multidão e os soldados em cima deles iam batendo com cassetete na cabeça de todo mundo! A própria entrada dos cavalos no meio daquela gente toda já fazia com que muitos se dispersassem! Os guardas atiravam para cima, várias bombas de gás lacrimogêneo foram atiradas na multidão! Muitos fugiram do portão por causa do gás! Um rapaz pegou uma das bombas de gás, tampando o nariz com a camisa, e jogou dentro de uma casinha com 7 guardas! Os guardas saíram correndo chorando feito loucos, urrando de dor por casa dos olhos! E logo depois, para completar, chegou o "brutucú", aquele tanque ou caminhão que joga jatos de água fortíssimos para dispersar as pessoas! Algumas mulheres voaram longe por causa dos jatos do brutucú, em uma delas entrou água com extrema força pelo nariz e pela boca, se engasgou feio! O mesmo rapaz que devolveu a bomba de gás lacrimogêneo para os soldados começou a dar instrução a população revoltada!

Rapaz: Todos juntos em bloco! Juntos, juntos!

E algumas pessoas formaram um grupo de 20 todos juntos agarradinho, o brutucú jogava água, machucava a bessa, mas ninguém caía no chão ou voava longe por causa dele! Outro grupo foi ainda mais esperto e se escondeu atrás da banca de jornal! O brutucú passava pela rua, e eles na calçada atrás da banca de jornal, tentando jogar as faixas com as pedrinhas pra fora do muro! Mas a resistência não durou muito... Mais e mais guardas chegavam, só os cachorros já tinha pego várias pessoas! Logo, todos já tinham sumido, e uns 30 haviam sido presos num camburão e levados para um lugar secreto! Pelos megafones espalhados por todo o harlem, o general deu a "notícia" de que por causa do incidente de "subversão da ordem" e "caos público", estava decretado no Harlem o "Estado de Sítio"! Não existia hábeas corpus, qualquer pessoa podia ser presa a qualquer momento sem motivo alegado, qualquer soldado podia entrar em sua casa sem mandato de busca e apreensão, o exército tinha o direito de prender alguém e só informar aos familiares onde ele estava depois de três dias de sumiço completo com preso, fazendo com ele deus sabe o que, e estava estabelecido o toque de recolher a 8:30 da noite! Ai de quem estivesse na rua depois dessa hora! As reuniões do grupo de Mercúrio seriam prejudicadas por isso, mas todos eles choraram muito pelo fracasso desse movimento popular espontâneo de resistência ao gueto!


Enquanto isso na mansão, os x-men treinavam muito. Scott já estava cansado de tanto dar rajadas, Vampira estava com a mão doendo de tanto dar socos, até alguns espectros holográficos da sala de perigo ela beijou pra não ter que surrar e Wolverine queria mais! Ele estava começando a gostar... Jean fez vários treinos mais mentais do que físicos! Afinal, ela não precisa pular tanto, socar tanto, com aquela mente, faz-se qualquer coisa parada! Scott agradecia aos céus por isso, porque a danada queria treinar como todo mundo! Já tinha passado uma semana e ela treinava como todo mundo. Estava ótima! Desde o dia em que voltaram das férias, Wolverine não conseguiu falar com Jean o que queria. mal tinha chegado perto dela, Scott não desgrudava. Mas foi após esse treino, que o lobo teve uma chance. Jean saiu da sala de perigo e foi para o jardim respirar um pouco.

Wolverine: Jean?

Jean: Logan! 

Ele não sabe como começar... Quando Vampira ficou grávida de Joseph, Gambit simplesmente foi embora da mansão. Era isso que Wolverine queria, sumir! Mas não era o mesmo caso, seria uma atitude infantil; afinal Jean está casada com Scott ha anos e um filho era algo esperado nessa situação. Por que sumir agora se você já a viu com ele por tantos anos? Mas como não querer sumir de vez? Wolverine resolve sentar ao lado dela num banquinho de jardim.

Wolverine: Tudo bem, ruiva?

Jean: Tudo.

Wolverine: Digo, com o guri aí dentro!

Jean: Ainda não é "uma guria", Logan. São só células.

Wolverine: Mesmo assim, vão ser guria um dia, eu sou contra você ficar treinando desse jeito. Olha como está cansada, ruiva!

Jean: Isso é normal, Wolverine. Não se preocupe.

Silêncio entre os dois. 

Wolverine: Tô pensando em pegar a moto ou o jipe e ir embora daqui, ruiva.

Jean: Não, Logan. Ah, eu sabia que tinha que ter sido eu a te contar que estava grávida. Scott foi rude e cruel com você. 

Wolverine: Ele me pediu desculpas, foi até engraçado... Só não é engraçado o que eu tô sentindo.

Jean: O que?

Wolverine: A certeza, mais do que absoluta, de que eu te perdi de vez. 

Jean: Logan, eu sempre deixei bem claro as coisas entre nós. Nunca alimentei nada em você.

Wolverine: Eu sei, guria. Era eu que alimentava mesmo...  ...Jeanny, eu queria ser o pai dessas "células" aí. 

Jean não sabe o que dizer. Essa situação sempre a deixou muito triste, ela gosta de Wolverine e só queria vê-lo feliz. Mas ele, que parece para os outros uma pessoas de poucos sentimentos, parece que resolveu juntar todas as fichas num sentimento só, a Jeanny. Ela não sabia o que fazer. Tinha vontade de invadir a mente dele e fazê-lo apaixonar-se por outra, ou simplesmente esquecê-la! 

Wolverine: O pai dessas células não só por causa do desejo que eu sinto de um dia poder... ... poder ter todas as noites que Scott já teve com você... - Jean diz um "Wolverine!" ruborizada e sem saber o que fazer.

Wolverine: Eu queria ser pai dessas células porque saberia que era seu escolhido de verdade. É duro, muito duro saber que uma mulher como você ama profundamente alguém como o garotão do Scott.  

Jean: Wolverine, eu... não sei o que dizer. Tenho vontade de invadir sua mente e te fazer feliz.

Wolverine: Você só me faz feliz se me deixar invadir sua mente!

Jean: Na minha mente você está sempre, mas não da forma que queria. 

Wolverine tenta tocar levemente a barriga de Jean, mas tanto a mão dele, quanto a barriga dela, reagem como gato assustado ao receber carinho. Os dois dão uma pequena recuada assustada um do outro e só depois prosseguem. Wolverine finalmente repousa a mão inteira na barriga dela. Ele se acalma um pouco.

Wolverine: Tem tido enjôos e desmaios?

Jean: Não.

Wolverine: Vontade de comer alguma coisa especial?

Jean: Não, só tenho tido um sono maior.

Wolverine: Ouvi dizer que em algumas barrigas, dá pra ver a mão ou o pé da criança empurrando a barrida da mãe. Dá pra ver a barriga mexendo, ao invés de só sentir mexendo. ... Quando acontecer, me deixa ver, ruiva? Eu nunca vi isso...

Jean: Não sei, Logan... Talvez seja melhor não, por causa do que você sente por mim.

Wolverine: Não devia ter mencionado que te desejo. Mas como se você não soubesse disso antes. Qual pessoa que ama sem desejar, Jean?

Foi nessa hora que Scott chegou por trás do banco no jardim e disse com voz de poucos amigos:

Scott: Que conversa interessante!

 

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